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Atletismo

Fabiana Murer e Juliana Campos celebram o salto com vara

Uma na torcida e a outra brigando pelo índice que garante vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio, elas participaram de live promovida pela CBAt

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Juliana Campos na Universíade de Napoles no ano passado (Raul Vasconcelos/ rededoesporte.gov.br)

A campeã mundial Fabiana Murer, o grande nome do salto com vara feminino do País, e Juliana Campos, tricampeã brasileira da especialidade, participaram no início da noite desta quinta-feira (30) de live promovida pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt).

Numa conversa informal, elas contaram histórias e celebraram a chamada “família do salto com vara”. “No circuito europeu, tínhamos sempre o mesmo grupo de atletas, muitas vezes a gente almoçava na mesma mesa nos hotéis, fazia amizade. As provas geralmente são bem longas e uma sempre acabava ajudando a outra”, contou Fabiana Murer, dona do único título de campeã mundial ao ar livre do atletismo brasileiro.

Juliana Campos, vista como a substituta da companheira de modalidade, lembrou que a prova realmente propicia o maior contato entre as atletas. “No ano passado minhas varas não chegavam para eu disputar a Universíade de Nápoles, na Itália. Esperei uma semana e precisei pedir vara emprestada para um treinador dos Estados Unidos para poder participar da qualificação. Na final, já pude usar as minhas que chegaram no dia”, comentou a recordista brasileira sub-23, com 4,56 m.

Fabiana Murer salto com vara CBAt
Fabiana Murer (Ministério do Esporte)

Desbravadora e promessa

Fabiana, recordista sul-americana com 4,87 m, tem dezenas de títulos importantes na carreira. Ela foi a desbravadora do saldo com vara no Brasil e lembrou que seu grande objetivo quando começou a treinar era subir ao pódio de um Campeonato Sul-Americano.

“Era o máximo. Depois com o passar do tempo as metas vão ficando cada vez maiores”, disse a campineira de 39 anos, que se aposentou após a Olimpíada do Rio-2016. “Consegui realizar o meu sonho de parar no auge, pois foi em 2016 que conseguiu o melhor resultado de minha vida, com 4,87 m”, afirmou, lembrando na live da CBAt que jantou com o príncipe Albert, depois de uma vitória em Mônaco.

Já Juliana sonhava em ganhar uma medalha no Troféu Brasil e conseguiu o ouro em 2017. “Não esperava a vitória porque tinha boas adversárias. Acabei vencendo com 4,10 m, mesma marca da segunda e da terceira colocadas”, afirmou a paulista de São Caetano do Sul, de 23 anos.

Fora do campo

Casada com o treinador Elson Miranda, Fabiana Murer é mãe de Manuela, de 2 anos, e trabalha como fisioterapeuta no Insport, onde desenvolve o Método Murer de treinamento para corrida.

“Conciliar o esporte com o estudo não foi fácil, mas fundamental para eu ter tranquilidade para competir tendo a certeza de que teria o que fazer quando parasse”, observou a campeã pan-americana do Rio-2007, bicampeã da Liga Diamante e integrante do Programa de Heróis do Atletismo.

Assim como Fabiana, Juliana Campos também completou a faculdade, formada em administração de empresas. “Por enquanto quero investir no esporte e realizar meu sonho de participar de uma olimpíada a curto prazo e de ganhar uma medalha olímpica mais para frente”, comentou a atleta na live da CBAt. Ela começou treinando com Fabiana, sua ídolo, e que até hoje usa as varas cedidas pela campeã mundial indoor de 2010.

Juliana disse que seu objetivo é conseguir o índice no salto com vara (4,70 m) para ir aos Jogos de Tóquio, em 2021, a partir de dezembro quando recomeça a corrida olímpica. Fabiana se colocou a disposição para dar dicas nos treinos da atleta, que já treinou com ela no início da carreira e atualmente tem como técnica a ex-atleta Karla Rosa. “Acredito muito em você como minha sucessora”.

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Duplantis

Para Fabiana, o salto com vara masculino em Tóquio verá o sueco Armand Duplantis, recordista mundial (6,18 m), como um dos grandes favoritos, e o atual campeão olímpico, o brasileiro Thiago Braz, como destaques e uma prova feminina bem emocionante e equilibrada, com várias atletas candidatas ao pódio. “Queremos ver você numa final olímpica Juliana, tem a minha torcida”, afirmou na live da CBAt.

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