Chayenne Pereira é um dos destaques da nova geração do atletismo brasileiro. Além de ter sido eleita a melhor atleta do Brasileiro Sub-20 de 2019, a corredora ganhou os 400 m com barreiras no Troféu Brasil de Atletismo, a principal competição interclubes da América Latina, no ano passado.
Desde pequena, Chayenne Pereira sempre teve o esporte presente na sua vida. Na Escola Municipal IPEG, no Jardim Palmares, no bairro de Paciência, a atleta jogou handebol, vôlei, basquete e futebol até 2014. Fez atletismo também, começando pelo dardo, 250 m, 1.000 m, 3000 m, 100 m com barreiras, provas combinadas e depois acabou se especializando na prova dos 400 m com barreiras.
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“Sempre gostei muito de esportes, desde criança, e tinha facilidade. Fui convidada para disputar o Brasileiro Sub-16, em 2015, em São Paulo. Minha equipe ganhou medalha de prata no revezamento 4×75 m e não parei mais”.
Chayenne treina no bairro de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, e teve que achar alternativas durante a pandemia. Apesar disso, a atleta, que foi a nona melhor do mundo nos 400 m com barreiras na categoria sub-20 em 2019, não tem metas baixas.
“Nesta época de pandemia, nós procuramos lugares reservados para treinar e focamos em trabalhar a mente para passar por isso com mais ‘tranquilidade’ e manter a cabeça no foco”, lembrou. “O objetivo é correr este ano abaixo dos 56 segundos e brigar pelo índice olímpico de 55.40”.
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Trajetória
A caminhada de Chayenne Pereira está sendo construída aos poucos, ano a ano. Em 2016, ficou com a prata nos 100 m e nos 400 m com barreiras no Brasileiros Sub-18. No ano seguinte, fez índice para o Mundial do Quênia e foi a oitava colocada na sua melhor prova. No Brasil, Chayenne foi campeã nacional pela primeira vez, feito que conseguiu repetir em 2018, e conseguiu vaga no Mundial sub-20 da Finlândia.
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Na disputa na Europa, a brasileira foi a 18ª colocada nos 400 m com barreiras e fez o recorde sul-americano dos 4 x 400 ao lado de Jéssica Moreira, Micaela Rosa de Mello, Maria Victoria de Sena, ficando com o oitavo lugar.
Em 2019, além dos feitos nacionais, Chayenne Pereira foi medalha de bronze no Sul-Americano de Cáli, na Colômbia, e ficou em quarto lugar o Pan-Americano de San José, na Costa Rica.
“No início, aproveitei a polivalência e ela começou fazendo todas as provas no atletismo. Chegou a ser campeã de provas combinadas nos Jogos Escolares. Ela tem características importantes como competitividade, facilidade na aprendizagem motora e sempre querendo melhorar e a encarar desafios. É até divertido”, comentou a treinadora Marsele Machado.
“A gente foca nos exercícios físicos, mas também no emocional e no mental, importantes para desenvolver o foco. Os atletas precisam desse trabalho para entrar no alto rendimento”, concluiu a treinadora.