Além de homem mais rápido do atletismo paralímpico mundial, Petrúcio Ferreira é bom de resenha. Durante uma live no Instagram do Olimpíada Todo Dia, o paraibano contou alguns causos que aconteceram em viagens da seleção brasileira.
Drone dentro do quarto
Em um camping de atletismo na Alemanha, Petrúcio Ferreira passou em um mercado e comprou um drone. Ansioso para testar seu novo brinquedo, o paraibano não esperou o treino do dia seguinte e resolveu utilizar o objeto dentro do quarto do hotel em que estava hospedado. Para colocar o plano em prática, contou com a ajuda de Daniel Martins, Fábio Bordignon e Jair Henrique.
“A gente baixou o aplicativo no celular para brincar com o drone, estudou no YouTube e colocou ele em cima da cama. Fabinho começou a mexer e disse: ‘vamos colocar para voar aqui dentro mesmo’. Eu vi que ele programou o drone para subir uma altura de 30 metros e a partir disso que ele começava a controlar. Quando ele calculou isso, eu olhei e pensei: ‘O quarto não tem nem 30 metros, vai dar errado’. Ele ligou e o drone enganchou direto no teto”, contou.
O drone começou a arranhar o teto e assustar o quarteto. Daniel Martins correu para se esconder dentro do armário, enquanto Jair Henrique se protegeu no banheiro. Coube a Petrúcio Ferreira e Fábio Bordignon resolver o problema que tinham criado.
“Eu o Fabinho tentamos salvar o drone de alguma forma. Nisso o Fabinho agarrou a perna do drone e ficou gritando para mim: ‘Desliga o drone, desliga’. Mas para desligar precisava colocar uma marchinha que ele tinha para baixo. Em vez de fazer isso, eu fiquei mexendo para todos os lados e o Fabinho tentando segurar o drone de um lado para o outro em cima da cama. Até que o Fabinho desligou o drone apertando um botão que estava atrás dele mesmo. A gente desligou o drone e nem tentamos ligar mais”, contou sem segurar as risadas.
O destino drone
Após quebrar o apoio de largada de Petrúcio Ferreira e quase acabar com um lustre e uma televisão do hotel, além de arranhar todo o teto do quarto, o drone não sofreu maiores danos e agora está em São José do Brejo do Cruz, cidade em que o paraibano nasceu e está passando a quarentena com seus pais.
“O drone sobreviveu e esses dias estava tirando rasante aqui em uma represa perto de casa. Ele quase morreu afogado, mas ficou tudo bem”, brincou.
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Ritual com travesseiros
Petrúcio Ferreira ainda revelou uma tradição de parte da equipe de atletismo paralímpico. Antes de determinadas provas, alguns atletas, pela manhã, se juntam para dar ‘boa sorte’ a um companheiro. O velocista entregou que Thalita Simplício e Verônica Hipólito participam da brincadeira.
“A gente brinca que tem um ritual em algumas competições grandes. Quando o cara vai competir, tem que tomar uma surra de travesseiro para acordar mais rápido”, disse Petrúcio.
Pão com mortadela na Alemanha
Durante a live, Daniel Martins, parceiro de quarto de Petrúcio Ferreira na maioria das viagens, pediu para que o paraibano contasse a história do ‘pão com mortadela’.
“A gente estava na Alemanha. O Daniel olhou para mim e perguntou se tinha algum lanche no quarto, porque ele estava com fome. Mas não tinha. Então falei para ligarmos na recepção. Aí eu perguntei: ‘Você sabe falar inglês’. ‘Não’. ‘Eu também não’. Falei para ele ligar lá e dizer apenas ‘pão com mortadela’. Achei que iam entender. Ligamos na recepção, falaram um monte de coisa e o Daniel só dizendo ‘quero pão com mortadela’”, contou.
No fim, a tentativa da dupla não deu certo e eles tiveram que se contentar com bolachas e café dados por um companheiro da delegação brasileira.