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Aline Ribeiro Furtado

Aline Furtado – rúgbi feminino – Jogos Olímpicos de Tóquio 2020

Ficha TécnicaMedalhas
Nascimento: São Paulo/SP
Idade: 25 anos (02/10/1995)
Altura: 1,62m
Peso: 60kg
Clube: Rugby USP/SP
Pan: 1 (Lima-2019)

Aline Ribeiro Furtado, mais conhecida como Aline Furtado, é hooker do Rugby USP, de São Paulo, e representará a seleção brasileira de rúgbi feminino nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

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Ela nunca tinha ouvido falar de rúgbi, acredita?

Em 2018, Aline Furtado completava o bacharel em Educação Física na Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista. Ela gostava da atividade. Tanto que fazia atletismo há algum tempo, antes de passar no vestibular, e esperava usufrir do aprendizado para aperfeiçoar o treinamento.

Ao longo dos anos universitários, ela conheceu o rúgbi. Nunca havia ouvido falar da modalidade. No início, treinou por um mês e adorou, mas logo teve uma concussão e optou por interromper o processo. A partir daí, o basquete também marcou presença na vida acadêmica.

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Mais tarde, uma nova tentativa. Tentativa que veio através da Olimpíada no Rio de Janeiro, em 2016. Acompanhou as partidas de rúgbi naquela edição e ficou fascinada. Quis retomar os treinamentos no Rugby USP. Mais tarde, jogou até o Brasileiro, onde chamou a atenção e foi levada para a seleção quase que imediatamente.

A importância em fazer parte das Yaras

O rúgbi feminino ganha mais espaço a cada dia. O desenvolvimento da modalidade está intimamente ligado ao crescimento da seleção, que mostra união em todos os aspectos do esporte. O logo das Yaras agora está estampado no peito, aumentando a confiança e a parceira nos desafios ao redor do mundo.

Além de ser uma via de escape e de distração da vida cotidiana, a modalidade também traz ensinamentos. O senso de coletividade é muito grande, valorizando sempre o grupo em primeiro plano antes do individual. É assim que Aline e as outras mulheres se sentem. Uma situação que se torna um estilo de vida, valorizando também o que é feito extra-campo, como a divulgação para o Brasil.

Aline Furtado - rúgbi feminino - Jogos Olímpicos de Tóquio 2020
Há quase seis anos com as Yaras, Aline Furtado terá a oportunidade de defender o Brasil pela primeira vez em Jogos Olímpicos. (Foto: Bruno Ruas/@ruasmidia)

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A relação e a preparação com a equipe brasileira acaba sendo constante, muitas vezes limitando o contato direto com os próprios clubes. O ganho de cultura é outro fator relevante, visto que as jogadoras vêm de várias localidades e regiões do país para viverem o sonho em São Paulo. O reencontro com a família acontece apenas nas férias, lá para dezembro.

Mas o esforço e a dedicação valem a pena. Defendendo as cores do Brasil, a atleta de 25 anos já participou dos Jogos Pan-Americanos e da Série Mundial de Rugby Sevens, sem contar o tricampeonato sul-americano da categoria. Agora, o objetivo é brilhar em Tóquio, sonho que quase foi interrompido durante o percurso.

Do drama vivido ao crescimento mental

A pandemia desafiou todas as pessoas em uma nova perspectiva de interação social, somado logicamente ao grave problema de saúde ao redor do mundo. Naturalmente, os atletas tiveram de enfrentar as adversidades para seguirem firmes e fortes às vésperas dos Jogos. Para Aline, isso não foi diferente. Na verdade, foi duplamente desafiador.

Em 2019, ela sofreu uma lesão de ligamento cruzado anterior no joelho direito. Teve de passar por cirurgia e um processo de cerca de nove meses de recuperação, sendo que faltavam apenas oito para desembarcar na capital japonesa. Praticamente na sequência, com o distanciamento social, não pôde conviver com as amigas de seleção. O tempo sozinha, se recuperando em casa, seguiu para o amadurecimento mental, mantendo a confiança a cada dia.

Aline Furtado - rúgbi feminino - Jogos Olímpicos de Tóquio 2020
Aline Furtado, à direita, juntamente com as companheiras de Yaras do Brasil. (Foto: Instagram/barrosorugbyfootballclub)

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Quando retornou aos campos, sentiu como se fosse outra pessoa. Ao mesmo tempo que foi bastante dura e complicada, a quarentena também trouxe um crescimento individual. Muito em função dos vários treinos com equipamentos alternativos para manter a forma.

Àquela altura, com o adiamento da Olimpíada, o desejo de atravessar o mundo reacendeu. Era uma nova oportunidade de fazer parte do grupo. O período de retomada foi o suficiente, a hooker quebrou mais essa linha e participará do maior evento do esporte mundial pela primeira vez na carreira.

Em 2021

Aline fez parte do grupo que viajou aos Emirados Árabes para dois torneios amistosos. Tratava-se do Emirates Invitational de rúgbi sevens, em Dubai. No primeiro, durante a fase de grupos, o Brasil passou por cima de França, Japão e Quênia, mas tropeçou em Canadá e Estados Unidos. Na sequência, reencontro com as francesas do time 1, que levaram a melhor e deixaram as Yaras em quarto lugar.

A segunda edição do evento contava novamente com os mesmos países. E a seleção brasileira repetiu o feito também. Desta vez, encarou as estadunidenses na briga pelo bronze, quando as rivais levaram a melhor com o placar de 24 a 19. As competições serviram como preparação para ela e companhia, em reta final visando os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.