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Atletismo

Darlan Romani passa para a final sem fazer força no Mundial de Doha

Darlan Romani precisa apenas da primeira tentativa para garantir vaga na final do arremesso de peso Mundial de Doha

Darlan Romani, no Mundial de Atletismo
Wagner Carmo/CBAt

O brasileiro Darlan Romani nem precisou fazer muita força para conseguir classificação para a final do arremesso de peso no Mundial de Atletismo, em Doha. Nesta quinta-feira (3), sétimo dia de competições no Estádio Internacional Khalifa, ele alcançou a marca de 21m69 logo na primeira tentativa e já se garantiu na briga por medalha.

A marca mínima para passar era 20m90, distância que Darlan Romani já arremessava no começo de 2015. Nas últimas treze competições que participou, todas em 2019, não ficou uma abaixo dos 21m e passou dos 22m em três, todas no segundo semestre.

Nos Jogos Pan-Americanos de Lima, por exemplo, conquistou a medalha de ouro batendo o recorde da competição ao arremessar a 22m07. Pouco antes, em Palo Alto, na Califórnia, cravou o melhor resultado da carreira, 22m61.

A marca desta quinta-feira no Mundial de Atletismo foi a segunda do Grupo A da eliminatória. A primeira foi 21m92, de Tomas Walsh, medalhista de bronze na Rio 2016 e atual líder do ranking mundial. A melhor marca do australiano é 22m67, no ano passado. Esse ano alcançou 22m44.

Além dos dois, outros seis do Grupo A passaram direto para a final por terem alcançado ao menos 22m90. Os demais classificados ainda dependiam do Grupo B para serem conhecidos.

Darlan Romani é o quinto brasileiro em Doha que consegue classificação para uma final do Mundial de Atletismo. Antes dele, Alison Brendom, nos 400m com barreira, Thiago Braz e Augusto Dutra, no salto com vara, e Fernanda Borges, no lançamento de disco, também conseguiram. A da Fernanda é nesta sexta (4), às 15h. Os outros três já competiram. A final de Darlan Romani está marcada para sábado (5), às 14h05.

“Já passamos a qualificação, muitos podem considerar que não, mas é uma etapa difícil, se garantir na final”, disse Darlan. “Agora, a gente não pode falar nada antes, tem de esperar chegar dia 5”, acrescentou o atleta, que evita qualquer prognóstico para a decisão.

Na temporada, Darlan foi vice-campeão da Liga Diamante no arremesso do peso, disputando várias etapas do nobre circuito de competições da IAAF, com os melhores do mundo. Há dois anos, no Mundial de Londres 2017, não avançou para a final. “Errei bastante e a gente vai aprendendo até conseguir encaixar as pecinhas, aprende a se concentrar, aprende tudo, evolui.” Competir na Liga Diamante tem sido importante.”Você sabe que eles são os melhores do mundo. Mas daqui a um pouco você está entre eles. E são pessoas que trabalham diariamente e conquistam, tanto quanto a gente.”

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O melhor resultado do Brasil no Mundial de Atletismo, porém, é na marcha atlética, um quarto lugar de Erica Sena em prova única disputada.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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