Guilherme Augusto Guido

Guilherme Guido – natação – 100m costas masculino – Jogos Olímpicos de Tóquio 2020

Campeão mundial em piscina curta, pan-americano e sul-americano, Guilherme Guido almeja medalha nos Jogos de Tóquio 2020. Foto: Mine Kasapoglu

Tricampeão pan-americano e bicampeão mundial em piscina curta, Guilherme Augusto Guido, mais conhecido como Guilherme Guido, é um nadador que representará o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 na prova dos 100m costas.

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Nos 100m costas, terá a companhia de seu parceiro de clube e xará, Guilherme Basseto. Os dois proporcionaram a classificação mais dramática para a Olimpíada na Seletiva Olímpica em abril.

Bronquite na infância, início na natação e carreira vitoriosa

Guilherme Guido mal imaginava em se tornar um atleta olímpico quando começou na natação em Limeira, cidade do interior de São Paulo. Quando criança, sofria de bronquite e recebeu a recomendação médica para começar a praticar a modalidade, principal indicação para auxiliar no tratamento da doença.

Para ele, caiu como uma luva. Logo as crises dimiuíram e se extinguiram. No mesmo momento, com cerca de 7 anos de idade, começou a criar gosto e demonstrava mais facilidade e afinidade na água em relação aos companheiros de piscina.

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Aos 10, conquistou a primeira medalha na categoria regional. Aos 15, foi campeão brasileiro. Uma das maiores referências esportivas das Américas, o Esporte Clube Pinheiros agiu rapidamente e fez o convite para ter o jovem nadador entre os seus representantes. Já são quase duas décadas defendendo o clube da capital paulista, pelo qual participou de diversas competições nacionais e internacionais.

De lá para cá, alcançou pódios em várias provas por onde passou. Foram dois ouros e três bronzes em Mundiais de piscina curta; três ouros, três pratas e um bronze em Jogos Pan-Americanos; e três ouros, uma prata e um bronze em Jogos Sul-Americanos. Só falta a medalha olímpica para completar a coleção, hein, Gui?!

Dificuldades impostas pela pandemia mudaram a rotina de treinos

Durante os primeiros meses de 2020, o mundo entrou em alerta com a pandemia da Covid-19, vírus que assolou e assola diversos países mais de um ano depois. Às vésperas dos Jogos Olímpicos, posteriormente adiados para 2021, os atletas passaram por muitas dificuldades sem os treinamentos ideais de alto rendimento. Naturalmente, Guido sofreu com a mesma situação, ainda buscando a sua classificação.

Foram três meses sem cair na piscina, sem água, sem nadar. Para um nadador de 34 anos, próximo de encerrar mais um ciclo olímpico, o momento e situação causaram muitas dúvidas. O retorno poderia ser diferente do que ele imaginava. Seguindo com o mesmo planejamento e rotina de trabalhos específicos, tudo foi realmente diferente, mas de uma maneira positiva. Hoje, com Tóquio cada vez mais perto, se sente melhor do que estava no ano passado.

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Guilherme Guido controlou a alimentação e manteve os treinos físicos em casa. Com a vaga confirmada em 2021, o limeirense mentaliza exatamente a prova que deseja fazer nas piscinas japonesas. Com o cronômetro do celular rodando e os olhos fechados, sinaliza cada metragem até completar o trajeto mentalmente, em cerca de 52s.

A nova preparação foi reorganizada para dar os resultados esperados exatamente um ano depois. E ele se sente pronto para desempenhar o melhor papel, acordar inspirado no dia da prova e realizar seus sonhos em uma Olimpíada diferente, de superação, por tudo que vivemos e estamos vivendo.

Classificação dramática para Tóquio 2020 e sonho da primeira medalha

Literalmente em cima da hora. Foi assim que Guido assegurou um lugar na seleção brasileira que estaria na Olimpíada. Na Seletiva Olímpica brasileira, no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro, terminou a disputa dos 100m costas em segundo lugar, um centésimo abaixo de Guilherme Basseto, mas o suficiente para alcançar exatamente o índice estipulado pela CBDA com o tempo de 53s85.

Agora com o passaporte carimbado, a primeira etapa foi cumprida. O objetivo traçado é buscar uma raia na final dos Jogos. Passando pelo chaveamento inicial e pelas semifinais, todos estão aptos na briga pelo pódio. A expectativa do brasileiro e de seus treinadores é um tempo de 52s4 ou 52s5, para ficar próximo do terceiro lugar e flertar com a tão sonhada medalha olímpica, que não veio nem em Pequim-2008 nem no Rio de Janeiro-2016.

Em 2021

A classificação para Tóquio 2020 foi, claro, o maior feito de Guilherme Guido na temporada até aqui. Ele ainda participou do Torneio Sette Colli, na Itália, que serviu de treinamento e preparação antes da viagem ao outro lado do mundo. Participou dos 50m e 100m costas, anotando 25s27 e 54s67, respectivamente.

Bem fisicamente, o brasileiro valoriza muito o descanso e a reacuperação e trabalha bastante a parte mental, essencial em competições de alto nível. No dia 25 de julho, às 7h (de Brasília), cairá na água para disputar as eliminatórias da categoria.