Bianca dos Santos Silva
Bianca Silva – rúgbi feminino – Jogos Olímpicos de Tóquio 2020
Idade: 23 anos (22/07/1998)
Altura: 1,74m
Peso: 66kg
Clube: Instituto Rugby Para Todos/SP
Pan: 1 (Lima-2019)
Bianca dos Santos Silva, mais conhecida como Bianca Silva, é ponta do Instituto Rugby Para Todos, de São Paulo, e representará a seleção brasileira de rúgbi feminino nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
+ CONFIRA TUDO SOBRE O RÚGBI NOS JOGOS OLÍMPICOS DE TÓQUIO 2020
As raízes: favela de Paraisópolis
Bianca Silva tem uma grande história para contar. Afinal, a realidade dela, hoje, mudou muito em relação ao passado. Nascida e moradora da favela de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo, viu as perspectivas de vida mudarem com a entrada do rúgbi em sua vida, através do Instituto Rugby Para Todos, projeto que transformou a modalidade em um modo de inclusão social.
Ali, no campinho de terra em meados de 2010, aquela garota de 11 anos despontava como um grande destaque da região. Na verdade, ela gostava mesmo era de correr e se desvencilhar da marcação. A velocidade sempre foi um diferencial, principalmente no início. Diz muito sobre ser ponta, posição dela nos gramados por aí.
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, NO INSTAGRAM, NO FACEBOOK E NO TIKTOK
E ao mesmo tempo que começava a brilhar no esporte, nunca perdeu o desejo início, que era simplesmente se divertir e aproveitar enquanto estivesse no campo. Mal sabia que no futuro se tornaria uma das ou a principal jogadora das Yaras.
O rúgbi a encontrou e a tirou de uma realidade complicada. Amigos que vicenciaram o programa a convidaram para participar. Mesmo sem nunca ter ouvido falar, agarrou aquela oportunidade com as duas mãos, sem deixar qualquer adversidade (ou adversária) chegar por perto.
Da Zona Sul aos Jogos de Tóquio
Reuben Samuel, técnico neozelandês que comandava a seleção brasileira à época, rapidamente foi impactado pelo sucesso repentino da jovem. Com as convocações, ela recebeu a oportunidade de atuar em grandes competições ao redor do mundo e mostrar para todos que poderia chegar longe.
+ CONFIRA TUDO SOBRE AS PARTIDAS DA SELEÇÃO FEMININA NOS JOGOS OLÍMPICOS DE TÓQUIO 2020
Foi o que aconteceu. Além de ser importante para o time, brilhou individualmente durante a disputa da Copa do Mundo de rúgbi sevens em 2018, realizada em São Francisco, nos Estados Unidos, sendo a principal pontuadora do país. Desempenho que chamou a atenção dos principais meios de imprensa da federação internacional, que estampavam o rosto de Bia o tempo inteiro.
No ano seguinte, alcançou outro feito importante. Ao longo do Pré-Olímpico, que aconteceu em Lima e serviu de evento-teste para os Jogos Pan-Americanos no Peru, levou o Brasil ao título de maneira impecável: 100% de aproveitamento. Resultado que garantiu a equipe na Olimpíada de Tóquio 2020, com o sonho de superar a campanha da Rio-2016.
+ SAIBA TUDO E MAIS UM POUCO SOBRE OS JOGOS OLÍMPICOS DE TÓQUIO 2020
Outra conquista que marcou a carreira dela e a do restante das jogadoras: o Hong Kong Sevens, também em 2019, que colocou as Yaras entre as 12 principais nações da categoria. A taça da segunda divisão mundial com vitórias diante de todos os adversários talvez tenha sido a maior campanha do rugby feminino brasileiro na história.
Em 2021
Bianca fez parte do grupo que viajou aos Emirados Árabes para dois torneios amistosos. Tratava-se do Emirates Invitational de rúgbi sevens, em Dubai, para encarar potências a nível mundial. No primeiro, durante a fase de grupos, o Brasil passou por cima de França, Japão e Quênia, mas tropeçou em Canadá e Estados Unidos. Na sequência, reencontro com as francesas do time 1, que levaram a melhor e deixaram as Yaras em quarto lugar.
A segunda edição do evento contava novamente com os mesmos países. E a seleção brasileira repetiu o feito também. Desta vez, encarou as estadunidenses na briga pelo bronze, quando as rivais levaram a melhor com o placar de 24 a 19. As competições serviram como preparação para ela e companhia, em reta final visando os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.