Caio Rodrigues Pumputis

Caio Pumputis – natação – 200m medley masculino – Jogos Olímpicos de Tóquio 2020

Medalhista pan-americano e detentor de recorde sul-americano, Caio Rodrigues Pumputis, mais conhecido como Caio Pumputis, é um nadador que representará o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 na prova dos 100m peito e dos 200m medley.

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Aos 22 anos, a revelação que já virou realidade

Paulista e paulistano de nascimento, Caio Pumputis não esperava virar atleta. Nadava por amor. Amor este que nasceu através da família, aficionados por esportes aquáticos. A mãe fazia natação no tradicional Clube Atlético Juventus, enquanto o pai jogava polo aquático também na Mooca, mudando para o Paineiras posteriormente.

A modalidade entrou na vida do jovem por prazer. Não havia cobranças por resultados. A partir dos 16 anos, talvez ao perceber que era possível chegar longe, começou a pensar no alto rendimento. Em 2017, apostou tudo na ida aos Estados Unidos, país que lidera o ranking geral da natação olímpica, para aliar os estudos com os fortes treinamentos na renomada Georgia Tech.

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E inúmeras vezes cogitou parar, mas ali começou o objetivo de alcançar os Jogos Olímpicos. Os anos de treinamento e sacríficio, que colocavam o corpo no limite e o faziam conviver com dores, foram, enfim, recompensados. O custo para estar entre os melhores é muito alto para todos os atletas.

Em abril, durante a Seletiva Olímpica brasileira de natação, o nadador do Esporte Clube Pinheiros carimbou o passaporte para o maior evento do esporte mundial. Caio Pumputis foi o primeiro na prova dos 200m medley, com o tempo de 1min58s53, conseguiu o índice necessário e colocou o seu nome na lista dos representantes do Brasil na capital japonesa.

No Pan de Lima, a medalha de prata e o gostinho de ‘quero mais’

Há dois anos, entre julho e agosto de 2019, Caio teve duas grandes competições pela frente praticamente ao mesmo tempo: Mundial de Esportes Aquáticos, na Coreia do Sul, e Jogos Pan-Americanos, no Peru. Em ambas, ele não estava 100% fisicamente, por conta de uma lesão na virilha que se arrastava desde maio, após a seletiva do Maria Lenk.

Naturalmente o rendimento não foi o esperado. Teve de priorizar os 200m medley em Lima, já que na prova dos 200m peito acabou caindo para a Final B. Conversou com o treinador e decidiu se poupar para a categoria em que se sente mais confortável. Mesmo não estando em condições ideais, assegurou o segundo lugar e conquistou a medalha de prata.

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Logo depois de competir, Caio Pumputis avaliou sua participação no Pan e relembrou a sequência negativa nos últimos grandes eventos antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio: “Estou feliz com a medalha, mas não muito com o tempo. Sabemos que ficamos longe do nosso melhor. E com o nosso melhor, poderíamos ganhar. Eu deixei um pouco a desejar por causa da lesão na virilha. Não vim bem de um giro na Europa, não vim bem do Mundial.”

A frustração do nadador naquele momento não interferiu nos planos de lutar pela melhor forma física em busca da tão sonhada vaga olímpica. Justamente por conta do gostinho de ‘quero mais’ deixado pelos dois torneios. Competitivo, o atleta de 22 anos terá a primeira Olimpíada pela frente, com uma vontade gigantesca de, finalmente, poder dar o seu melhor diante dos melhores do mundo.

Vale lembrar que ele detém o recorde sul-americano nos 100m medley em piscina curta, com o tempo de 51s83.

Em 2021

Na atual temporada, pouco tempo antes da viagem ao outro lado da Terra, Pumputis fez parte da delegação brasileira que disputou o Torneio Sette Colli de natação, na Itália, em junho. O campeonato serviu como treinamento para os Jogos Olímpicos, fazendo com que o resultado final não fosse considerado tão importante. Após longo período sem disputas, a ideia era manter os atletas focados e colocá-los em ritmo de competição no último teste relevante.

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O nadador representou o Brasil em três provas masculinas: 200m medley individual (2min01s56), 50m peito (28s86) e 100m peito (1m01s45). Além disso, outra notícia mexeu com os bastidores, colocando Caio em mais uma prova em Tóquio 2020. A CBDA solicitou à FINA a inclusão do paulista nos 100m peito ao considerar os índices do Troféu Brasil 2019, situação validada pela entidade internacional.