Larissa Martins de Oliveira
Idade: 28 anos (16/02/1993)
Altura: 1,68m
Peso: 56kg
Clube: Flamengo-RJ
Pan: 2 (Toronto-2015 e Lima-2019)
Olimpíada: 1 ( Rio-2016)
PAN
– Lima-2019 (4x100m misto),
– Toronto-2015 (4x200m livre), Lima-2019 (4x100m livre, 4x100m livre misto)
Lima-2019 (4x100m livre, 4x100m medley), Lima-2019 (100m, 200m, 4x200m livre e 4x100m medley)
Maior colecionadora de medalhas em Jogos Pan-Americanos na natação, Larissa Oliveira é uma nadadora que representará o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 no revezamento 4x100m livre feminino e 4x200m feminino.
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A atleta é a atual recordista brasileira nos 100m e nos 200m livre com 52s45 e 1min54s50, respectivamente.
No 4x100m livre, terá a companhia de Etiene Medeiros, Ana Carolina Vieira e Stephanie Balduccini. Já no 4x200m, será acompanhada de Nathalia Almeida, Gabrielle Roncatto (suas companheiras de clube no Flamengo) e Aline Rodrigues.
Mineira do Rio e de São Paulo
Mineira de Juiz de Fora, Larissa Martins de Oliveira apareceu para a natação nacional no Rio de Janeiro, nas categorias de base do Botafogo e na seleção do Rio de Janeiro no famoso Troféu Chico Piscina. Em 2009 Larissa partiu para a capital paulista para nadar pelo Corinthians. Duas temporadas depois, em 2011, chegou ao Esporte Clube Pinheiros.
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Seu primeiro ano de sucesso foi o de 2014. Na ocasião, Larissa Oliveira registrou seu primeiro recorde sul-americano nos 100m livre em piscina longa ao cravar 54s61. Pouco depois, no mundial de piscina curta realizado em Doha, no Catar, levou suas primeiras grande medalhas: ouro no revezamento 4x50m medley misto e bronze no revezamento 4x50m livre misto.
As primeiras medalhas no Pan e susto com árvore
Mas foi em 2015 que iniciou sua trajetória em Jogos Pan-Americanos, competição na qual faria história quatro anos depois. Foram três medalhas de bronze em revezamentos nos Pan de Toronto-2015. Antes disso, já havia quebrado o recorde sul-americano dos 200 metros livre, com o tempo de 1m58s53.
Pouco depois, no Mundial de Esportes Aquáticos de Kazan 2015, Larissa teve como melhor resultado um sexto lugar nos 4×100 metros livre misto, junto com Bruno Fratus, Matheus Santana e Daynara de Paula, quebrando o recorde sul-americano com o tempo de 3m25s58.
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No ano olímpico de 2016, Larissa Oliveira teve grande performance no Troféu Maria Lenk. A mineira bateu o recorde sul-americano dos 100m livre, com o tempo de 54s03, e dos 200 metros livre, com o tempo de 1m57s37 e ainda se classificou para a sua primeira edição de Jogos Olímpicos. Nas piscinas do Rio, no entanto, não repetiu as mesmas performances e não conseguiu chegar a uma final nas cinco provas que nadou.
A nadadora começou o ano de 2017 tomando um grande susto. Um galho de uma árvore caiu em seu carro e perfurou sua coxa direita. A nadadora teve que passar por uma cirurgia e não teve chances de voltar a tempo do Campeonato Mundial de Budapeste.
Miss Pan e a voz da natação feminina
O melhor momento da carreira de Larissa Oliveira ocorreu em 2019. A mineira alcançou dois recordes nos Jogos Pan-Americanos de Lima: a de brasileira com mais pódios em uma única edição do Pan (sete) e a de brasileira com maior número de medalhas no evento (dez), ao lado da ginasta Daniele Hypolito. No Peru, ela foi ao pódio nos revezamentos 4x100m medley misto, 4x100m livre, 4x100m livre misto, 4x200m livre e 4×100 medley, além dos 100m e 200m livre.
Com a pausa gerada pela pandemia, Larissa teve tempo a mais para lutar pelos direitos das nadadoras. Durante a Missão Europa, projeto do Comitê Olímpico do Brasil que levou atletas para treinar em Portugal, e que na natação contou com 14 homens e apenas uma mulher, a mineira foi uma das vozes que protestou e fez com que a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos passasse a enxergar a necessidade de promover mudanças internas na entidade. Ela também é voz ativa no Comitê Feminino da Natação Brasileira. criado após o episódio citado.
Nas piscinas, a atleta participou das competições da ISL (International Swimming League) e obteve bons resultados. O melhor deles foi uma medalha de bronze n revezamento misto 4x100m estilo livre.
Em 2021
Larissa começou o ano com uma mudança de clubes. Trocou o Pinheiros pelo Flamengo com o objetivo de “poder brigar pela sua segunda Olimpíada e possivelmente chegar à final”, algo que não conseguiu em 2016.
A mineira não teve vida fácil na Seletiva Olímpica da natação, realizada em abril, no entanto. Larissa não conseguiu nenhum índice para disputar as provas individuais em Tóquio.
Nos 200m livre, ficou dois segundos acima do índice de 1min57s28, bem longe do seu melhor. Nos 100m, a dor foi maior. Uma fração de segundo de segundo deixou-a de fora. A nadadora do Flamengo fez 54s39, um centésimo acima do índice.
No revezamento deu bom
Restava a Larissa participar das tomadas de tempo dos revezamentos 4x100m e 4x200m livre. A equipe feminina do Brasil ainda não possuía a vaga direta em nenhuma prova conjunta. 12 das 16 vagas já estavam definidas e as quatro restantes iriam para os quatro melhores tempos do ranking mundial.
Junto com Etiene Medeiros, Ana Carolina Vieira e Stephanie Balduccini, fez grande prova e ajudou a melhorar o tempo: 3min38s59. Essa foi a 2ª melhor marca da história do 4x100m feminino.
As quatro então tiveram que secar os outros países e torcer para que o tempo feito na Seletiva ficasse com uma das quatro vagas restantes. No início de junho, a Fina (Federação Internacional de Natação) confirmou, a convocação do revezamento 4x100m livre feminino do Brasil para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
No 4x200m, o Brasil tinha apenas o 7º melhor tempo com 8min07s77. Após fazer 8min00s99 na tomada de tempo, Larissa Oliveira, Nathalia Almeida, Gabrielle Roncatto e Aline Rodrigues tomaram a segunda posição no ranking mundial da Grã-Bretanha.
Após as outras seletivas nacionais, as brasileiras terminaram na quinta colocação da repescagem da FINA. Mas, com a desistência da Grã-Bretanha, a equipe foi convocada para a disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 em junho.