O dia 13 de outubro de 2019 foi histórico para o esporte mundial. Pela primeira vez na história, um homem correu os 42.195 km de uma maratona abaixo da marca de duas horas. Algo que ninguém jamais pensou que seria possível ocorrer um dia.
O feito ocorreu em Viena, na Áustria. O queniano Eliud Kipchoge, de 34 anos, atual campeão olímpico e vencedor das últimas 13 maratonas que disputou, cruzou a linha de chegada do Desafio INEOS após uma hora e 59 minutos e 40 segundos.
Mas o queniano não conseguiu o feito sozinho. 41 coelhos auxiliaram o maratonista durante todo o percurso.
É claro que não estamos falando do coelho animal. No atletismo, coelho é o nome dado aos atletas contratados pela organização de um prova atlética para marcar o ritmo dos demais competidores.
Os coelhos auxiliaram a diminuir a resistência do ar, fazendo com que Kipchoge corresse mais rápido. Isso ocorre porque, segundo estudos com túnel de vento, quando um atleta de elite corre atrás de outro, sua velocidade aumenta de 50 a 70 segundos.
Os coelhos não costumam correr todos os 42 quilômetros da maratona. Geralmente param ao completar 76% da prova, deixando os maratonistas sozinhos nos últimos 10 quilômetros finais. No caso específico do desafio, os coelhos se revezavam a cada quilômetro percorrido por Kipchoge.
Nas grandes maratonas, é permitida a presença dos coelhos. O recorde mundial de 2h01min39s, conquistado pelo próprio Kipchoge na Maratona de Berlim de 2018, teve a presença desses corredores. É importante ressaltar que na maratona dos Jogos Olímpicos, eles s não são permitidos. Os maratonistas têm de completar o percurso sem ajuda de ninguém.
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A marca de 1h59 conquistada por Kipchoge não foi homologada como recorde mundial pela Associação das Federações Internacionais de Atletismo porque ela não aconteceu em uma maratona regular. O que não desmerece em nada o feito do queniano e de seus coelhos.