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Atletismo

Thaisa compara emoções da maternidade à medalha olímpica

Medalhista olímpica no revezamento 4×100 m em Pequim-2008 passará primeiro dia das mães ao lado do filho

Thaissa Barbosa Presti e João Gabriel
Thaissa Barbosa Presti conquistou o bronze no 4x100m em 2008 (Divulgação/CBAt)

Medalhista olímpica em 2008, Thaissa Barbosa Presti irá viver neste domingo (10) uma sensação semelhante a do momento em que descobriu que havia se tornado uma detentora de uma medalha de Jogos Olímpicos. Isso porque, a ex-velocista comemorará seu primeiro dia das mães ao lado de seu filho, João Gabriel, de apenas seis meses.

“No ano passado eu já estava grávida e a emoção já foi muito grande. Mesmo depois de tantas conquistas no esporte a maternidade, que é muito mais simples do que o treinamento de anos até uma medalha, me surpreendeu como uma conquista. Apesar de ser cansativo e da privação do sono que toda mãe tem vale muito”, avaliou a ex-atleta.

Exímia corredora dos 200 m, Thaissa Barbosa Presti representou o Brasil nas Olimpíadas de Pequim-2008 correndo com o revezamento 4×100 m ao lado de Lucimar Moura, mãe de Ana Julia, Rosemar Coelho Neto, mãe de Valentina e integrante do Conselho de Administração da CBAt,  e Rosângela Santos, que ainda não é mãe e foi a primeira mulher brasileira a correr os 100 m abaixo dos 11 segundos.

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Thaissa Barbosa Presti
Thaissa Barbosa Presti com o filho, João Gabriel, e o bronze de Pequim 2008 (Divulgação/CBAt)

“Elas sempre me deram conselhos em relação a maternidade. Mas só conhecem o João Gabriel por fotos”, disse Thaissa, referindo-se às companheiras de pódio. Assim que passar a pandemia da Covid-19 a ex-atleta espera que as colegas do revezamento conheçam pessoalmente o seu filho.

“Mulher atleta precisa se planejar para ter filho. Ou para e depois retoma a carreira ou tem filho depois que para de competir. Eu optei por curtir a maternidade após a carreira”, disse a ex-atleta, de 34 anos.

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Thaissa e as companheiras herdaram o bronze do revezamento 4×100 m feminino dos Jogos de Pequim, prova disputada no dia 22 de agosto de 2008, devido a uma punição de doping para a Rússia. Na ocasião, a equipe brasileira fez o quarto melhor tempo, ficando atrás da Rússia, Bélgica e Nigéria. Em agosto de 2016, o COI desclassificou a Rússia e fez com que a equipe brasileira subisse no pódio e comemorasse a conquista mesmo que tardiamente.

Em 29 de março de 2017 as brasileiras receberam as medalhas, nove anos depois, em cerimônia no Prêmio Brasil Olímpico, evento anual do Comitê Olímpico do Brasil (COB). “Qualquer atleta sonha em ter uma medalha olímpica e a gente conquistou isso. Foi muito tempo depois, de uma forma diferente, mas o Brasil tem essa conquista, essa medalha é nossa”, completou.

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