Leonardo Gomes de Deus
Leonardo de Deus – natação – 200m borboleta – Jogos Olímpicos de Tóquio 2020
Idade: 30 anos (18/01/1991)
Altura: 1,73m
Peso: 69kg
Clube: Unisanta (SP)
Pan: 3 (Guadalajara-2011, Toronto-2015 e Lima-2019)
PAN
– 200m borboleta (Guadalajara-2011, Toronto-2015, Lima-2019), 4x100m medley misto (Lima 2019)
– 4x200m Livre (Guadalajara-20111), 4x100m medley masculino (Lima-2019)
– 400m livre (Guadalajara-2011), 200m costas (Toronto-2015 e Lima 2019),
Campeão mundial em piscina curta e tri-campeão pan-americano, Leonardo de Deus, mais conhecido como Léo de Deus, é um nadador experiente que representará o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 na prova dos 200m borboleta.
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Na água desde a barriga
Nascido em Campo Grande, Leonardo teve seu primeiro contato com as piscinas já na barriga da mãe. Isso porque sua genitora é uma ex-nadadora no Mato Grosso do Sul e que sempre praticou a natação, inclusive até o sétimo mês de gestação.
Aos 10 anos, estreou em grandes competições. Na escolinha de natação do Clube da Aeronáutica em Belém, no Pará, Léo de Deus organizou uma competição mesmo sem ser aluno. De quebra, venceu todos os outros. Na sequência, pediu que seu opai o matriculasse no Clube do Remo e logo se desrtacou. Subiu de categoria para nadar com meninos mais velhos e foi campeão estadual.
Em 2004, a família de Léo se mudou novamente. Seu pai era piloto da Aeronáutica e foi realocado para trabalhar em Brasília. Na capital federal, passou a desenvolver mais suas habilidades na AABB. Um ano depois já integrava a seleção júnior e faturava seus primeiros títulos na base.
Suas performances chamaram a atenção do Minas Tênis Clube, que o contratou. Em um dos maiores clubes do país, despontou para o cenário adulto nacional.
Começando a brilhar
O ano 2009 foi seu primeiro com grandes conquistas. Virou titular nas provas de meio fundo, principalmente nas provas de 200m borboleta e 200m costas, das seleções de categoria juvenil e júnior. Disputou pela primeira vez o Campeonato Sul Americano Juvenil, em Mar Del Plata, na Argentina, tendo vencido todas as provas que disputou tendo estabelecido recordes.
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Trocou o Minas pelo Pinheiros e lá foi convocado pela primeira vez para a seleção adulta. À época, tinha 19 para 20 anos. Sua primeira conquista internacional foi o Campeonato Sul-Americano Adulto, realizado em Medellín, na Colômbia. Léo de Deus foi campeão e recordista nas provas de 200m borboleta e 200m costas.
Pedido irrecusável
O campeão olímpico Cesar Cielo Filho pediu para que Léo de Deus fosse treinar no Flamengo. O sul-matogrossense o atendeu e trocou Belo Horizonte pelo Rio de Janeiro. No Fla, conquistou seu primeiro índice para um Mundial adulto. Nele, foi semifinalista e ainda conquistou o índice olímpico para nadar duas provas nos Jogos Olímpicos de Londres.
Em outubro, Léo de Deus faturou sua primeira medalha em Jogos Pan-Americanos. Em Guadalajara, no México, foi campeão nos 200m borboleta e vice-campeão no revezamento 4x200m livre. Fechou seu primeiro ciclo olímpico como semi-finalista na Olimpíada de Londres em 2012.
Anos ímpares
No novo ciclo, seguiu evoluindo. Seus melhores resultados vieram nos anos ímpares.
Obteve como melhor resultado uma final no Campeonato Mundial de Barcelona 2013, ficando com um oitavo lugar nos 200m borboleta. No Pan-Pacífico de 2014, levou a medalha de prata na mesma distância.
O melhor ano foi o de 2015. em abril, quebrou o recorde sul-americano dos 400 metros livre no Troféu Maria Lenk e fez o melhor tempo da carreira nos 200 metros borboleta, com o tempo de 1m55s19, obtendo a liderança do ranking mundial da prova em 2015.
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Nos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015, levou ouro nos 200m borboleta com direito a recorde da competição e melhor tempo da vida: 1min55s01. Ainda saiu com duas medalhas de bronze nos 200m costas e nos 400m livre.
A expectativa era grande para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Na Olimpíada em casa, Léo foi muito bem nas eliminatórias, nadou os 200 m borboleta para 1min55seg98, quebrou o recorde brasileiro na prova e avançou para as semifinais com o nono melhor tempo. Na parte da tarde, acabou não repetindo o desempenho e terminou na 13ª colocação. Se tivesse cravado o mesmo tempo das eliminatórias, teria ido a grande final como o sexto melhor.
Recordista mundial e um tri histórico e inesperado
No novo ciclo, Léo de Deus seguiu colhendo bons resultados. Os melhores vieram em 2018 e 2019.
Dois anos após a Olimpíada do Rio, voltou a nadar abaixo de 1min55s nos 200m borboleta na final da prova no Campeonato Pan-Pacífico. Levou sua segunda medalha de prata consecutiva.
Em dezembro de 2018, Léo de Deus foi até a China com a seleção e entrou para a história. O nadador participou das eliminatórias do revezamento 4x200m livre masculino. Na final, o quarteto formado por Breno Correia, Fernando Scheffer, Luiz Altamir Melo e Leonardo Coelho Santos não era nem de longe o favorito, mas surpreendeu a todos e consquistou não só a medalha de ouro como o recorde mundial em piscina curta. Como ajudou a classificar o time para a final, Léo levou uma inédita medalha em campeonatos mundiais e ainda por cima dourada.
No Campeonato Mundial de 2019, disputado em Gwangju, na Coreia do Sul, cravou 1min55seg71 na semifinal, indo para a decisão com o quatro melhor tempo e a frente do sul-africano Chad Le Clos, campeão olímpico da prova em Londres-2012. Na final, terminou em sétimo lugar.
Num curto espaço de tempo, haveria os Jogos Pan-Americanos de Lima 2019, mas a CBDA optou por levá-lo ao mundial. Léo de Deus, no entanto foi convocado às pressas por conta do doping de Gabriel Santos. A convocação, por sinal, veio enquanto o nadador ainda estava na Coreia do Sul. O sul-matogrossense atravessou o mundo, lidou com fuso-horários e brilhou ao se sagrar tricampeão pan-americano nos 200m borboleta.
Em 2021
O foco após a pandemia era conseguir a vaga para sua terceira olimpíada. Na Seletiva Única de Natação brasileira, disputada em abril no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro, o nadador de 30 anos de Mato Grosso do Sul se classificou para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 consecutiva ao fazer 1min56s01, tempo inferior ao índice de 1min56s48
Dois meses depois, sem o peso de ter da seletiva única nas costas, viajou com a seleção brasileira para outro campeonato em 2021. Na Itália, no Torneio Sette Colli, que serviu de treinamento e preparação para Tóquio 2020, conseguiu a medalha de prata e melhorou o seu tempo em relação a abril. Léo cravou 1min55s36, sua melhor marca desde agosto de 2018, quando quebrou a barreira de 1min55 (1min54s89).