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Martine Soffiatti Grael

Ficha TécnicaMedalhas
Nascimento:. Niterói/RJ
Idade: 30 anos (12/02/1991)
Altura: 1,68m
Peso: 62kg
Pan: 2 (Toronto-2015, Lima-2019)
Olimpíada: 2 (Rio-2016 e Tóquio-2020)

OLIMPÍADA
– Rio-2016 (49erFX)
– Tóquio-2020 (49erFX)

MUNDIAL
– Espanha-2014 (49erFX)
– França-2013, Argentina-2015, Portugal-2017, Nova Zelândia-2019 (49erFX)

PAN
– Lima-2019 (49erFX)
– Toronto-2015 (49erFX)

Martine Grael é uma velejadora que fez história em Tóquio ao conquistar o bicampeonato em Jogos Olímpicos, ao lado de Kahena Kunze, na disputa da classe 49erFX da vela. A dupla que, já é uma das maiores parcerias na história do esporte brasileiro, é ainda campeã pan-americana e mundial na categoria.

+ Confira também o perfil completo de Kahena Kunze

Filha de peixe, velejadora é

Uma carioca de Niterói que dificilmente não encontraria logo cedo o caminho da vela. Filha do bicampeão olímpico Torben Grael, Martine Soffiatti Grael, mais conhecida como Martine Grael, começou a velejar com apenas quatro anos de idade.

+ Favoritos, datas, chances de Martine e Kahena e mais; Confira TUDO sobre a vela em Tóquio 2020

Sob os ensinamentos de um dos melhores velejadores da história do Brasil e crescendo junto com o irmão Marco Grael, outro apaixonado pelo esporte, Martine logo começou a se destacar e conquistar seus primeiros títulos. Em 2004 e 2006, sagrou-se bicampeã brasileira na classe Optmist. Na mesma época, conheceu uma pessoa que mudaria para sempre a sua vida: Kahena Kunze, filha do velejador Cláudio Kunze, que mais tarde viraria sua parceira de tantos títulos.

+ Confira o perfil completo de Kahena Kunze

Campeã mundial júnior na classe 420 em 2009, Kahena Kunze esperou um convite de Martine Grael para formar dupla nos Jogos Olímpicos de Londres, mas a carioca preferiu competir com Fernanda Swan, então medalhista de bronze em Pequim. Nesta época, Kahena abandonou o esporte para prestar vestibular de engenharia ambiental.

Martine Grael - vela - 49erFX - Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 Kahena Kunze
Martine Grael com seu pai, Torben Grael, seis vezes medalhista olímpico (Bruno Ryfer/Trezzeimagens)

Convite feito, resultados incríveis

Em 2009, Martine e Kahena foram campeãs mundiais júnior na classe 420. Kahena Kunze esperou um convite da parceira para formar dupla nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, mas a carioca preferiu competir com Fernanda Swan, medalhista de bronze nos Jogos de Pequim 2008. As duas acabaram sem a vaga, entretanto.

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Percebendo que seu sucesso na vela estaria ao lado de Kahena Kuze, Martine fechou a parceria com a amiga para o ciclo olímpico da Rio 2016 na categoria 49erFX. Logo no primeiro campeonato mundial de 2013, disputado na França, a dupla foi vice-campeã.

Um ano depois, as duas se sagraram campeãs do mundo, algo que lhes rendeu o prêmio do COB de melhores atletas do ano de 2014. Em 2015, foram novamente vice-campeãs do mundo e faturaram a prata nos Jogos Pan-Americanos de Toronto.

O ápice até aqui

Kahena Kunze - vela - 49er FX - Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 - Martine Grael
A dupla com a medalha de ouro na RIo-2016 (Wander Roberto/Exemplus/COB)

A partir dali a entrosada a dupla colecionou diversas medalhas. A mais importante de todas veio nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016. O ouro de Martine Grael e Kahena Kunze na classe 49er FX foi conquistado apenas nos metros finais, em uma das mais eletrizantes disputas de toda a Olimpíada.

+ Confira TUDO sobre TODAS as provas de TODAS as modalidades dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020

Martine e Kahena seguiram competindo no mesmo nível após os Jogos do Rio. Foram medalhistas de prata nos dois mundiais seguintes, disputados em 2017 e 2019. No Pan de Lima, além de terem faturado a medalha de ouro, tiveram a honra de carregar a bandeira do Brasil na cerimônia de abertura, se tornando as primeiras mulheres brasileiras a realizar o feito.

Martine Grael - vela - 49erFX - Jogos Olímpicos de Tóquio 2020
Delegação do Brasil entra no Estádio Nacional, com Kahena Kunze e Martine Grael como porta-bandeiras (Crédito: Jonne Roriz/COB)

Em 2021

O ano olímpico começou com o pé direito para Martine e Kahena. Em janeiro, a dupla campeã olímpica conquistou o título na classe 49erFX na tradicional Regata Olímpica de Inverno de Lanzarote, na Espanha.

Em março, a dupla levou o título da Regata Internacional de Lanzarote na classe 49erFX, que contou com a participação das principais duplas do mundo, fato que reforça o favoritismo das brasileiras para conquistar o bicampeonato olímpico em Tóquio-2020.

Dois meses depois, as campeãs olímpicas subiram no pódio mais uma vez neste domingo ao conquistar a medalha de bronze do Cascais Championship, em Portugal.

No último teste antes de Tóquio, em junho na a Semana Internacional de Vela de Cascais, Martine e Kahena não subiram no pódio pela primeira vez no ano. Isso porque acabaram não disputando a medal race devido a um resfriado de Kahena. A dupla ocupava o quarto geral em Cascais e brigariam pro medalhas caso participassem da medal race.