Rebeca Andrade é a primeira medalhista da história da ginástica artística feminina do Brasil. No dia 29 de julho, ela levou a medalha de prata no individual geral dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Três dias depois, ela escreveu mais um lindo capítulo em sua trajetória ao conquistar a medalha de ouro no salto, se tornando a primeira mulher brasileira a conquistar duas medalhas numa mesma edição de Jogos Olímpicos.
O melhor de Rebeca
melhor prova: individual geral e salto sobre e mesa
pode surpreender e ir a final em: todas. Rebeca saudável é muito completa e capaz de brigar por medalhas em todos os aparelhos (ainda que a competição na trave e nas barras assimétricas sejam mais difíceis).
Parceria antiga que a levou ao topo
Nascida em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, Rebeca Andrade ama ginástica artística. Treinando desde os sete anos com o mesmo técnico, Francisco Porath Neto, a ginasta apareceu para o país no Troféu Brasil de 2012, onde conquistou medalhas em todos os aparelhos e o ouro no individual geral.
Desde então, Rebeca Andrade vem se destacando cada vez mais defendendo a Seleção Brasileira de Ginástica Artística. Apesar de sofrer com as lesões de joelho durante parte da carreira até aqui, a ginasta é um dos maiores nomes da equipe do país na modalidade ao lado de Flavia Saraiva e Jade Barbosa.
No ciclo para os Jogos Olímpicos de 2016, Rebeca Andrade conseguiu se manter na equipe adulta do Brasil e, com o passar das competições, começou a mostrar apresentações consistentes nos torneios fora do país e em 2015 na etapa de Ljubljana, na Eslovênia, da Copa do Mundo conquistou a medalha de bronze, sua primeira em torneios deste porte.
Na Olimpíada realizada no Rio de Janeiro, a ginasta se classificou para a final do individual geral com a 3ª melhor nota. Na decisão, não repetiu o excelente desempenho e terminou a na 11ª colocação; além disso, foi a oitava colocada por equipes.
Grandes resultados, apesar das lesões
Após os Jogos Olímpicos, já em 2017, Rebeca Andrade manteve o nível de suas apresentações e em duas etapas diferentes de Copa do Mundo conquistou três medalhas de ouro, duas no salto e uma nas barras paralelas.
Em 2018, Rebeca Andrade terminou o Campeonato Mundial de Ginástica Artística na sétima colocação por equipes. Na etapa da Copa do Mundo de Cottbus, na Alemanha, a ginasta conquistou, pela primeira vez em sua carreira, três medalhas em competições deste porte, com dois ouros e uma prata.
Em 2019, quando vivia mais um bom momento em sua carreira, Rebeca Andrade sofreu mais um séria lesão no joelho direito. Com o problema médico, a brasileira acabou ficando fora dos Jogos Pan-Americanos de Lima e do Campeonato Mundial, que poderia garanti-la para a disputa por equipes dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
Com o adiamento da Olimpíada causado pela pandemia, Rebeca teve mais tempo de se recuperar e de fortificar o seu joelho.
Sem competir há muito tempo, a atleta viveu seu ‘Dia D’ no início de junho. Ainda sem a vaga olímpica, Rebeca precisava vencer o Campeonato Pan-Americano de ginástica para carimbar seu passaporte ao Japão.
E a ginasta do Flamengo correspondeu. Conseguindo se manter como a melhor ginasta de toda a competição, a brasileira terminou a passagem por todos os aparelhos com um total de 56.700 pontos, na primeira colocação. Além de do título no individual geral e a vaga para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, Rebeca Andrade ajudou o Brasil a conquistar o título na disputa por equipes, com 160.733 pontos.
No dia 29 de julho, com soma de 57.298, Rebeca Andrade fica com o segundo lugar e conquista a primeira medalha da ginástica artística feminina do Brasil