A atleta brasileira Rosângela Santos queimou a largada da semifinal dos 200m para se poupar e disputará revezamento 4x100m no sábado
A brasileira Rosângela Santos queimou a largada na semifinal dos 200m femininos nesta quinta-feira (10), no Mundial de Atletismo de Londres. A atleta disputaria uma vaga na final da competição, mas foi desqualificada. Rosângela afirmou, no entanto, que em conversa com a comissão técnica decidiu não correr a prova. A “estratégia” seria para se preservar para o revezamento 4x100m. A prova acontecerá no próximo sábado (12).
“Eu senti um incômodo durante o aquecimento, e a gente decidiu não forçar a prova, não correr. Para não ficar muito feio, só largar e sair, não correr, a gente achou melhor queimar. Então foi o combinado para preservar para o revezamento e tentar essa final e essa medalha. Foi uma estratégia. Sair, parar. Não correr nenhum risco, porque sou competitiva, ia forçar muito e poderia ter um risco maior e prejudicar o revezamento”, disse Rosângela em entrevista entrevista ao SporTV.
IAAF descarta punição
Procurada pelo GloboEsporte.com, a IAAF garantiu que a brasileira não será punida. Segundo a assessoria de imprensa da entidade, Rosângela poderá correr o revezamento 4x100m no próximo sábado (12).
Em contato com o SporTV, o superintendente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Antônio Carlos Gomes, comentou o caso. Ele afirmou que a entidade não espera uma punição à atleta. De acordo com o dirigente, Rosângela seria punida caso não fosse para a pista. Segundo ele, a punição dependeria da interpretação da IAAF.
Vitória Rosa não se classifica
Vitória Rosa também não conseguiu uma vaga na final dos 200m femininos. A brasileira disputou a terceira bateria das semifinais e ficou com o sexto melhor tempo, com 23s31.
“Estou muito feliz de ter conseguido chegar até aqui. Esse ano foi uma transição para mim, trocar de treinador, de cidade. Mas estou feliz de estar aqui”, apontou Vitória. Segundo ela, a adaptação foi rápida e o foco agora é o revezamento 4x100m.
“Eu achei que 2017 era um ano perdido porque os atletas que trocam de treinador, de cidade, de tudo, por ser uma transição muito grande, alguns conseguem se adaptar, outros não, outros demoram um pouco mais. Estou muito feliz de essa transição ter sido muito rápida na minha vida. No revezamento, está todo mundo correndo bem, a gente vai para cima para o que der e vier”, afirmou.