O mineiro Luiz Maurício da Silva, de 20 anos, é uma das promessas no atletismo. O campeão brasileiro e sul-americano sub-20 mira alto e pretende chegar perto dos 80 metros no lançamento de dardo em breve.
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Luiz Maurício da Silva conquistou a medalha de prata no Campeonato Pan-Americano de atletismo da categoria, em San José, na Costa Rica, com 74,51 m, recorde pessoal.
O atleta da Universidade Federal de Juiz de Fora, nascido em 17 de janeiro de 2000, terminou a temporada de 2019 em primeiro lugar na prova do lançamento do dardo no ranking brasileiro adulto, com a marca obtida em San José, e em segundo no lançamento do disco (57,29 m) do ranking brasileiro Sub-20.
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Luiz Maurício chegou a liderar a prova na Costa Rica. No último lançamento, porém, o estadunidense Tzuriel Pedigo obteve 76,95 m, estabelecendo novo recorde do torneio e garantindo o ouro. Tyriq Horsford, de Trinidad & Tobago, ficou em terceiro lugar com 71,42 m.
Pandemia no caminho
Líder também no ranking brasileiro adulto de 2020 do dardo, com 73,45 m, resultado obtido em fevereiro no Campeonato Mineiro, em Juiz de Fora, cidade em que nasceu, o atleta tem sentido dificuldades para treinar por causa da pandemia do coronavírus.
“Estou fazendo tudo o que posso em casa, com alguns pesos e exercícios técnicos de lançamentos. Quando dá, dou uma corridinha”, lembrou Luiz, que integrou a seleção brasileira no Mundial Sub-20 de Tampere, em 2018, na Finlândia.
E o disco?
Luiz Maurício teve um ano especial em 2019. Ganhou ouro no Brasileiro Sub-20 (69,72 m) e no Sul-Americano de Cali (71,17 m), além da prata no Campeonato Pan-Americano. No Troféu Brasil foi ao pódio com o bronze (68,82 m).
No primeiro ano como adulto, o atleta ainda está em dúvida se continuará competindo também no disco. “Está previsto, mas sinto maiores dificuldades com o aumento do peso do implemento. Vou ver com meu treinador”, comentou o lançador orientado por Jefferson Verbena de Freitas.
Para Jefferson, a expectativa é grande nesta transição. “Começamos a preparação no fim de 2019, com o objetivo de competir bem no Sul-Americano Sub-23 e de ganhar nova medalha no Troféu Brasil. Infelizmente a rotina de treinamento mudou em função da pandemia da covid-19. Treinamos na Universidade Federal, que está completamente fechada desde março e não temos acesso à sala de pesos, aos implementos e aos locais de preparação. Tivemos de adaptar os treinos em casa e isso dificultou bem”.
Jefferson Verbena comemorou especialmente o resultado na Costa Rica. “A prata veio consolidar um projeto de extensão de uma universidade pública, com o objetivo esportivo e social de trazer as crianças e jovens da comunidade externa à UFJF para o ambiente esportivo, sendo a formação social um de nossos pilares”, lembrou o treinador.