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Pan 2019

De olho no Pan de Lima, Caio Bonfim viaja para camping

Marchador Caio Bonfim investe na luta por uma medalha em Lima, treinando na altitude de Cuenca, no Equador

Wagner Carmo (CBAt)

Caio Bonfim (CASO-DF) viajou no último domingo (14/7) para Cuenca, no Equador, onde participa do Camping Internacional de Treinamento de Marcha Atlética, último estágio de preparação para a disputa dos 20 km (4/8) e dos 50 km (11/8) dos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru.

Melhor marchador da história do País, o atleta brasiliense, de 28 anos, enfrenta um desafio pessoal nesta nova jornada. Ele deixa em casa, com a mulher Juliana Bonfim, o filho Miguel, nascido prematuro no dia 26 de junho e que só teve alta da UTI na quarta-feira (10/7).

“Tive apenas quatro dias com ele e certamente é algo novo, que vou ter de administrar. Faz parte da profissão. Tenho certeza de que o treinamento na altitude de Cuenca será importante na preparação para o Pan”, disse Caio, ganhador da medalha de bronze dos 20 km em Toronto 2015. “Filho é sempre uma motivação a mais, sempre nos alegra”, completou.

O espírito familiar é muito forte entre os Bonfim, de Sobradinho (DF). Afinal, Caio Bonfim é treinado pelos pais, João Sena e Gianetti Bonfim, tem sempre a companhia da mulher Juliana, que também é responsável por sua dieta de atleta.

Para João Sena, o camping será fundamental neste momento, além do fato de ser realizado em altitude de 2.500 m em relação ao nível do mar. “O Caio vai ter tempo para o preparo psicológico. Vai sofrer, filho nasceu agora, mas vai ter mais foco”, comentou.

Recordista brasileiro dos 20 km (1:18:47) e dos 50 km (3:47:02), Caio teve uma grande evolução nos últimos anos na carreira. Terminou em quarto lugar nos 20 km nos Jogos Olímpicos do Rio 2016 e ganhou o bronze na mesma prova no Mundial de Atletismo de Londres 2017.

No Camping de Marcha Atlética, Caio Bonfim terá a companhia de Elianay Pereira (CASO-DF), convocada para os 50 km no Pan, e da treinadora Gianetti Bonfim. O camping é uma parceria entre a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e Comitê Olímpico do Brasil (COB) e custeado com recursos oriundos exclusivamente da Lei Agnelo Piva.

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