Luisa Veras Stefani
Idade: 23 anos (09/08/1997)
Altura: 1,68m
Peso: 83kg
Pan: 1 (Lima-2019)
Olimpíada: 1 (Tóquio- 2020)
OLIMPÍADA
Tóquio 2020 (duplas femininas)
PAN
Lima 2019 (duplas femininas)
Luisa Stefani fez história e conquistou a primeira medalha olímpica do Brasil nos tênis ao conquista o bronze nas duplas femininas atuando ao lado de Laura Pigossi. As duas receberam o convite da Federação Internacional de Tênis no dia 16 de julho, exatamente uma semana antes da abertura dos Jogos Olímpicos e fez história em Tóquio.
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No tênis graças a falta de habilidade da mãe
Uma das maiores promessas do tênis brasileiro, Luisa Veras Stefani, mais conhecida como Luisa Stefani, nasceu na cidade de São Paulo e começou a jogar tênis graças a inabilidade de sua mãe com as raquetes.
Quando tinha 10 anos de idade, Luisa estava com o irmão e a genitora na praia, jogando frescobol. A mãe não ficou contente com a própria performance nas areias, decidiu se matricular em uma escolinha de tênis e, de quebra, colocou os filhos para aprender também.
Já praticante de muitos esportes, Luisa foi tomando gosto pelo tênis e aos poucos foi deixando todas as outras modalidades. Foi evoluindo aos poucos em São Paulo, mas mudou de patamar quando sua família se mudou para a Flórida em 2011.
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Nos Estados Unidos, um dos países mais tradicionais do tênis, melhorou o seu jogo e começou a chegar mais longe em torneios importantes. Pela Universidade de Pepperdine, chegou à final do torneio da NCAA, principal organização de esportes universitários dos EUA, além de ter atingindo a segunda colocação da Intercollegiate Tennis Association (ITA).
Profissionalização e parceira ideal
Se tornou profissional em 2015 e viajou o mundo em diversos torneios da Federação Internacional de Tênis (ITF), conquistando impressionantes 15 títulos e 7 vices.
A rodagem pelo mundo e a sintonia com a parceira, a americana Hayley Carter, trouxeram experiência e maturidade para a jovem atleta.
Em 2019, viveu um grande ano. Conquistou quatro títulos de duplas nos torneios da ITF, além de ter chegado em mais uma final. Em junho, nos Jogos Pan-Americanos de Lima, Luisa Stefani faturou a medalha de bronze ao lado de Carolina Meligeni.
Titulos expressivos e melhor brasileira da história nas duplas
Dois meses depois, com a americana Hayley Carter, chegou em sua primeira decisão de torneios da WTA no Korea Open, ficando com o vice-campeonato. Uma semana depois, venceu seu primeiro título no circuito profissional: O Open de Tashkent. Com os resultados, a atleta de apenas 22 anos entrou na lista das 100 melhores do mundo no ranking de duplas da WTA.
Seguiu em ascensão e em 2020 atingiu um feito histórico: chegou 45ª colocação no ranking de duplas da WTA.
Em agosto, faturou seu segundo título. Sempre ao lado de Hayley Carter, venceu o Top Seed Open da WTA, em Lexington, nos Estados Unidos.
Mais tarde, em setembro e outubro, ficou com mais dois vice-campeonatos na França e na República Tcheca. Com isso, subiu da 45ª para a 33ª posição, algo que nenhuma brasileira jamais conseguiu.
Em 2021
A evolução seguiu de maneira meteórica em 2021.
Em janeiro, Luisa e Hayley Carter chegaram na final do WTA 500 de Abi Dhabi, nos Emirados Árabes. Foi a primeira final nessa categoria de torneio. As duas fizeram um bom jogo, mas perderam e ficaram com o vice-campeonato. Um mês depois, mais um vice em outro WTA 500 (Adelaide, na Austrália).
O grande resultado veio em abril. Luisa e Hayley disputaram o Miami Open, um dos mais tradicionais do circuito e um dos únicos quatro que distribuem 1000 pontos no ranking ao campeão. Novamente ficaram com o vice-campeonato. Ainda assim, o feito levou Luisa Stefani ao 26º lugar do ranking mundial.
Essa posição no ranking é outro feito incrível de Luisa. Apenas seis tenistas brasileiros (Marcelo Melo, Bruno Soares, Cássio Motta, Carlos Kirmair, André Sá e Jaime Oncins) obtiveram uma colocação melhor que a da paulistana em ranking de duplas. Se formos considerar também o ranking de simples, entram apenas outros três: Thomas Coch, Thomaz Belucci e a lenda Gustavo Kuerten.
O foco então passou a ser ficar entre as 10 do mundo para se garantir nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 até o dia 6 de junho. Luisa subiu para a 23ª posição e só estaria em Tóquio se houvesse desistências e realocações de vagas.
No dia 16 de julho, aos 45 do segundo tempo, a ITF (Federação Internacional de Tênis), confirmou a vaga de Luisa Stefani para representar o país na chave de duplas no Japão.
De quebra, levou com ela Laura Pigossi, a melhor brasileira entre as 300 do mundo na WTA para formar uma das 32 parcerias do torneio feminino da Olimpíada de Tóquio.