Carabina três posições 50 m masculina
O Brasil na Carabina três posições 50 m masculina dos Jogos Olímpicos
Cássio Rippel teve a chance de garantir a vaga para os Jogos Olímpicos de Tóquio, mas desperdiçou a oportunidade e o tiro esportivo brasileiro não terá nenhum representante na carabina três posições 50 m masculina.
A primeira participação brasileira foi logo na estreia da prova, em Helsinque-1952. Severino Moreira foi 27º colocado e Harvey Dias Vilela foi 32º. Severino também competiu em Melbourne-1956, onde terminou em 37º. Também em solo australiano participou Milton Sobocinski, 33º com 1.115.
Luiz Martins participou em Roma-1960, quando a prova teve uma rodada preliminar, com 60 tiros no total, mas ficou de fora da final por uma posição. Edmar de Salles colocou o Brasil de novo na prova na Cidade do México-1968 e finalizou no 55º lugar.
O Brasil só voltou a ter um representante na prova em casa, na Rio-2016, com Cássio Rippel, que não foi bem na prova em pé e terminou em 44º.
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Favoritos na Carabina três posições 50 m masculina
Prata na Rio-2016, o russo Sergey Kaminskiy também foi prata no Mundial de 2014 e já conquistou 10 medalhas nesta prova em Copas do Mundo, além do título europeu em 2015 e 2019.
O húngaro Istvan Peni, além de ser um dos favoritos na carabina de ar 10 m, também tem grandes chances nesta prova, com seis pódios em Copas do Mundo neste ciclo. Peni também venceu a prova na Copa do Mundo Júnior de 2016, que valeu praticamente como um título mundial.
Outro jovem nome da prova é o checo Filip Nepejchal, de 22 anos e já indo para sua 2ª olimpíada. Ele foi vice-campeão mundial júnior nesta prova em 2017 e venceu duas etapas da Copa do Mundo em 2019. Ainda como júnior, foi bicampeão europeu, mas no continental adulto deste ano ficou apenas em 28º.
Com 20 anos também, vale ficar de olho no indiano Aishwary Tomar, que venceu uma Copa do Mundo este ano e foi bronze no asiático em 2019.
Outros nomes fortes da prova são o polonês Tomasz Bartnik, que surpreendeu com o título mundial em 2018, o croata Petar Gorsa, vice-campeão mundial em 2018, o chinês Zhao Zhonghao, e os noruegueses Jon-Hermann Hegg e Henrik Larsen, respectivamente ouro e prata no Europeu este ano.
Histórico da Carabina três posições 50 m masculina nos Jogos Olímpicos
No rifle três posições, os atletas atiram 40 vezes deitado, 40 ajoelhados e 40 em pé. A prova teve algumas leves variações de formato desde a sua inclusão nos Jogos Olímpicos de Helsinque-1952, principalmente com a inclusão de uma fase final a partir de Seul-1988, onde só se atirava em pé, e da alteração desta final a partir do Rio-2016, agora atirando nas 3 posições também na decisão.
O norueguês Erling Kongshaug foi o primeiro vencedor da prova em solo finlandês com 1.164 pontos, empatado com o finlandês Vilho Ylönen, que bateu o recorde mundial da parte ajoelhada com 394. Como Kongshaug teve 53 tiros no centro contra 49 do finlandês, ele ficou com o ouro. Ele já havia vencido esta prova no Mundial poucas semanas antes dos Jogos.
Em Tóquio-1964, ouro para o americano Lones Wigger, que sobrou na prova com 1.164 pontos, novo recorde mundial, bem a frente dos 1.152 pontos do búlgaro Velichko Velichkov, medalhista de prata. Quatro dias antes, Wigger tinha sido prata no rifle deitado, perdendo o ouro nos critérios de desempate.
Nova era
A partir da Cidade do México-1968, a maioria das provas do tiro passou a ser mista, mas pouquíssimas mulheres competiram nesta edição, nenhuma nesta prova. O americano Lanny Bassham ficou com a prata e, após os Jogos Olímpicos, Bassham se tornou um treinador mental, dando cursos de controle e gerenciamento mental para atletas, empresários e até para a SWAT e o FBI.
Em Montreal-1976, a americana Margaret Murdock empatou com Bassham, só que nos critérios de desempate, foi dado o ouro para Bassham, que pediu para que fossem dados dois ouros, o que foi rejeitado. Na hora do hino, ele fez Murdock subir no topo do pódio ao lado dele.
O britânico Malcolm Cooper foi o primeiro bicampeão olímpico da prova, ao vencer em Los Angeles-1984 e em Seul-1988.
Rajmond Debevec, que disputou oito Olimpíadas, conquistou o ouro em Sydney-2000 na prova. Ele representou a Iugoslávia em Los Angeles-1984 e Seul-1988 e depois competiu pela Eslovênia.
Medalhistas – Carabina três posições 50 m masculina – Jogos Olímpicos
Jogos | Ouro | Prata | Bronze | |||
Helsinque-1952 | Erling Kongshaug | NOR | Vilho Ylönen | FIN | Boris Andreyev | URS |
Melbourne-1956 | Anatoly Bogdanov | URS | Otakar Hořínek | TCH | John Sundberg | ISL |
Roma-1960 | Viktor Shamburkin | URS | Marat Niyazov | URS | Klaus Zähringer | ALE |
Tóquio-1964 | Lones Wigger | EUA | Velichko Velichkov | BUL | László Hammerl | HUN |
Los Angeles-1984 | Malcolm Cooper | GBR | Daniel Nipkow | SUI | Alister Allan | GBR |
Barcelona-1992 | Hrachya Petikyan | EUN | Robert Foth | EUA | Ryohei Koba | JPN |
Atlanta-1996 | Jean-Pierre Amat | FRA | Sergey Belyayev | KAZ | Wolfram Waibel, Jr. | AUT |
Sydney-2000 | Rajmond Debevec | ESL | Juha Hirvi | FIN | Harald Stenvaag | NOR |
Atenas-2004 | Jia Zhanbo | CHN | Mike Anti | EUA | Planejador cristão | AUT |
Pequim-2008 | Qiu Jian | CHN | Yuriy Sukhorukov | UKR | Rajmond Debevec | ESL |
Londres-2012 | Niccolò Campriani | ITA | Kim Jong-Hyeon | KOR | Matt Emmons | EUA |
Rio-2016 | Niccolò Campriani | ITA | Sergey Kamensky | RUS | Alexis Raynaud | FRA |
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Quadro de medalhas – Carabina três posições 50 m masculina – Jogos Olímpicos
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
União Soviética | 2 | 1 | 2 | 5 |
Grã-Bretanha | 2 | 1 | 1 | 4 |
Itália | 2 | 0 | 0 | 2 |
China | 2 | 0 | 0 | 2 |
Estados Unidos | 1 | 2 | 1 | 4 |
França | 1 | 0 | 1 | 2 |
Noruega | 1 | 0 | 1 | 2 |
Eslovênia | 1 | 0 | 1 | 2 |
Equipe Unificada | 1 | 0 | 0 | 1 |
Finlândia | 0 | 2 | 0 | 2 |
Bulgária | 0 | 1 | 0 | 1 |
Tchecoslováquia | 0 | 1 | 0 | 1 |
Cazaquistão | 0 | 1 | 0 | 1 |
Coreia do Sul | 0 | 1 | 0 | 1 |
Rússia | 0 | 1 | 0 | 1 |
Suíça | 0 | 1 | 0 | 1 |
Ucrânia | 0 | 1 | 0 | 1 |
Áustria | 0 | 0 | 2 | 2 |
Alemanha | 0 | 0 | 1 | 1 |
Hungria | 0 | 0 | 1 | 1 |
Japão | 0 | 0 | 1 | 1 |
Suécia | 0 | 0 | 1 | 1 |