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Atletismo

Rosangela voa, quebra recordes e fica em sétimo nos 100m

Rosângela Santos

Rosângela Santos é a primeira brasileira a correr abaixo dos 11 segundos e fica em sétimo na final dos 100m do Mundial

Nunca uma brasileira havia corrido os 100m abaixo de 11 segundos. Nunca uma atleta do país tinha se classificado para a final da prova em um Mundial. Rosangela Santos derrubou os dois tabus de uma só vez  neste domingo (6) e ficou em sétimo lugar na final dos 100m do Mundial de Londres.

Rosangela cravou 10s91 na semifinal,  o terceiro melhor tempo entre as semifinalistas e que teria lhe dado o bronze na final.

“Eu lutei tanto por isso, abri mão de muita coisa pra estar nessa posição, esse sétimo lugar é uma medalha hoje. Eu não esperava devido a mudança de técnico, falta de apoio depois da Olimpíada, só tenho a agradecer”, disse a Rosangela à reportagem do SporTV. A brasileira revelou que pensa em se tornar motorista de Uber nos EUA para poder se manter treinando por conta da falta de verba.

A campeã da prova foi a norte-americana Tori Bowie, com 10s85. A prata ficou com a marfinense Ta Lou, enquanto que o bronze foi da holandesa Daphne Schippers. “Fiz a prova da minha vida. Pensei no Justin Gatlin ontem e que ia conseguir fazer. Não fiz o que eu fiz na eliminatória, mas é um aprendizado”, afirmou Rosangela.

+ VEJA O QUADRO DE MEDALHAS DO MUNDIAL DE ATLETISMO

Com o resultado obtido no Mundial de Londres, Rosangela Santos quebrou neste domingo (dia 6) os recordes brasileiro e sul-americano dos 100 m. O recorde nacional anterior era de Ana Claudia Lemos, com 11.01 (1.4), desde 2015. Já o recorde sul-americano era da equatoriana Angela Tenorio, com 10.99 (0.9), desde o PAN de Toronto 2015.

Brasileiros no Mundial

Além da participação de Rosangela nos 100m, outros brasileiros competiram no Mundial de Londres neste domingo. Thiago André se classificou para a final dos 800m com o oitavo melhor tempo entre os finalistas.

O meio-fundista soube que tinha ido para a final na zona mista, enquanto dava entrevista. Entre a euforia e a incredulidade, tentou explicar sua tática na prova. “Eu nem sei o que falar! Hoje eu estava bem melhor do que ontem (quando correu as eliminatórias) e eu estava determinado a correr o tempo todo forte. Que ia acontecer o que tivesse de acontecer. Se eu não classificasse para a final, pelo menos ia correr com dignidade. Agora vou descansar e buscar uma estratégia”, afirmou. Thiago contou que seu técnico, Ricardo D’Angelo, fez aniversário há uma semana. “Ele me pediu a final dos 800 m de presente”, revelou.

O último brasileiro a disputar uma decisão dos 800 m em Mundiais foi Osmar Barbosa dos Santos, 8º colocado em Paris/2003. Antes dele, Joaquim Cruz ganhou o bronze em Helsinque/1983 (na mesma edição, Agberto Guimarães foi o 6º colocado) e Zequinha Barbosa ganhou duas medalhas: bronze em Roma/1987 e prata em Tóquio/1991.

Márcio Teles passou bem pelas eliminatórias dos 400 metros com barreiras e, nesta segunda-feira (7/8), disputa a semifinal, às 16h20. O fluminense de 23 anos foi o segundo da sua série com a marca de 49s41, sexto melhor tempo entre os 24 classificados.

“Eu sabia o que ia fazer. Me senti bem na prova, distribuí bem a corrida, estava tranquilo, rodando direitinho, fiz uma prova consciente. Estou feliz de ter ido para a semifinal e agora é focar, um passo de cada vez.”

Éder Souza foi eliminado nas semifinais dos 110m com barreiras e Laila Ferrer não avançou no lançamento de dardo. Por fim, Tamara Alexandrino de Sousa e Vanessa Chefer Spinola terminaram a participação no heptatlo, longe da pontuação do pódio.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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