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Tóquio 2020

Alexsandro Melo salta em casa de olho em medalha olímpica

Conhecido como Bolt no meio do atletismo, o atleta deixou São Paulo e está de quarentena em Londrina, onde treina em duas caixas de saltos

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Alexsandro Melo cumpre quarentena perto da família em Londrina (Ricardo Bufolin/CBAt)

Alexsandro Melo está de quarentena em Londrina, no Paraná, neste período sem eventos esportivos por conta do coronavírus. Conhecido como Bolt no meio do atletismo, o saltador mora em São Paulo, mas foi ficar perto de seus familiares na cidade onde nasceu, já que lá tem acesso a duas caixas de salto em casa para continuar treinando com foco em ganhar uma medalha olímpica nos Jogos de Tóquio em 2021.  

“A expectativa era muito grande para a Olimpíada de Tóquio, mas de repente tudo parou. O foco, porém, continua igual. Quero ir a Tóquio no ano que vem em condições ainda melhores e o objetivo é lutar por medalha”, disse Alexsandro, que começou a se interessar por esporte aos 13 anos, após as Olimpíadas de Pequim-2008, principalmente por causa da conquista olímpica de Maurren Maggi no salto em distância.

“Estou fazendo treinos de fortalecimento muscular e de coordenação motora. Tenho em casa duas caixas de salto, algumas anilhas e um colete pesado. Assim posso fazer os treinos passados pelo Neilton de segunda-feira a sábado”, completou o Alexsandro, citando seu treinador Neilton Moura, irmão de Nélio Moura, ex-técnico da campeã olímpica Maurren Maggi.

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Em 2019, Alexsandro ganhou a medalha de bronze no salto triplo no Mundial Universitário de Nápoles. O saltador havia começado bem o ano de 2020, por isso, lamentou a paralisação devido ao coronavírus.

“Venci o salto em distância e o triplo, com bons resultados, ganhando dois ouros no Sul-Americano Indoor, em Cochabamba, Bolívia. Estava me preparando para o Mundial em Pista Coberta da China, que acabou adiado para 2021”, lembrou Bolt.

Técnico planeja volta às competições em dezembro

Alexsandro Melo Bolt Medalha Olímpica Tóquio
Alexsandro Melo é conhecido como Bolt no meio do atletismo (Wagner Carmo/CBAt)

Alexsandro conquistou o índice olímpico no para os Jogos de Tóquio no salto triplo em julho de 2019, no Meeting de Sotteville, na França, com 17,20 m (2,0). No entanto, ainda antes do prazo de obtenção das marcas mínimas, o saltador chegou a registrar 17,31 m (0,4) em Cochabamba, em abril. O competidor lidera o Ranking Brasileiro de 2019 e também é o primeiro colocado no salto em distância, com 8,12 m (0,4).

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Segundo Neilton, Bolt tem feito um trabalho para evitar uma queda mais pronunciada em seu condicionamento. “Ele é um dos atletas que estão se mantendo isolados e treinando apenas em casa. Já são oito semanas. Tenho tentado fazer com que ele cumpra os treinos adaptados para o espaço e implementos que conseguiu juntar. Tentamos controlar seu estado de treinamento com alguns testes”, comentou o treinador.

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O treinador tem a expectativa de colocar seu atleta para competir em dezembro. “Tenho esperança de podermos voltar aos treinos normais em 6 a 8 semanas e competir em dezembro, o que já seria preparação para os eventos indoor da temporada seguinte. O Alexsandro tem melhorado seus resultados a cada ano e o adiamento das competições, num primeiro olhar, foi vantajoso, mas o isolamento trará uma grande desigualdade de condições para a próxima temporada”, concluiu Neilton

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