Guilherme Dias Massê Basseto

Guilherme Basseto – natação – 100m costas masculino – Jogos Olímpicos de Tóquio 2020

Campeão dos Jogos Mundiais Militares e detentor de recorde sul-americano, Guilherme Dias Massê Basseto, mais conhecido como Guilherme Basseto, é um nadador que representará o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 nas provas dos 100m costas, 4×100 medley e 4×100 medley misto.

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Nos 100m costas, terá a companhia de seu parceiro de clube e xará, Guilherme Guido. Os dois proporcionaram a classificação mais dramática para a Olimpíada na Seletiva Olímpica em abril.

Apoio da avó em um começo forçado no esporte

Vindo de Ribeirão Preto, tímido como bom interiorano, Guilherme Basseto começou por acaso na natação. Na verdade, quando criança, sofria de bronquite e chegou a precisar de uma injeção de benzetacil por semana, como contou em entrevista ao ‘ge’, em 2018. Para melhorar a circulação dos pulmões, a natação é o esporte melhor indicado para este tipo de caso.

Enfermeira, a avó buscou indicações e recomendações dos médicos para ajudar o neto a tratar a inflamação. Agora, ela também é a sua maior incentivadora. Aos 14 anos, em 2011, Basseto alcançou pequenas conquistas e percebeu que aquela atividade representava uma vocação, um talento. Dois anos mais tarde, ainda morando na cidade do interior paulista, foi campeão estadual. O técnico Thiago Moreno viu o crescimento do atleta e o levou ao Esporte Clube Pinheiros, em São Paulo.

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Após mudar definitivamente para a capital, passou a conviver com o xará Guilherme Guido, dez anos mais velho, que hoje vai para a sua terceira Olimpíada. A aproximação e a amizade crescerem de tal forma que, juntos, praticamente ao mesmo tempo, confirmaram a classificação para Tóquio 2020 em prova emocionante.

Classificação emocionante para Tóquio 2020 em cima da hora

Rolou em abril a Seletiva Olímpica Brasileira de Natação, nas piscinas do Parque Aquático Maria Lenk, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Nos 100m costas masculino, em prova emocionante, Guilherme Basseto finalizou em primeiro lugar com 53s84, enquanto o índice estipulado pela CBDA era de 53s85. A diferença foi impressionante. Mais impressionante ainda foi Guilherme Guido, que alcançou o tempo exato necessário.

Desde que se viu atleta da natação, Basseto, do Pinheiros, tinha como sonho e objetivo disputar a Olimpíada. Quis o destino que fosse em Tóquio, com a classificação surgindo na bacia das almas, no estouro do cronômetro. Agora nadador olímpico pela primeira vez, desabafou de maneira eufórica ao conseguir o resultado: “É um sonho de criança que se realiza. Foram cinco anos batalhando para isso. Em 2016 eu fiquei bem longe do índice. Não tenho palavras, estou realizado. Eu só tenho que agradecer o Guido. É o nosso quarto ano treinando junto, ao lado dele e do André Amendoim (técnico). Tenho uma admiração muito grande por ele.”

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Ouro nos Jogos Mundiais Militares e experiência na ISL 2020

Depois de ficar ausente nas convocações da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) para o Mundial de Esportes Aquáticos e os Jogos Pan-Americanos, ambos em 2019, Guilherme Basseto teve outra grande oportunidade de brilhar no exterior defendendo o Brasil.

No mesmo ano, foi ao continente asiático, mas desta vez para participar dos Jogos Mundiais Escolares, em Wuhan, na China. E marcou presença no pódio em duas oportunidades na categoria masculina, trazendo para casa a medalha de ouro nos 50m costas e a medalha de prata nos 100m costas. Entre as conquistas gerais da natação naquela edição, os brasileiros ficaram em terceiro lugar (4 ouros, 9 pratas e 6 bronzes), atrás dos donos da casa e da Rússia.

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Além dos momentos especiais vividos em terras chinesas, o atleta de Ribeirão Preto ainda alcançou resultados interessantes na ISL, nova liga criada para abranger equipes com alguns dos melhores do mundo. Chegou a ser terceiro colocado nos 100m costas na edição de 2020, ao marcar 50s30 em Budapeste, na Hungria.

Em 2021

Logicamente a classificação olímpica é o maior feito de Guilherme Basseto na temporada até aqui. No entanto, durante a mesma Seletiva para Tóquio 2020, outro resultado expressivo chamou a atenção em 2021. Nos 4x100m medley misto, prova em que também disputará nos Jogos, bateu o recorde sul-americano ao lado de Felipe Lima (peito), Giovana Diamante (borboleta) e Larissa Oliveira (livre). O paulista de 24 anos completou a equipe nadando peito. O tempo foi de 3min47s99.

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Em junho, esteve na Itália com a seleção no tradicional Torneio Sette Colli, que serviu aos nadadores brasileiros como treinamento e forma de sentir novamente o cheirinho das competições antes da Olimpíada. Lá, Basseto caiu na água para as provas dos 100m costas, 50m costas e 200m costas, registrando os tempos de 55s39, 25s39 e 2min19s83, respectivamente.