A 95ª Corrida Internacional de São Silvestre será disputada na terça-feira (31) em 15 quilômetros por ruas e avenidas de São Paulo. A tradicional prova de fim de ano paulistana, disputada desde 1925, tem largadas em sequência a partir das 7h25.
A programação começa com a categoria Cadeirantes e às 7h40 vem a Elite feminina. A partir das 8h05 saem a Elite masculina, Pelotão C, Cadeirantes com Guia e Pelotão Geral.
A Corrida de São Silvestre tem Permit da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e selo ouro. A partir deste ano, tem o Bronze Label da World Athletics (IAAF), prova integrante o calendário mundial.
Pelotão brasileiro
As últimas conquistas do Brasil aconteceram em 2010, com Marilson Gomes dos Santos, e em 2006, com Lucélia Peres. O grupo de brasileiros que vem para tentar quebrar o jejum tem inscritos na categoria Bronze da World Athletics (ex-IAAF).
Destaque para Daniel Chaves da Silva, top 15 na Maratona de Londres deste ano, garantindo a qualificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. “A expectativa é sempre alta. São Silvestre é alto nível em tudo: preparação, disputas e expectativas. Tenho uma certa responsabilidade nas costas, por ter me classificado para a maratona em Tóquio 2020, mas também é um orgulho para mim e espero representar bem o Brasil”.
Wellington Bezerra foi 18º na Maratona de Hamburgo e vice da Maratona Internacional de São Paulo em 2018. “Tenho treinado muito, especialmente as subidas, basicamente 99% do meu treino. Faço muito o trabalho de força em rampas. Estou me surpreendendo nas provas pelo Brasil. A minha expectativa é correr na casa dos 45min20s / 46min10s para tentar ficar na briga. Tem outro fator que pode ajudar que é o calor, então se tiver quente, melhor. Sou pernambucano e estou acostumado”.
Já Ederson Pereira é campeão da Volta Internacional da Pampulha, ouro nos 10 mil nos Jogos Pan-Americanos de Lima, ambos neste ano, e quinto na Meia de Buenos Aires-2018. “Estratégia é fazer boa largada e ficar ali no pelotão da frente. Não deixar os africanos desgarrarem. Provavelmente estará calor e isso deve emparelhar a disputa”, disse.
Elite feminina
No feminino da São Silvestre, duas corredoras brasileiras estão entre as atrações da Elite: Valdilene Silva e Tatiele de Carvalho. Valdilene foi 15ª colocada na Maratona de Frankfurt-2018, enquanto Tatiele foi quarta na Dez Milhas Garoto e 5ª na Meia de Buenos Aires, ambas em 2018 também. Tatiele possui cinco títulos do Troféu Brasil.
Tatiele se mostrou animada. “Estou muito feliz. Foi um ano muito legal para mim. Essa é minha nona São Silvestre. E é sempre uma alegria imensa encerrar o ano participando dessa competição. Estou ansiosa e animada. É sempre bom estar entre as melhores atletas do país. A prova fica mais forte a cada ano e vou fazer o meu melhor. Treinei bastante e espero que seja suficiente para estar no pódio e quem sabe para superar as africanas”.
Bicampeões
A organização da corrida confirmou várias atrações na tradicional competição paulistana, como o bicampeão queniano Edwin Rotich, vencedor nas edições de 2012 e 2013, Dawit Admasu, do Bahreim, que ganhou em 2014 e 2017.
O feminino, destaque para as argentinas Daiana Orcampo (Silver), campeã da Maratona de Buenos Aires e da Meia Maratona de Assunção, ambas em 2019, e Marcela Cordeiro (Bronze), vice em Buenos Aires-2019;
“Gosto muito de correr aqui. Tive um ano bem positivo e quero melhorar meu tempo e estar entre as primeiras colocadas”, disse Daiana Orcampo.
Destaque também para a mexicana Risper Gesabwa (Bronze), prata nos 10K no Pan de Lima, campeã da Des Moines Half Marathon-2014 e top-ten na Frankfurt Marathon-2015.
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Há mais destaques Bronze da World Athletics: o equatoriano Byron Piedra, finalista nos 10 mil dos Jogos Pan-Americanos de Lima e 7º na Meia Maratona de Nova York-2016 Joseph Panga, da Tanzânia, 4º colocado na 10 k de Boston 2019 e 10º na 94ª São Silvestre, o colombiano José Gonzales, vencedor da Girardot 15k-2017 e 4º na Boston 10K-2019.
Byron Piedra está motivado. “Essa é uma grande prova. Quero muito estar no pódio. Espero correr em um ritmo forte e rápido, desde o começo e ter força nas pernas para a subida da Brigadeiro. Mas, quero desfrutar a disputa e aproveitar o percurso”, falou o atleta bronze do Equador, e campeão sul-americano dos 10 mil metros.