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Atletismo

Juliana Campos coloca meta de salto para chegar nos Jogos

Maior nome da atualidade do salto com vara feminino brasileiro participou de live no instagram do Olimpíada Todo Dia

Saltadora tem como meta a vaga nos Jogos Olímpicos de 2021 (Wagner Carmo/CBAt)

Maior nome do salto com vara feminino do Brasil na atualidade, Juliana Campos conversou com o Olimpíada Todo Dia em live na noite desta terça-feira (14). Na conversa, a atleta deixou claro a sua meta na volta do esporte pós-pandemia do coronavírus. “Minha meta é saltar 4,70 m para garantir a vaga em Tóquio”.

Com a evolução do controle da pandemia em algumas partes do mundo, a retomada das atividades esportivas estão acontecendo. No Brasil, apesar do cenário estar atrasado em relação ao resto do planeta, as confederações começam a oferecer treinamentos em alguns lugares do país. Apesar de ainda estar em uma fase de preparação do corpo para os saltos, Juliana Campos não esconde a meta até os Jogos de Tóquio.

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“Estamos em uma fase de preparação, sem saltos, fazendo o básico. As marcas vão voltar a valer somente em 30 de novembro. Até lá temos cerca de três meses e minha técnica e eu preferimos focar na preparação. Minha meta é saltar o 4,70 m que dá o vaga olímpica. Além da marca temos a chance, se o número de atletas desejado não alcançar a altura estipulada para Tóquio, de conseguir a vaga pela pontuação no ranking mundial. Os campeonatos nacionais aqui do Brasil estão marcados para dezembro e pontuam muito neste quesito. Eu preciso estar bem neles para ficar bem no ranking também. Mas a meta é o 4,70 m”.

Sucessora da campeã

Juliana Campos é dona da segunda melhor marca do salto com vara feminino na história do Brasil, com 4,56 m, e já foi apontada por Fabiana Murer, campeã mundial em 2011, como sua sucessora na modalidade. Apesar disso, a atleta não vê isso como pressão.

Juliana Campos no dia que estabeleceu a maior marca de sua carreira (Divulgação CBAt)

“Quando eu fiz a segunda maior marca do Brasil eu achei que as coisas iriam mudar e não mudaram. Pensei que teria mais atenção de alguns lugares, acabou não acontecendo e eu tive uma frustração. Hoje quando eu vi ela falando me deu uma motivação a mais, porque se ela acredita quem sou eu para não pensar o mesmo?”.

“Eu posso fazer o que nunca ninguém fez”

Juliana Campos não é cria do atletismo. Quando criança entrou na ginástica artística, mas por causa de uma lesão no pé e seu crescimento na altura, migrou para o salto com vara.

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Mesmo desse jeito, não precisou de muito tempo para perceber que poderia ser boa nessa nova modalidade que praticava.”Quando quebrei o recorde sub-16, vi que eu era boa. Tinha mais ou menos um ano de treino e não treinava igual fazia na ginástica, não era tão sofrido, era mais leve, mais divertido. Quando eu vi que eu tinha quebrado o recorde percebi que eu poderia fazer o que nunca ninguém tinha feito. A partir disso, deixei de competir pelas medalhas e passei a ter os recordes como objetivos”.

Atualmente, aos 23 anos, Juliana Campos é tricampeã brasileira do salto com vara e representou o país nos Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019.

Sonhos e futuro

Diferente do que acontece com a maioria dos esportes, no salto com vara os atletas conseguem alongar um pouco mais as carreiras. Por conta disso, a brasileira consegue projetar sonhos e metas para os próximos anos e competições.

“Minha meta é estar em uma edição de Jogos Olímpicos e, se conseguir a vaga, estar na final olímpica. Meu sonho no esporte é a conseguir uma medalha olímpica”.

Além de suas conquistas no esporte, Juliana Campos chama a atenção pela presença que tem nas redes sociais. Muito ativa no Instagram e mais recentemente no Tiktok. Na nova rede social, o sucesso da saltadora foi relâmpago e Juliana não esconde como a relação com as pessoas e crianças a deixa feliz.

“O Tiktok fez com que muita criança, muita gente mais nova me conhecesse. Eles assistem meus vídeos lá e vem me perguntar aonde e como podem começar a praticar o salto com vara. São de vários lugares do Brasil e, sempre que eu consigo, eu tento indicar um lugar ou dar um caminho para que a criança comece. Isso, de mostrar o meu esporte e fazer com que mais pessoas se interessem por ele, me deixa muito feliz”, finalizou.

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