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Atletismo

Brasileiros desafiam bicampeões na Corrida de São Silvestre

Última vez que um brasileiro ganhou a prova foi em 2010 com Marilson dos Santos. Largadas começam às 7h25

Largada Corrida de São Silvestre 2018
Largada em 2018 (Paulo Pinto/Fotos Públicas)

A 95ª Corrida Internacional de São Silvestre será disputada na terça-feira (31) em 15 quilômetros por ruas e avenidas de São Paulo. A tradicional prova de fim de ano paulistana, disputada desde 1925, tem largadas em sequência a partir das 7h25.

A programação começa com a categoria Cadeirantes e às 7h40 vem a Elite feminina. A partir das 8h05 saem a Elite masculina, Pelotão C, Cadeirantes com Guia e Pelotão Geral.

A Corrida de São Silvestre tem Permit da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e selo ouro. A partir deste ano, tem o Bronze Label da World Athletics (IAAF), prova integrante o calendário mundial.

Largada Corrida de São Silvestre 2018
Edição do ano passado (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Pelotão brasileiro

As últimas conquistas do Brasil aconteceram em 2010, com Marilson Gomes dos Santos, e em 2006, com Lucélia Peres. O grupo de brasileiros que vem para tentar quebrar o jejum tem inscritos na categoria Bronze da World Athletics (ex-IAAF).

Destaque para Daniel Chaves da Silva, top 15 na Maratona de Londres deste ano, garantindo a qualificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. “A expectativa é sempre alta. São Silvestre é alto nível em tudo: preparação, disputas e expectativas. Tenho uma certa responsabilidade nas costas, por ter me classificado para a maratona em Tóquio 2020, mas também é um orgulho para mim e espero representar bem o Brasil”.

Wellington Bezerra foi 18º na Maratona de Hamburgo e vice da Maratona Internacional de São Paulo em 2018. “Tenho treinado muito, especialmente as subidas, basicamente 99% do meu treino. Faço muito o trabalho de força em rampas. Estou me surpreendendo nas provas pelo Brasil. A minha expectativa é correr na casa dos 45min20s / 46min10s para tentar ficar na briga. Tem outro fator que pode ajudar que é o calor, então se tiver quente, melhor. Sou pernambucano e estou acostumado”.

brasileiros que vão disputar a 95ª Corrida de São Silvestre
Byron, Diana, Ederson, Tatiele, Wellington e Daniel (Sérgio Shibuya/MBraga Comunicação)

Já Ederson Pereira é campeão da Volta Internacional da Pampulha, ouro nos 10 mil nos Jogos Pan-Americanos de Lima, ambos neste ano, e quinto na Meia de Buenos Aires-2018. “Estratégia é fazer boa largada e ficar ali no pelotão da frente. Não deixar os africanos desgarrarem. Provavelmente estará calor e isso deve emparelhar a disputa”, disse.

Elite feminina

No feminino da São Silvestre, duas corredoras brasileiras estão entre as atrações da Elite: Valdilene Silva e Tatiele de Carvalho. Valdilene foi 15ª colocada na Maratona de Frankfurt-2018, enquanto Tatiele foi quarta na Dez Milhas Garoto e 5ª na Meia de Buenos Aires, ambas em 2018 também. Tatiele possui cinco títulos do Troféu Brasil.

Tatiele se mostrou animada. “Estou muito feliz. Foi um ano muito legal para mim. Essa é minha nona São Silvestre. E é sempre uma alegria imensa encerrar o ano participando dessa competição. Estou ansiosa e animada. É sempre bom estar entre as melhores atletas do país. A prova fica mais forte a cada ano e vou fazer o meu melhor. Treinei bastante e espero que seja suficiente para estar no pódio e quem sabe para superar as africanas”.

Heitor Mariano dos Santos campeão da corrida de São Silvestre 2018 cadeirantes
Heitor Mariano venceu em 2018 no cadeirantes masculino (Paulo Pinto/Fotos Públicas)

Bicampeões

A organização da corrida confirmou várias atrações na tradicional competição paulistana, como o bicampeão queniano Edwin Rotich, vencedor nas edições de 2012 e 2013, Dawit Admasu, do Bahreim, que ganhou em 2014 e 2017.

O feminino, destaque para as argentinas Daiana Orcampo (Silver), campeã da Maratona de Buenos Aires e da Meia Maratona de Assunção, ambas em 2019, e Marcela Cordeiro (Bronze), vice em Buenos Aires-2019;

“Gosto muito de correr aqui. Tive um ano bem positivo e quero melhorar meu tempo e estar entre as primeiras colocadas”, disse Daiana Orcampo.

Destaque também para a mexicana Risper Gesabwa (Bronze), prata nos 10K no Pan de Lima, campeã da Des Moines Half Marathon-2014 e top-ten na Frankfurt Marathon-2015.

Dawitt Admasu campeão Corrida de São Silvestre em 2017
Dawit Admasu venceu em 2017 (Paulo Pinto/Fotos Públicas)

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Há mais destaques Bronze da World Athletics: o equatoriano Byron Piedra, finalista nos 10 mil dos Jogos Pan-Americanos de Lima e 7º na Meia Maratona de Nova York-2016 Joseph Panga, da Tanzânia, 4º colocado na 10 k de Boston 2019 e 10º na 94ª São Silvestre, o colombiano José Gonzales, vencedor da Girardot 15k-2017 e 4º na Boston 10K-2019.

Byron Piedra está motivado. “Essa é uma grande prova. Quero muito estar no pódio. Espero correr em um ritmo forte e rápido, desde o começo e ter força nas pernas para a subida da Brigadeiro. Mas, quero desfrutar a disputa e aproveitar o percurso”, falou o atleta bronze do Equador, e campeão sul-americano dos 10 mil metros.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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