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Tóquio 2020

Tiffani Marinho evolui e só pensa no índice olímpico dos 400 m

Em 2019, a atleta campeã brasileira e sul-americana correu a prova abaixo de 52 segundos pela primeira vez na carreira

Tiffani Marinho Atleta Tóquio Olímpico 400 m CBAt
No ano passado, Tiffani Marinho fez, pela primeira vez na carreira, marcas abaixo dos 52 segundos (Wagner Carmo/CBAt)

A carioca Tiffani Marinho, de 21 anos, quer aproveitar a boa evolução que mostrou em 2019 para obter o índice olímpico nos 400 m. A atleta, que treina na Orcampi, em Campinas (SP), sabe que para conquistar a vaga nos Jogos de Tóquio, precisa correr a prova em 51s35. O otimismo aumenta porque no ano passado ela fez, pela primeira vez na carreira, marcas abaixo dos 52 segundos.

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No primeiro evento de 2019, Tiffani registrou 52s79 e saltou para a primeira colocação do Ranking Brasileiro. A atleta foi campeã sul-americana adulta e, na Europa, correu 52s21, então seu melhor tempo. Na sequência, ela ganhou o seu primeiro título do Troféu Brasil nos 400 m, com 51s84, seu recorde pessoal e, com isso, se classificou para o Mundial de Doha, no Catar.

“Tudo muito novo e extraordinário para mim, sonhos realizados em cima de sonhos realizados. Fiz o meu primeiro 51 segundos na vida! Fui ao Mundial de Revezamentos, ao Mundial de Doha, corri 51s84 (no Troféu Brasil). Os dois 51s de 2019 foram importantes, por ganhar o Troféu Brasil e ter conseguido o ápice em um Mundial”, afirmou Tiffani, que ficou em nono lugar em Doha, com 51s96.

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Em 2020, Tiffani chegou a competir antes das paralisações por consequência da pandemia de coronavírus. Em fevereiro desse ano, a atleta conquistou a medalha de ouro no Sul-Americano Indoor de Cochabamba, na Bolívia, com o tempo de 53s34. Os números mostram o crescimento, já que ela corriea 54s00 em 2017, 52s85 em 2018, e correu 51s84 em 2019.

Treinos na quarentena e foco no objetivo

Tiffani Marinho Atleta Tóquio Olímpico 400 m
Tiffani Marinho só pensa no índice olímpico para Tóquio (Wagner Carmo/CBAt)

Natural de Duque de Caxias, cidade do Rio de Janeiro, Tiffani Marinho nasceu no dia 6 de maio de 1999. Ela foi apresentada ao atletismo na escola, no Colégio Setembro e no Colégio Duque, em ambos com bolsa de estudo. A atleta espera o retorno dos eventos para melhorar ainda mais os resultados de 2019, ano em que também integrou o 4×400 m misto em dois Mundiais.

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Quem vê o bom 2019 não imagina que Tiffani teve que superar uma lesão grave no tornozelo em 2018 para fazer o índice e disputar o Mundial sub-20, em Tampere, na Finlândia. Ela conseguiu o tempo necessário na semifinal do Brasileiro sub-20 e, na final, quebrou  o recorde da categoria (52s85). O revezamento 4×400 m misto do Brasil foi oitavo no Mundial sub-20 (3:34.55) e Tiffani ficou com o bronze no Troféu Brasil (53s04).

A atleta é treinada por Evandro Lazari e, mesmo de quarentena, mantém o foco para conquistar o índice olímpico da prova. “Estou treinando do jeito que dá e esperando essa pandemia passar. Mas quando as competições vierem a expectativa continua a mesma. Estou focada, segura e confiante para fazer o índice olímpico nos 400 m”, concluiu a corredora.

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Em Yokohama, Tiffani correu com Lucas Carvalho, Cristiane Silva e Alexander Russo. Na semifinal, fizeram 3min18s26, recorde brasileiro e sul-americano. Na final, marcaram 3min20s71 e terminaram na sexta colocação. Já em Doha, competiu com Lucas Carvalho, Geisa Coutinho e Alexander Russo e ficaram na oitava posição, com 3min16s22, garantindo o Brasil em Tóquio. Será a primeira vez que a prova integrará o programa olímpico.

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