Ketleyn Lima Quadros
Ketleyn Quadros – judô – meio-médio – 63kg – Olimpíada de Tóquio 2020
Idade: 33 anos (01/10/1987)
Altura: 1,64kg
Peso: 57kg
Pan: 0
Olimpíada: 1 (Pequim-2008)
OLIMPÍADA
–Pequim-2008 (52kg)
Primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha em esportes individuais em Olimpíadas, Ketleyn Quadros é uma atleta do judô da categoria peso meio-médio (-63kg feminino) e que representará o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
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Matando aula na piscina para ver lutas
Ketleyn Lima Quadros nasceu em Ceilândia, no Distrito Federal. Sua mãe a matriculou nas aulas de natação do Sesi. Contudo, não era a natação que chamava a atenção. Ketleyn faltava às aulas na piscina para assistir aos treinos de judô.
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Ao trocar de esporte, Ketleyn se descobriu no judô e não parou mais. Em 2006, surgiu uma oportunidade de trocar Ceilândia pelo Minas Tênis Clube, uma das principais instituições do esporte olímpico.
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Na corrida olímpica para Pequim 2008, a judoca teria que disputar a vaga da categoria até 57 kg contra Danielle Zangrando, a primeira brasileira medalhista em campeonatos mundiais. Só que a disputa, de fato, nunca aconteceu, porque Zangrando acabou de machucando e deixou de competir em torneio relevantes.
Entrando para a história
Com o caminho aberto para a olimpíada, Ketleyn agarrou a chance com uma pegada firme do judô. Em Pequim, Ketleyn iniciou sua campanha com uma vitória por yuko sobre a sul-coreana Sin-Young Kang. Depois, encarou a holandesa Deborah Gravenstijn e acabou perdendo.
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Na repescagem, a brasileira despachou, no golden score, a espanhola Isabel Fernandez, campeã olímpica de Sydney-2000. Na luta que lhe garantiu vaga na decisão da repescagem, Ketleyn deu um ippon na japonesa Aiko Sato. Por fim, o bronze veio em combate diante da australiana Maria Pekli.
Um feito histórico para o esporte olímpico do Brasil, não só do judô. Em Pequim 2018, Ketleyn Quadros tornou-se a primeira mulher brasileira a obter uma medalha olímpica em esportes individuais.
Ela ganhou também a medalha de ouro nos Jogos Sul-Americanos de 2010 em Medellín, competição na qual foi porta-bandeira brasileira.
Ketleyn é uma das judocas brasileiras que mais venceu torneios de peso no cenário internacional. Em sua carreira, a judoca soma um ouro no Grand Slam de Brasília 2019, uma prata no Grand Slam de Moscou 2013 e dois bronzes no Grand Slam de Abu Dhabi, em 2019 e 2016.
Troca de categoria
A medalhista de bronze olímpica não conseguiu ir aos Jogos Olímpicos seguintes para defender a medalha. Em Londres 2012, a atleta perdeu a vaga para Rafaela Silva, que se tornou campeã olímpica na categoria -57kg na Rio 2016. Nos Jogos do Rio de Janeiro, Mariana Silva levou a melhor sobre Ketleyn no fim da corrida olímpica.
A fim de se reinventar, Ketleyn trocou a categoria até 57kg pela 63kg. Além disso, mudou de clube. Deixou o Minas após 12 anos e fechou com a Sogipa, onde gtreina também Mayra Aguiar.
A troca se mostrou boa para Ketleyn. A mineira conquistou um quinto lugar no Grand Slam da Hungria 2020, o título do Aberto Europeu 2020, o título do Grand Slam de Brasília 2019 e um segundo lugar no Grand Prix de Budapeste 2019.
Em 2021
Ketleyn segue bem no ano olímpico. ela vem de um quinto lugar no Mundial de 2021, do título do Grand Slam Kazan 2021 e do Pan-Americano de 2021.
No Grand Slam de Tbilisi, na Geórgia, a atleta conquistou um bom resultado. Caiu para a russa Daria Davydova, nas quartas-de-final, e não conseguiu recuperar-se na repescagem diante da húngara Szofi Ozbas. Assim, a brasiliense fechou sua participação com um 7º lugar.
A atleta conseguiu subir ao lugar mais alto do pódio no Campeonato Pan-Americano de Judô, disputado no México, em abril. Em junho, disputou o Mundial da Hungria, campeonato mais importante antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio, na categoria meio-leve.
Na sequência, outro grande resultado. A brasiliense conquistou a medalha de prata da categoria até 63kg no Grand Slam de Kazan depois de vencer três lutas, mas perder para a polonesa Agata Ozdoba-Blach no golden score na decisão.
A judoca bateu na trave no Mundial de Judô da Hungria, competição mais importante do ano à exceção dos Jogos Olímpicos. Ela esteve próxima da medalha, porém acabou derrotada para a holandesa Sanne Vermer na briga pelo bronze, finalizando a sua participação na quinta colocação. Foram duas vitórias nas primeiras lutas, derrota nas quartas e nova vitória na repescagem antes de chegar à decisão.
A confirmação de que Ketleyn seria a representante da categoria ligeiro nos Jogos Olímpicos de Tóquio veio na metade de junho.