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Atletismo

Fabiana Murer aposta em futuro promissor de Juliana Campos

Campeã Mundial vê Juliana, que ainda briga pelo índice olímpico, como sua sucessora no salto com vara

Juliana Campos salto com vara
Juliana Campos segue focada em atingir o índice olímpico de 4,70 m (Wagner Carmo/CBAt)

Aos 23 anos, Juliana Campos é mais uma daquelas atletas para o público ficar de olho por conta de seu futuro promissor. Quem confirma a possibilidade de um futuro nas alturas para a jovem atleta do salto com vara é justamente a sua antecessora na modalidade, Fabiana Murer.

Campeã mundial ao ar livre em Daegu-2011 e indoor em Doha-2010, Fabiana Murer foi um nome importante do atletismo brasileiro e mantém desde 2016 a melhor marca obtida por uma brasileira num salto com vara, com a marca de 4,87 m. No entanto, a própria atleta acredita que a sua marca deve estar com os dias contados por conta do desempenho de Juliana.

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“A Juliana Campos é uma atleta que está bem e tem a segunda melhor marca do Brasil. Ela é nova, alta e pode saltar melhor e, quem sabe, quebrar o meu recorde. A Juliana treinou bastante comigo. Isso foi legal para ela, porque eu não tive isso no início da carreira, uma pessoa para me espelhar. Comigo por perto, ela podia questionar e usar as varas que eu usava nos treinos”, avaliou Fabiana em uma transmissão feita recentemente para as redes sociais da CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo).

Expectativa alta

A alta expectativa sobre Juliana Campos se justifica pelos ótimos resultados obtidos nas divisões de base. Ela é recordista brasileira sub-18, com 3,86 m, e sub-23, com 4,56 m. Esta marca foi obtida no dia 26 de junho de 2018, em Castellón, na Espanha. O resultado é o segundo no Ranking Brasileiro da história, atrás somente de Fabiana Murer, recordista sul-americana com o salto de 2016.

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Apesar da esperança de que um dia superará a marca de Fabiana, o foco atual da atleta é ainda um pouco mais modesto: 4,70 m. Isso porque essa é a marca necessária para que Juliana Campos atinja o índice olímpico e se garante nos jogos olímpicos de Tóquio.

“O maior objetivo é garantir participação na olimpíada e para isso temos de ter tranquilidade. Acho que deveremos voltar aos treinos normais em breve, no máximo em agosto ou setembro, e aí terei bastante tempo de preparação para a temporada do ano que vem”, comentou em entrevista à CBAt.

Estratégias para se manter em forma

Além da paralisação dos torneios, a quarentena causada pelo coronavírus tem dificultado bastante qualquer tipo de treinamento relacionado com o salto com vara. Dessa forma, a atleta busca atividades alternativas para manter a forma.

“Faço aeróbico, alongamento e ioga, com ajuda de alguns vídeos. Não tenho espaço para mais nada porque moro em apartamento. Mesmo mantendo o condicionamento físico, você perde muito na parte técnica. A gente costuma fazer bastante acrobacia e não tenho onde fazer”, explicou a tricampeã do Troféu Brasil Caixa de Atletismo (2017, 2018 e 2019).

Vice-campeã sul-americana indoor em fevereiro em Cochabamba, Bolívia, Juliana Campos terminou a temporada de 2019 em primeiro lugar no Ranking Brasileiro, com 4,37 m, marca obtida no dia 13 de abril, em San Diego, Estados Unidos. Apesar das dificuldades, mantém o otimismo. “Consegui bons resultados no início de 2020, mesmo voltando de cirurgia e estando preocupada. Isso me anima mais”, completou.


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