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Atletismo

Brasil sai mais forte do Sul-Americano de Lima

Vitória Rosa, Rodrigo Nascimento e Altobeli Silva foram os destaques individuais da competição, em que o Brasil manteve uma hegemonia de mais de quatro décadas, disputada no mesmo palco em que será o atletismo nos Jogos Pan-Americanos

(Wagner Carmo/CBAt

O Brasil manteve a sua rotina de vitórias no Campeonato Sul-Americano de Atletismo, encerrado domingo (26/5), no Estádio da Vila Desportiva Nacional (Videna), em Lima, no Peru, mesmo com desfalques importantes, causados por contusões e prioridades de competições na Europa. O mesmo estádio abrigará entre julho e agosto o torneio de atletismo dos Jogos Pan-Americanos 2019.

A equipe brasileira somou na 51ª edição do torneio 377 pontos na classificação geral, sendo 180 no masculino e 197 no feminino. A Colômbia ficou em segundo lugar, com 288, seguida da Venezuela, com 153 pontos, no geral. O Brasil ganhou 44 medalhas nos três dias da competição, sendo 15 de ouro, 19 de prata e 10 de bronze.

As últimas derrotas brasileiras em Sul-Americanos estão bem distantes – foram em 1971, em Lima, quando a Argentina se sagrou campeã no feminino, e em 1974, em Santiago do Chile, quando a Venezuela ganhou o torneio masculino. De lá para cá, só vitórias brasileiras nas duas categorias e, consequentemente, no geral.

A carioca Vitória Cristina Rosa (Pinheiros) conquistou duas medalhas de ouro e só não conquistou a terceira porque foi poupada do revezamento 4×100 m. Vitória venceu os 100 m, com 11.24 (0.6), e os 200 m, com 22.90 (0.8), este seu melhor resultado de 2019. A boa campanha já abriu as portas para o exclusivo time de atletas convidados para competir na Liga Diamante.

A velocista foi quarta colocada na etapa de Xangai da Diamond League, com 11.16 (0.2), no dia 18/5 e agora tem convites para correr os 100 m em Roma (6/6) e Rabat (16/6), além de estar na fila de espera dos 200 m em Oslo (13/6).

Vitória também fechou o revezamento 4×100 m que foi 4º colocado no Campeonato Mundial de Revezamentos de Yokohama, no Japão, ajudando o Brasil a conquistar vaga no Mundial de Doha (CAT), de 27 de setembro a 6 de outubro.

Outro destaque do Sul-Americano foi o catarinense Rodrigo Nascimento (Orcampi Unimed), que volta ao Brasil com três medalhas: uma de ouro, nos 100 m, com 10.28 (-0.9), e duas de prata, nos 200 m, 20.63 (-0.7), e no 4×100 m, com 39.91. Rodrigo, assim como Vitória, disputou o Campeonato Mundial de Revezamentos de Yokohama. Ele abriu a prova para equipe medalha de ouro, título inédito do atletismo brasileiro.

O paulista Altobeli Santos da Silva (Pinheiros) conquistou duas medalhas nas duas provas que disputou em Lima: ouro nos 5.000 m, com 13:50.08, e prata nos 3.000 m com obstáculos, com 8:38.43.

O único recorde do torneio quebrado por um integrante da delegação brasileira ocorreu nos 3.000 m com obstáculos, com a paranaense Tatiane Raquel da Silva (IPEC), com 9:45.52. O recorde anterior era da gaúcha Sabine Heitling, com 9:52.54, desde 2009, obtido também em Lima.

Além disso, nomes como Darlan Romani e Andressa de Morais, recordistas sul-americanos do arremesso do peso e do lançamento do disco, respectivamente, confirmaram seus domínios no continente.

As 44 medalhas do Brasil

Ouro (15)
Vitória Rosa – 100 m – 11.24 (0.6)
Vitória Rosa – 200 m – 22.90 (0.8)
Tiffani Marinho – 400 m – 52.81
Revezamento 4×100 m feminino – 44.70
Tatiele Raquel da Silva – 3.000 m com obstáculos – 9:45.52
Eliane Martins – salto em distância – 6,71 m (0.5)
Laila Ferrer – lançamento do dardo – 57,79 m
Andressa Oliveira de Morais – lançamento do disco – 62,41 m
Mariana Marcelino – lançamento do martelo – 66,78 m
Rodrigo Nascimento – 100 m – 10.28 (-0.9)
Altobeli Santos da Silva – 5.000 m – 13:50.08
Gabriel Constantino – 110 m com barreiras – 13.54 (-0.8)
Alison Brendom dos Santos – 400 m com barreiras – 49.88
Augusto Dutra – salto com vara – 5,61 m
Darlan Romani – arremesso do peso – 21,00 m

Prata (19)
Tatiele de Carvalho – 10.000 m – 33:40.76
Keila Costa – salto em distância – 6,38 m (0.0)
Valdileia Martins – salto em altura – 1,88 m
Geisa Arcanjo – arremesso do peso – 17,16 m
Fernanda Borges – lançamento do disco – 60,87 m
Vanessa Chefer – heptatlo – 5.823 pontos
Revezamento 4×400 m feminino – 3:35.29
Felipe Bardi dos Santos – 100 m – 10.43 (-0.9)
Rodrigo Nascimento – 200 m – 20.63 (-0.7)
Lucas Carvalho – 400 m – 46.12
Altobeli Santos da Silva – 3.000 m com obstáculos – 8:38.43
Revezamento 4×100 m masculino – 39.91
Revezamento 4×400 m masculino – 3:04.13
Paulo Sérgio de Oliveira – salto em distância – 7,71 m
Kauam Bento – salto triplo – 16,18 m (0.0)
Fernando Ferreira – salto em altura – 2,21 m
Thiago Braz – salto com vara – 5,41 m
Douglas Júnior – lançamento do disco – 56,93 m
Willian Dourado – arremesso do peso – 19,09 m

Bronze (10)
July Ferreira da Silva – 1.500 m – 4:27.93
Adelly Oliveira – 100 m com barreiras – 13.64 (-0.1)
Simone Ponte Ferraz – 3.000 m com obstáculos – 10:05.88
Juliana de Menis Campos – salto com vara – 3,91 m
Monique Varmeling – salto em altura – 1,75 m
Gabriele dos Santos – salto triplo – 13.30 m (0.0)
Anderson Henriques – 400 m – 46.15
Carlos de Oliveira Santos – 1.500 m – 3:55.18
Eduardo de Deus – 110 com barreiras – 13.68 (-0.8)
Allan Wolski – lançamento do martelo – 73,51 m

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