Leila Cássia dos Santos Silva
Leila Silva – rúgbi feminino – Jogos Olímpicos de Tóquio 2020
Idade: 24 anos (23/10/1996)
Altura: 1,60m
Peso: 55kg
Clube: Instituto Rugby Para Todos/SP
Pan: 1 (Lima-2019)
Leila Cássia dos Santos Silva, mais conhecida como Leila Silva, é meio-scrum do Instituto Rugby Para Todos, de São Paulo, e representará a seleção brasileira de rúgbi feminino nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
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Gastronomia? O negócio é rúgbi!
Leila tem uma história parecida com a de sua quase xará Bianca Silva. A exemplo da companheira de time, ela também cresceu e ainda vive na favela de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo. E foi exatamente ali que teve os primeiros contatos com o rúgbi e rapidamente se apaixonou.
Através do Instituto Rugby Para Todos, teve a oportunidade de começar a se conectar com a modalidade. O esporte é considerado de elite, muito distante de ser popular no Brasil, mas ao mesmo tempo aposta em projetos sociais para alcançar novos adeptos e espalhar a sua cultura, principalmente em comunidades. Senso de coletividade.
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Hoje meio-scrum das Yaras, ela preferiu não ir ao primeiro dia de treinamentos. Logo viu uma amiga começar a praticar e percebeu que não poderia ficar para trás. Mais tarde, na segunda chance, agarrou com as duas mãos e não soltou mais. Foi ao segundo dia de testes, gostou e a partir dali levou aquilo como profissão. Sem contar a importância em conseguir se socializar, já que isso foi um problema por anos em função da forte timidez.
Com a nota no ENEM, chegou a ser aprovada para cursar gastronomia em uma universidade em Curitiba, mas o rúgbi já era muito forte naquele momento e optou por seguir com a carreira. Os principais fatores que motivaram a escolha giram em torno dos valores e ensinamentos transmitidos pela modalidade dentro de campo e fora dele, como o respeito, o trabalho em equipe e o desenvolvimento de jovens, desconstruindo o mito de que seja um esporte violento.
Ciclo vitorioso com as Yaras às vésperas de Tóquio 2020
Apesar da pouca idade, Leila Silva já representou a seleção brasileira feminina em grandes competições ao redor do mundo. Mesmo ficando fora da Olimpíada de 2016, foi convocada com frequência ao longo da caminhada do ciclo de Tóquio, criando bagagem para estar pronta a qualquer momento.
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Em 2018, faturou a medalha de ouro nos Jogos Sul-Americanos de Cochabamba, na Bolívia. Mais tarde, voltou de São Francisco, nos Estados Unidos, após a campanha do Brasil na Copa do Mundo. E não parou por aí, mais coisa estava por vir.
No ano seguinte, além da carimbar o passaporte para a capital japonesa através do título no Pré-Olímpico, as Yaras asseguraram outro feito histórico: passaram por cima das adversárias e conquistaram a taça do Hong Kong Series, evento de segundo nível, suficiente para colocar o país entre as 12 melhores equipes do Circuito Mundial. Resultados importantes e extremamente relevantes para o rúgbi feminino brsaileiro.
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Em 2021
Leila fez parte do grupo que viajou aos Emirados Árabes para dois torneios amistosos. Tratava-se do Emirates Invitational de rúgbi sevens, em Dubai, para encarar fortes seleções da Série Mundial. No primeiro, durante a fase de grupos, o Brasil passou por cima de França, Japão e Quênia, mas tropeçou em Canadá e Estados Unidos. Na sequência, reencontro com as francesas do time 1, que levaram a melhor e deixaram as Yaras em quarto lugar.
A segunda edição do evento contava novamente com os mesmos países. E a seleção brasileira repetiu o desempenho também. Desta vez, encarou as estadunidenses na briga pelo bronze, quando as rivais levaram a melhor com o placar de 24 a 19. As competições serviram como preparação para ela e companhia, em reta final visando os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.