Haline Leme Scatrut
Haline Scatrut – rúgbi feminino – Jogos Olímpicos de Tóquio 2020
Idade: 28 anos (09/08/1992)
Altura: 1,69m
Peso: 65kg
Clube: Melina Rugby/MT
Olimpíada: 1 (Rio de Janeiro-2016)
Pan: 1 (Toronto-2015)
PAN
– Toronto-2015
Haline Leme Scatrut, mais conhecida como Haline Scatrut, é centro e pilar do Melina Rugby, do Mato Grosso, e representará a seleção brasileira de rúgbi feminino nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
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A maior inspiração da carreira e o começo no rúgbi
A idolatria no esporte engloba muito mais do que a parte esportiva em si. Tem a ver com afinidade, identificação, propósito. E talvez nem precise ser atleta. Haline Scatrut, do rúgbi sevens, por exemplo, sabe bem disso. Tem a mãe como principal inspiração, mais do que fundamental ao longo de toda a trajetória rumo aos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
Educadora física, ela, a mãe, era uma mulher solteira que trabalhava e cuidava dos filhos com garra. Sempre ‘fazia acontecer’. De fato uma história de superação. Também motivava Haline, a filha, a se manter atuante e praticar atividades físicas. A semente olímpica foi plantada aí.
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Nascida em Curitiba, a centro e pilar das Yaras (seleção feminina do Brasil) conheceu a modalidade quando foi morar em Florianópolis, ainda aos 18 anos de idade. O padrasto jogou na Argentina e praticava rúgbi nos clubes Araucária e Desterro. Aquilo chamou a atenção logo no primeiro contato e desenvolveu o sentimento de querer conhecer a fundo o que estava por vir.
O sonho em jogar pela seleção e a vida como empresária
Ainda no início da carreira, a paranaense teve a possibilidade de atuar pelo próprio Desterro, da capital de Santa Catarina. Ali conheceu jogadoras que viviam o cotidiano da seleção brasileira à época. Rapidamente percebeu que eram realidades próximas, diferentemente do que imaginava. Era algo palpável, possível, alcançável.
Durante o começo do caminho, com cerca de dois anos de prática, retornou à sua cidade natal para aliar os estudos aos treinamentos. Fez testes e foi aprovada na univsersidade, onde cursou Educação Física por dois anos, mas não chegou a completar o curso em função do esporte. Dedicação nunca faltou.
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Após a Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, houve várias quebras de contratos. Morando em São Paulo àquela altura, mais uma vez arrumou as malas e partiu para Curitiba. Teve a possibilidade de montar o próprio restaurante, um desafio que gerou o amadurecimento individual. Era preciso ‘ralar muito’ para seguir a vida como mulher e empresária.
Entre as novas posições, trouxe ao campo o que aprendeu sobre lidar da melhor maneira com as pessoas e com os funcionários. É preciso ouvir quem tem algo a dizer, pensar no coletivo e trabalhar em sintonia com as colegas para alcançar os objetivos.
Conquistas e grandes experiências com as Yaras
Defendendo as cores do Brasil, Haline Scatrut já coleciona diversas competições ao redor do mundo. Em 2016, possivelmente a maior delas. Em terras cariocas, a equipe de rúgbi sevens ficou em terceiro lugar no Grupo C, atrás de Grã-Bretanha e Canadá. A posição não foi suficiente para levar o time ao mata-mata. As vitórias diante de Colômbia (24 a 0) e Japão (33 a 5) foram suficientes para assegurar a 9º colocação na Rio-2016.
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A atleta de 28 anos, que hoje defende o Melina Rugby, do Mato Grosso, esteve com o elenco que atropelou a Argentina na disputa de 3º lugar e faturou a medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015. Mais tarde, em Cochabamba, na Bolívia, subiu ao lugar mais alto do pódio para receber o ouro nos Jogos Sul-Americanos 2018.
Além das conquistas, outra grande oportunidade. No mesmo ano do título em solo boliviano, tivemos a Copa do Mundo da categoria, realizada em São Francisco, nos Estados Unidos. Ao final, a curitibana pegou o voo de volta com a 14º posto geral na bagagem.
Em 2021
Haline fez parte do grupo que viajou aos Emirados Árabes para dois torneios amistosos. Tratava-se do Emirates Invitational de rúgbi sevens, em Dubai. No primeiro, durante a fase de grupos, o Brasil passou por cima de França, Japão e Quênia, mas tropeçou em Canadá e Estados Unidos. Na sequência, reencontro com as francesas do time 1, que levaram a melhor e deixaram as Yaras em quarto lugar.
A segunda edição do evento contava novamente com os mesmos países. E a seleção brasileira repetiu o feito também. Desta vez, encarou as estadunidenses na briga pelo bronze, quando as rivais levaram a melhor com o placar de 24 a 19. As competições serviram como preparação para Scatrut e companhia, em reta final visando os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.