No dia 12 de maio de 2019, há exatamente um ano, o Brasil conquistava em Yokohama, no Japão, o inédito título de campeão do revezamento 4 x 100 m masculino no Mundial da modalidade. A equipe formada por Rodrigo Nascimento, Jorge Vides, Derick Souza e Paulo André, com Vitor Hugo dos Santos como reserva, venceu a final com o tempo de 38s05.
Para ficar com o ouro, os brasileiros superaram os Estados Unidos, que tiveram Mike Rodgers, Justin Gatlin, Isiah Young e Noah Lyles, todos atletas com tempos abaixo dos 10s nos 100 m, por 2 centésimos de segundo (38s07). A Grã-Bretanha ficou em terceiro, com 38s15.
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Em participação em uma live no Instagram da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Rodrigo Nascimento relembrou a conquista histórica do revezamento 4×100 m masculino do Brasil. “Chegamos para competir e na semifinal os adversários já começaram a nos olhar de uma forma diferente. Estávamos tranquilos e botamos respeito. Estava feliz em competir, querendo curtir. Na final, no outro dia, já nos olhavam de outra forma, tentando nos amedrontar de alguma forma, mas não adiantou”, comentou.
“Foi um momento novo para todo mundo. Na final, na hora da apresentação, nós nos olhamos e dissemos que era nossa hora. Vamos fazer o nosso, curtir a prova e ir para cima, já que a pressão estava com os adversários. Fizemos o nosso melhor e deu certo”, completou o velocista.
Palavra do treinador e recorde sul-americano
O técnico Felipe de Siqueira também comemorou o título e já mira os Jogos Olímpicos de Tóquio e Paris. “A conquista serviu para aumentar ainda mais a confiança do grupo na preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2021 e de Paris 2024”, observou.
O revezamento 4×100 m masculino conquistou depois também a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima, repetindo a formação de Yokohama. No Mundial de Doha, o pódio escapou por muito pouco. A equipe, que teve Vitor Hugo dos Santos no lugar de Jorge Vides, terminou em quarto lugar, com 37s72, novo recorde sul-americano. O recorde anterior era do Brasil na Olimpíada de Sydney 2000, com 37s90, e já perdurava por 19 anos.
“O desempenho dos brasileiros no Mundial de Yokohama foi excelente. O 4×100 m feminino terminou em quarto lugar e o revezamento misto 4×400 m ficou em sexto, além da grande vitória no 4×100 m masculino. Foi uma participação sensacional”, lembrou Warlindo Carneiro da Silva Filho, presidente do Conselho de Administração da CBAt.