Recordista sul-americano e nono colocado no Ranking Mundial da World Athletics (ex-IAAF) dos 110 m com barreiras em 2019, o carioca Gabriel Oliveira Constantino ignora as dificuldades criadas pela quarentena e segue uma rotina forte de treinos visando uma preparação mais forte para os Jogos Olímpicos de Tóquio, remarcados para 2021.
Depois de quase um mês de preparação no Centro Olímpico dos Estados Unidos, em Chula Vista, na Califórnia, Gabriel retornou ao Brasil no último dia 2 de abril, quando o cerco da pandemia do coronavírus se acentuou e havia uma ameaça de cancelamentos de voos internacionais.
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“Com o adiamento da Olimpíada de Tóquio, podemos ter mais tranquilidade para treinar. A nossa única preocupação é como será o resto da temporada em relação às competições”, comentou Gabriel, de 25 anos, que tinha convites para correr em algumas etapas da Liga Diamante, que teve a realização de seis meetings adiados por causa da pandemia.
Atividade constante
No Rio de Janeiro, onde mora e treina sob a orientação do técnico Renan da Mota Valdiero, Gabriel tem feito suas atividades em casa e também faz alguns exercícios ar livre, perto de sua residência. “Não dá para ficar parado porque ele não está de férias. Precisa manter-se ativo, mesmo que de uma maneira mais tranquila”, comentou Renan, que esteve ao lado do atleta no camping nos Estados Unidos.
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Gabriel Constantino não competiu este ano em provas ao ar livre. Participou de quatro eventos em pista coberta nos 60 m com barreiras na Europa – o melhor resultado foi obtido em Madri (ESP), em fevereiro, com um tempo de 7s62. Alguns dias antes, o atleta havia conquistado o título da primeira edição do Campeonato Sul-Americano Indoor, em Cochabamba, na Bolívia.
O barreirista aprovou o adiamento dos Jogos “em nome da saúde de todos os atletas”. “Vamos ter mais tempo agora para nos preparar e 2021 pode ser perfeito da maneira que a gente imaginou que seria neste ano” concluiu Gabriel.
