Altobeli Santos da Silva (Pinheiros) resolveu só no ano passado trocar as corridas de rua pelas provas de pista. Mesmo com limitações técnicas “descobriu” ter talento para os 3.000 m com obstáculos e já nos Jogos Olímpicos do Rio 2016 surpreendeu ao ser finalista e ao terminar em 9º lugar na competição.
Ele ficou na sexta colocação na série 3 de qualificação, com 8:26.59, e na final completou a prova em 8:26.30, melhorando duas vezes o seu recorde pessoal, no Estádio Olímpico do Engenhão.
Este ano, voltou a evoluir na prova. Bateu o recorde do Troféu Brasil Caixa, em junho, com 8:26:06, que pertencia desde 1992 a Clodoaldo Lopes do Carmo, com 8:27.88. Clodoaldo é seu atual treinador.
Na etapa de Rabat, no Marrocos, da Liga Diamante, em julho, o atleta paulista, nascido a 3 de dezembro de 1990, na cidade de Catanduva, melhorou ainda mais a marca pessoal ao correr a prova em 8:23.67. Satisfeito? Não muito.
“Na verdade, eu esperava fazer um tempo melhor ainda. Mas quero superar novamente meu recorde no Mundial em Londres. Tenho muitas esperanças de ir à final, como já consegui na Olimpíada. Estou feliz por colocar novamente o Brasil como destaque na prova”, disse Altobeli, que passou mais de um mês em um estágio de treinamento em Macolin, na Suíça.
“Treinei muito bem e pude disputar algumas competições para ganhar ritmo, o que é fundamental. Sei que tenho antecessores importantes na prova, como o Adauto (Domingues), o Clodoaldo (Lopes do Carmo) e o Wander do Prado Moura (recordista sul-americano)”, lembrou o atleta, que desde esta terça-feira (dia 1º) já está em Londres. Ele disputa a qualificação no domingo (6) e, se tudo der certo, a final na terça-feira (8).
Altobeli, bicampeão dos 3.000 m com obstáculos e tricampeão dos 5.000 m do Troféu Brasil de Atletismo, competiu também em Nembro, na Itália, em julho, onde obteve também o recorde pessoal dos 3.000 m rasos, com 7:51.48