Flávia Saraiva – Ginástica artística feminina – Jogos Olímpicos de Tóquio 2020
Ficha TécnicaMedalhas
Nascimento:. Rio de Janeiro/RJ Idade: 21 anos (30/09/1999) Altura: 1,45m Peso: 43kg Clube: Flamengo (Rio de Janeiro) Olimpíada: 1 (Rio-2016) Pan: 2 (Toronto-2015, Lima-2019)
PAN
– Toronto-2015 (individual geral e equipes)
– Lima-2019 (individual geral, solo e equipes)
Flávia Saraiva, ginasta da seleção brasileira de ginástica artística (Facebook/flaviasaraivaoficial)
Flávia Saraiva é uma das duas atletas da ginástica artística feminina que defenderá o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Com grandes performances na trave, no solo e individual geral, a carismática atleta tem tudo para se tornar a primeira mulher da ginástica a conquistar uma medalha olímpica.
Sempre pequenina, Flávia Saraiva começou a chamar atenção na ginástica artística já aos oito anos de idade, quando treinava em um projeto social para alunos de escolas públicas. Natural do Rio de Janeiro, a ginasta deixou a capital do estado aos 11 anos e foi morar na cidade de Três Rios, onde passou a treinar no projeto Qualivida/Três Rios, criado pela treinadora Georgette Vidor.
Em 2014, a carioca participou dos Jogos Olímpicos da Juventude de Nanquim, na China, e, com apenas 14 anos, conquistou o ouro no solo e duas pratas (trave e individual geral).
No ano seguinte, Flávia fez sua estreia na seleção adulta na etapa de São Paulo da Copa do Mundo de Ginástica, sendo campeã da prova de solo e prata na trave. No mesmo ano, em Toronto, no Canadá, participou dos Jogos Pan-Americanos pela primeira vez e ficou com o bronze na disputa por equipes e no individual geral.
Em março de 2016, Flávia Saraiva voltou a morar no Rio de Janeiro e passou a treinar no Clube de Regatas Flamengo, onde é atleta até hoje. Com apenas 16 anos de idade, Flavinha fez sua estreia em Jogos Olímpicos há cinco anos no Rio de Janeiro. Diante da torcida, a pequena ginasta não se intimidou e fez bonito. Conquistou um 5°lugar na trave e um 8° na competição por equipes.
Crescimento (literalmente) após a Rio-2016
De lá para cá, a ginasta cresceu. Ficou mais musculosa, ganhou experiência, melhorou o psicológico e ainda espichou alguns centímetros. “Eu cresci cerca de 10 cm depois da Olimpíada no Brasil. Agora estou com 1,45m, ” contou Flávia Saraiva em live com o Olimpíada Todo Dia.
O nível das apresentações também cresceu bastante. Antes especialista na trave, Flavinha aperfeiçoou técnicas em todos os aparelhos da ginástica, em especial no solo, refletindo nos resultados do individual geral. Com isso, os resultados nos campeonatos mundiais do ciclo também começaram a aparecer.
2018: quebrando tabus e vencendo favoritas
No Mundial de Doha-2018, no Qatar, ela ajudou a equipe de ginástica feminina a quebrar um jejum de 11 anos e chegar na disputada final. A equipe terminou na 7ª colocação, uma melhor do que na Rio-2016.
De quebra, Flávia Saraiva conseguiu classificação para duas finais individuais – solo e individual geral. No solo, ficou na 5ª colocação e no individual geral conseguiu terminar no grupo das dez primeiras colocadas (foi oitava), naquela que foi a melhor participação de uma brasileira desde 2007, quando Jade Barbosa foi bronze no Campeonato Mundial da Alemanha.
Ainda em 2018, Flávia venceu a etapa da Copa do Mundo de Cottbus, na Alemanha, derrotando na final a Jade Carey, dos Estados Unidos, uma das favoritas ao pódio em Tóquio.
2019: frustração com a equipe feminina e vaga olímpica
Com 20 anos completados, Flávia Saraiva seguiu evoluindo. No Mundial de Stuttgart-2019, entretanto, a pequena ginasta começou tendo que superar um sentimento de tristeza. Isso porque duas lesões – de Jade Barbosa e Lorrane Oliveira – prejudicaram as notas da seleção feminina, que terminou fora da final em 14º lugar e sem chances de ir aos Jogos Olímpicos de Tóquio, quebrando uma sequência de quatro participações consecutivas.
Mesmo assim, Flavinha conseguiu a primeira vaga individual olímpica do Brasil na ginástica artística feminina ao se classificar para a final com a 10ª melhor nota no individual Geral. Na sequência, garantiu-se ainda nas finais individuais do solo e da trave e passou muito perto de conseguir uma medalha. Na apresentação no tablado, Flávia Saraiva encantou o público alemão e ficou a menos de sete décimos da medalha de bronze.
No final de maio, outro susto. A Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) anunciou que Flávia Saraiva sofreu uma lesão no tornozelo que a tirou da competição pré-olímpica, que ocorreu entre 4 e 6 de junho no Rio de Janeiro. Por sorte, a lesão foi leve e Flavinha focou em sua recuperação visando a Olimpíada.
Recuperada, Flávia Saraiva disputou a etapa de Doha Copa do Mundo de ginástica artística no fim de junho.