Rafael Silva (Baby)
Idade: 29 anos (11/05/1987)
Altura: 2,03kg
Peso: 155kg
Clube: Pinheiros (SP)
Pan: 2 (Guadalajara-2011, Toronto-2015)
Olimpíada: 2 (Londres-2012, Rio-2016)
OLIMPÍADA
– Londres-2012, Rio-2016 (+100kg)
MUNDIAL
– Antalya-2010, Salvador-2012 (equipes), Rio-2013 (Equipes), Budapeste-2017 (Equipes mistas)
– Chelyabinsk-2014 (+100kg e equipe mista), Chelyabinsk-2017 (equipes mistas), Budapeste-2017 (+100kg), Tóquio-2019 (equipes mistas)
PAN
– Guadalajara-2011 (+100kg)
Um dos três Rafaéis da seleção brasileira masculina, Rafael Silva, mais conhecido como ‘Baby’, é uma atleta do judô da categoria peso pesado (+100kg masculino) do Time Ajinomoto que representará o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Essa será a sua segunda participação em Olimpíada.
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Duas vezes medalhista olímpico e oito vezes medalhista mundial, Baby tentará sua terceira medalha em Jogos Olímpicos no Japão, de preferência da cor dourada. Se por ventura conquistá-la, o judoca se juntará outras seis lendas do esporte olímpico brasileiro.
Apenas Robert Scheidt, Torben Grael, Gustavo Borges, Marcelo Ferreira, Emanuel e Ricardo conquistaram ao menos três medalhas olímpicas em três diferentes edições de Olimpíada em esportes individuais ou em dupla. Arthur Zanetti também pode conquistar o feito nas argolas da ginástica artística.
Início tardio
Para quem se pergunta como um atleta de 2,03 metros de altura, 155 quilos e ainda terceiro sargento do Exército Brasileiro pode ter o apelido de Baby, a resposta é simples: Rafael Silva tem fama de ser bonzinho, às vezes tímido e retraído, além de ser bem tranquilo. Em 2020, Baby vai atrás de sua terceira medalha olímpica, feito ainda não alcançado por nenhum judoca brasileiro
Baby é um dos maiores judocas da história do judô nacional. Dono de duas medalhas olímpicas e outras oito em mundiais, o peso pesado brasileiro tem um longo histórico de conquistas vestindo os quimonos da seleção, mas se engana quem pensa que sua relação com o judô vem desde a infância.
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Nascido em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, e criado em Rolândia, interior do Paraná, Rafael conheceu o judô apenas aso 15 anos, idade bem avançada para atletas de ponta. As dificuldades trazidas pelo começo tardio no esporte, como a ausência de técnica e os fundamentos básicos do judô, foram superadas com muito treinamento
A ascensão de Rafael foi rápida. Em 2005 Rafael já representava o Brasil internacionalmente, mesmo tendo apenas 3 anos no esporte, e em 2006 Rafael disputava o Campeonato Mundial Júnior de Santo Domingo. Mas foi mesmo em 2010 que os resultados de Rafael começaram a aparecer de forma mais destacada.
Brilhando no circuito logo de cara
Rafael foi campeão dos Jogos Sul-Americano de Medelín, na Colômbia, além de ter conquistado diversas medalhas no Circuito Mundial, como o ouro na Copa do Mundo de Madrid e o bronze no Grand Prix de Qingdao, na China.
Foi também em 2010 que Baby disputou seu primeiro mundial adulto, quando terminou em quinto lugar. Em 2011, Rafael disputou pela primeira vez uma edição dos Jogos Pan-Americanos, em Guadalajara, ficando em segundo lugar ao perder a final para o cubano Oscar Bryson.
Ao longo de 2011 e 2012 o brasileiro se consolidou como um dos judocas mais promissores da categoria, conquistando mais de 11 medalhas no Circuito Mundial, entre elas a prata no tradicional Grand Slam de Tóquio e a medalha de prata no mundial por equipes masculino, em Salvador, Bahia.
Primeira medalha olímpica
Foi também em 2012 que Rafael entrou definitivamente para a galeria dos grandes nomes de nosso judô, quando conquistou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres, a única do judô masculino naquela edição e a primeira medalha da história dos pesados.
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Rafael manteve sua ótima fase ao longo do ciclo olímpico de 2016 e chegou a liderar o ranking mundial, ficando a frente do francês Teddy Riner, um dos maiores nomes da história do judô mundial e que passou longo tempo sem sofrer uma derrota.
Na frente da lenda
No Mundial do Rio de Janeiro, em 2013, Rafael chegou na final de sua categoria, parando justamente no astro francês, conquistando a medalha de prata.
Em 2014, Rafael voltou a subir no pódio do Mundial, dessa vez ficando com o bronze em Chelyabinsk, na Rússia. No mesmo mundial o Brasil também foi bronze por equipes, com o judoca fazendo parte da equipe.
Dentre as várias conquistas no período se destacam ainda o ouro no Masters de Almaty e o ouro no Grand Slam de Tyumen, na Turquia
A segunda medalha
Na Rio 2016, Rafael Silva voltou a subir no pódio olímpico. Diante de milhares de brasileiros que acompanhavam sua luta na Arena Carioca 2, Baby derrotou o uzbeque Abdullo Tangriev e conquistou sua segunda medalha olímpica.
O histórico de vitórias do judoca seguiu por 2017, tendo novamente subido ao pódio de um Mundial, e assim como em 2014, por duas vezes. Além do bronze em sua categoria, Baby também brilhou na disputa por equipes mista e conquistou a medalha de prata em Budapeste, Hungria.
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Em 2019 o Brasil voltou a conquistar uma medalha na disputa por equipes mistas no Mundial de Tóquio, dessa vez um bronze, e novamente com Rafael fazendo parte da equipe. Ao longo de seus 17 anos nos tatames, além das medalhas olímpicas e mundiais, o atleta do Pinheiros possui mais de 20 medalhas no Circuito Mundial, cinco títulos continentais, um ouro e um bronze nos Jogos Mundiais Militares
Em 2021
Rafael Buzacarini não obteve grandes resultados em 2021 na categoria até 100kg. Das nove lutas que fez no ano, venceu apenas três.
Sua participação nos Grand Slams de Tbilisi, Antalya e Kazan foram discretas. O judoca não conseguiu passar das oitavas de final nenhuma vez. O melhor resultado foi a medalha de bronze no Pan-Americano de judô, disputado no México.
No Mundial de Budapeste, na Hungria, em junho, o último teste antes dos Jogos Olímpicos, Buzacarini caiu novamente nas oitavas de final. O atleta não participou da equipe mista que faturou medalha de bronze no último dia de competições.
A confirmação de que Macedo seria o representante da categoria meio-leve masculino nos Jogos Olímpicos de Tóquio veio na metade de junho.