Classificado para as Olimpíadas de Tóquio, o velocista Aldemir Gomes da Silva Júnior tem conseguido manter a forma física durante a quarentena imposta pelo coronavírus, fazendo treinos adaptados em casa e seguindo as orientações da treinadora Vania Maria Ferreira Valentino da Silva.
“A situação é complicada por não poder treinar na pista. Estou fazendo musculação em casa, graças ao empréstimo de materiais do Comitê Olímpico do Brasil (COB). Quando preciso, corro um pouquinho perto de casa, com toda a segurança que a pandemia exige. Graças a Deus ainda estou em forma, esperando a mudança do cenário”, contou o carioca.
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Vania, a treinadora de Aldemir, tem sido firme nos treinos para manter o atleta motivado e focado, mesmo em meio à pandemia de coronavírus. Aldemir obteve o índice para o Mundial de Doha e para as Olimpíadas de Tóquio com a medalha de bronze no Meeting de Londres da Liga Diamante, realizado em julho do ano passado, na Grã-Bretanha.
“Por causa da pandemia de coronavírus, a maior parte de nosso trabalho é feita em casa. Nós tivemos apoio do COB e ele faz os treinamentos necessários para manter a forma. Não deixo a ‘pegada’ cair. Continuo exigindo bastante dele. Com os treinos para os 200 m, ele continua bem para competir nos 100 m e nos revezamentos 4×100 m e 4×400 m”.
Aldemir Júnior corre as provas de 200 m, 100 m e integra o revezamento 4×100 e eventualmente o 4×400 m. Participou de Londres 2012 e Rio 2016 e foi medalha de prata no Pan de Toronto 2015.
Relembrando o passado
Aldemir Júnior começou no atletismo de competição aos 15 anos, embora frequentasse as pistas desde os oito, quando chegou a participar de torneios na Vila Olímpica. Fazia salto em distância e salto em altura.
“Adoro salto em distância e por mim seria saltador até hoje. Mas logo acabei mudando para as provas de velocidade porque tinha resultados melhores”, disse o atleta que começou no Vasco da Gama aos 10 anos.
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Em uma live que fez com Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) recentemente, Aldemir contou alguns detalhes de sua carreira, como a preliminar dos 200 m na Olimpíada de Londres 2012, quando disputou mesma série do lendário Usain Bolt.
“Ainda muito jovem, na hora pensei que ele teria de me ganhar, porque iria com tudo. Acabei ficando em segundo lugar, atrás dele, que era um superatleta e extremamente carismático”, lembrou. Aldemir havia completado 20 anos e estava pela terceira vez numa seleção brasileira.
Por fim, Aldemir relembra toda a história ao lado da treinadora Vania, que está com ele desde os 12 anos. “Tenho muito a agradecer. Ela me conhece desde os 12 anos e me ajudou muito em momentos difíceis da minha vida. Ela é uma mãe, não só pra mim, mas para todos os atletas. Faz o possível e o impossível para ajudar”, concluiu.
