Rodrigo Pessoa
Rodrigo Pessoa – hipismo saltos – individual e equipes – Jogos Olímpicos de Tóquio 2020
Idade: 48 anos (15/04/1973)
Altura: 1,88m
Peso: 78kg
Olimpíada: 6 ( Barcelona-1992, Atlanta 1996, Sydney 2000, Atenas 2004, Pequim 2008, Londres 2012)
Pan: 3 (Mar del Plata-1995, Rio 2007, Guadalajara-2011)
OLIMPÍADA
– Atenas 2004 (individual)
– Atlanta 1996, Sydney 2000 (equipes)
MUNDIAL
– Roma 1998 (individual)
PAN
– Mar del Plata 1995, Rio-2007 (equipes)
– Rio-2007 (individual), Guadalajara-2011 (equipes)
Rodrigo Pessoa é um experiente cavaleiro brasileiro campeão olímpico e mundial que mais uma vez representará o hipismo do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 junto com seu cavalo Carlitos Way. Competirá no torneio individual e também por equipes, prova na qual possui duas medalhas de bronze olímpicas.
Com a ida ao Japão, o cavaleiro se torna ao lado de Robert Scheidt (velejador) e Formiga (jogadora de futebol) o recordista brasileiro em participações em Olimpíadas de Verão, com sete no total.
O campeão olímpico de 2004 terá a companhia em Tóquio dos conjuntos: Marlon Zanotelli/VDL Edgar, Pedro Veniss/Quabri de L’Isle e Yuri Mansur/QH Alfons Santo Antonio. Contudo, um deles será reserva, já que apenas três titulares podem competir tanto no individual como por equipes.
De família
Não havia outro esporte olímpico para que Rodrigo Pessoa praticasse que não fosse o hipismo. O brasileiro nascido na capital da França é filho de Nelson Pessoa, cavaleiro olímpico que na Olimpíada de Barcelona-1992 se tornou o o brasileiro mais velho a disputar uma edição de Jogos Olímpicos com 56 anos e 237 dias. Foram cinco participações nos Jogos, com um 5º lugar no Japão na prova individual como melhor resultado.
+ Datas, chances de Rodrigo Pessoa, favoritos e mais: Saiba TUDO sobre a prova individual em Tóquio
Vendo o seu pai obter sucesso no hipismo e sendo um apaixonados por cavalos, foi natural que Rodrigo Pessoa começasse também a montar. Em 1985, aos 13 anos de idade, já ganhava seu primeiro título com pôneis. Pouco depois, começou a competir em Grand Prix e já a obter sucesso.
Se seu pai se tornou o mais velho brasileiro a competir em Olimpíadas em 1992, Rodrigo virou um dos mais novos cavaleiros a participar de uma. Com 19 anos, estreou nos Jogos montando Special Envoy e já de cara conquistou um histórico 9º lugar, deixando para trás inúmeros cavaleiros renomados.
Medalhista olímpico e campeão mundial logo cedo
Quatro anos depois, com o mesmo cavalo, fez história outra vez. Depois de bater na trave com um quarto lugar nos Jogos Mundiais Equestres de 1996, Rodrigo Pessoa subiu ao pódio por equipes nos Jogos Olímpicos de Atlanta-1996. O técnico era ninguém mais ninguém menos do que seu pai.
No ciclo olímpico seguinte, Rodrigo Pessoa montou Gran Rufinos no Campeonato Mundial da Federação Internacional Equestre (FEI) de 1998 e se tornou o mais jovem campeão do mundo da história do hipismo.
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Na sequência, passou a montar o cavalo Baloubet du Rouet, com quem obteve muito sucesso ao longo da carreira. Foi tricampeão da renomada Copa do Mundo de Hipismo e assumiu a liderança do ranking mundial.
Tudo isso fez com que o conjunto chegasse como favorito ao título na Olimpíada de Sydney 2000, algo nunca atingindo por um brasileiro até então.
Refugada e volta por cima
Na Austrália, salgo inesperado ocorreu. Baloubet du Roet refugou três vezes e acabou com as chances de medalha de Rodrigo Pessoa na disputa individual dos saltos nos Jogos Olímpicos de Sydney 2000. Apesar disso, Baloubet e Rodrigo ajudaram a equipe do Brasil a conquistar a medalha de bronze.
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No entanto, quatro anos mais tarde, Baloubet e Rodrigo Pessoa deram a volta por cima e conquistaram a medalha do ouro nos Jogos de Olímpicos de Atenas 2004.
O conjunto ficou na segunda colocação nos saltos individuais, mas o brasileiro acabou herdando o ouro com a desclassificação do irlandês Cian O’Connor, que viu sua montaria, Waterford Crystal, ser pega em um exame antidoping por uso de substâncias proibidas.
O homem da bandeira
Em 2007, venceu a prova por equipes dos saltos dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro e passou a ter medalhas em Olimpíadas, Mundiais e Pans. Ainda foi vice-campeão na prova individual.
Disputou sua quinta Olimpíada um ano depois com o cavalo HH Rufus e terminou na quinta colocação, mas acabou desqualificado; Rufus testou positivo no exame antidoping para a substância nonivamida, que atua como hipersensibilizante.
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No ciclo seguinte, se manteve com Rufus e bateu na trave em algumas competições importantes internacionais. O melhor resultado foi nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara-2011, onde conquistou a prata na prova individual dos saltos.
Chegou a Londres em 2012 para sua sexta Olimpíada e foi convidado pelo Comitê Olímpico do Brasil para ser o porta-bandeiras do país na cerimônia de abertura dos Jogos. Na competição, ficou em 8º lugar com a equipe brasileira e em 28º no individual, seu pior desempenho desde 1992 (tirando a vez em que foi desclassificado, é claro)
Campeão como técnico
Rodrigo Pessoa perdeu o título de brasileiro com mais participações em Jogos Olímpicos em 2016. O atleta foi convocado como reserva, mas abriu mão da vaga após desentendimento com o técnico da seleção à época. Com isso, Robert Scheidt e Formiga igualaram sua marca ao disputar no Rio sua sexta Olimpíada.
Entre 2017 e 2019, o cavaleiro atuou como técnico da seleção de saltos da Irlanda e ajudou os europeus a se classificarem para Tóquio com o título da Copa das Nações, em 2019. Rodrigo continuou montando para se manter em forma e conseguiu encontrar um cavalo que lhe possibilitou formar um conjunto competitivo. Ele voltou a competir de maneira regular no ano de 2020.
Em 2021
Desde a volta dos saltos do hipismo após a pandemia, Rodrigo Pessoa vem competindo com mais regularidade e obtendo resultados não tão significativos. Ainda assim, o atleta segue evoluindo e aparece entre os melhores.
Em março, junto com Yuri Mansur, Luiz Francisco de Azevedo e Rodrigo Lambre, ajudou o Brasil a conquistar a medalha de bronze na primeira competições por equipes disputada na temporada 2021. No Concurso Internacional de Salto quatro estrelas em Wellington, nos Estados Unidos, os brasileiros ficaram só atrás dos donos da casa, que foram os campeões, e da Irlanda, que terminou com a prata na Copa das Nações.
No início de julho, o técnico Philippe Guerdat, campeão olímpico treinando a equipe da França em 2016, convocou os quatro nomes do hipismo saltos para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 com o de Rodrigo Pessoa e Carlitos Way inclusos.
O francês apostou na experiência de Rodrigo, que, atualmente, ocupa a 114ª posição do ranking mundial. É importante lembrar que o cavaleiro ficou um bom tempo sem somar pontos por não competir
Em julho, ao participar do Conjunto de Saltos Internacionais de nível 3 estrelas de Tryon, nos Estados Unidos, o Rodrigo Pessoa conseguiu uma 6ª e uma 10ª colocação em duas provas diferentes no concurso, mostrando que nunca é bom subestimar um campeão olímpico.