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Alexandra Priscila do Nascimento

Alexandra Nascimento – seleção brasileira de handebol feminino – Jogos Olímpicos de Tóquio 2020

Ficha TécnicaMedalhas
Nascimento:. Limeira/SP
Idade: 39 anos (16/09/1981)
Altura: 1,79m
Peso: 65kg
Clube: Bourg-de-Péage/ França
Olimpíada: 4 (Atenas 2004, Pequim 2008, Londres 2012 e Rio 2016
Pan: 4 (Santo Domingo 2003, Rio 2007, Guadalajara 2011 e Toronto 2015)

MUNDIAL
– Sérvia-2013

CHAMPIONS LEAGUE
-2008

PAN
Santo Domingo-2003, Rio-2007, Guadalajara-2011, Toronto-2015

Alexandra Priscila do Nascimento, mais conhecida como Alexandra Nascimento ou simplesmente Alê, é uma ponta, campeã mundial, melhor jogadora do mundo em 2012 e tetra campeã pan-americana que defenderá mais uma vez o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

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A experiente paulista irá em busca da medalha que lhe falta com a seleção brasileira de handebol feminino em sua coleção: a olímpica.

Tudo aconteceu muito rápido na vida de Alexandra Nascimento, melhor jogadora do mundo em 2012 e campeã mundial com a seleção brasileira feminina de handebol em 2013. Aos 10 anos, treinava seus primeiros dribles. Nove anos depois, saiu de Vila Velha, onde morava, para realizar o sonho de se tornar atleta profissional.

Em 2001, quando tinha 20 anos, foi eleita uma das melhores jogadoras de Liga Nacional e, no ano seguinte, recebeu a primeira convocação para a seleção principal, justamente para jogar o Mundial da Hungria.

Rainha da Áustria, olímpica desde 2004

Destaque no cenário nacional, Alexandra Nascimento foi contratada pelo time austríaco Hypo Niederösterreich em 2003. Por lá, foram onze temporadas jogadas e incríveis 20 títulos nacionais, sendo 10 Campeonatos Austríacos e 10 Copas da Áustria e uma Copa Europeia.

Muito em função de suas atuações no Hypo, se tornou a 13ª maior artilheira da Champions League com 560 gols. Alê é a segunda maior jogadora não-europeia a realizar o feito, perdendo apenas para Duda Amorim. Com o time austríaco, foi vice-campeã europeia em 2008 e chegou às semifinais em 2005, 2007 e 2009.

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No mesmo ano, se consolidou na seleção brasileira de handebol feminino e esteve no plantel que conquistou o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo. Aos 23 anos, disputou os Jogos Olímpicos de Atenas 2004. No decorrer da carreira, também participou dos Jogos de Pequim 2008 e Londres 2012.

Alexandra Nascimento - seleção brasileira de handebol feminino - Jogos Olímpicos de Tóquio 2020

Melhor do mundo

Na Olimpíada da Inglaterra, inclusive, Alexandra Nascimento foi peça fundamental do sexto lugar brasileiro, a melhor campanha da história do país na modalidade até então. De quebra, foi eleita a melhor ponta-direita do torneio.

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Em 2012, foi eleita a melhor jogadora do mundo. Foi a primeira vez que uma atleta não europeia conquistou tal feito. Até hoje, Alê e Duda Amorim podem se dar ao luxo de dizer que já foram rainhas do mundo do handebol não sendo europeias.

Campeã mundial

Em 2013, a Alê participou de um projeto da Confederação Brasileira de Handebol que levou ao Hypo Niederösterreich, outras estrelas do handebol feminino do Brasil como Ana Paula, Deonise, Fabiana, Dara, Fernanda e Alexandra.

Com as colegas, Alexandra venceu duas edições do Campeonato Austríaco, duas Copas da Áustria e uma Recopa Europeia.

Entrosada com as seis companheiras de clube e treinada pelo dinamarquês Morten Soubak, também técnico da seleção feminina à época, viveu o maior momento de sua carreira em 2013, no Mundial da Sérvia. Ao lado das colegas de Hypo, sagrou-se campeã do mundo. O Brasil foi o segundo país não europeu a conquistar tal feito.

No Mundial, a paulista foi vice-artilheira e peça fundamental do título brasileiro, o primeiro da história do país no esporte. Ela já havia jogado os Mundiais de 2001, 2003, 2005, 2007, 2009 e 2011. Na sequência, jogou o de 2015, quando a seleção não conseguiu repetir o bom desempenho.

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A seleção feminina de handebol conquistou o histórico título mundial de 2013 (arquivo)

Lesão, quase aposentadoria e volta por cima

Após as campanhas decepcionantes no Mundial de 2015, Alexandra se frustou com a queda precoce nas quartas de final doa Olimpíada do Rio de Janeiro. O time brasileiro iniciou um processo de renovação e Alexandra Nascimento passou a não ser chamada.

Em 2017, Alexandra Nascimento, que já cogitava deixar as quadras, rompeu o ligamento cruzado do joelho e depois um tendão do músculo posterior da coxa. Após deixar a Áustria, Alê teve rápidas passagens pela Romênia e Hungria. Em 2020, se transferiu para o Bourg de Péage, da França, onde atualmente joga ao lado da amiga Deonise Fachinello.

A paulista superou as lesões, decidiu seguir a carreira e voltou a se destacar no handebol europeu, tanto é que foi chamada para defender a seleção brasileira na primeira convocação de 2020. Não se pode subestimar uma atleta que

Alexandra Nascimento - Jogos olímpicos de Tóquio 2020
Alexandra faz boa temporada na França e tem tudo para integrar a seleção feminina nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 (divulgação)

Em 2021

Alexandra Nascimento teve uma boa temporada de 2020/21 no Campeonato Francês atuando pelo Bourg de Peage, que terminou o torneio na 8ª colocação geral. A jogadora brasileira anotou 45 gols na temporada em 63 arremessos tentados, tendo um excelente aproveitamento de 71%.

Foi a segunda maior goleadora da equipe na temporada, atrás apenas da francesa Lena Grandevau (que inclusive teve aproveitamento pior do que o de Alê).

Com a seleção brasileira de handebol feminino, estava convocada para a disputa em abril da Hep Croatia Cup, torneio amistoso preparatório para Tóquio 2020 na Croácia que tinha as donas da casa, a seleção feminina e a atual campeã mundial Holanda. Alê e Deonise não puderam se juntar à seleção feminina por estarem fazendo quarentena à época. Uma outra atleta do Bourg de Peage testou positivo para Covid-19 e todo o time teve que ser isolado.

Na ocasião, o Brasil venceu bem a Holanda e perdeu para a Croácia no fim, ficando com o segundo lugar.