Diogo Brajão Soares

Diogo SOares – Ginástica artística masculina – Jogos Olímpicos de Tóquio 2020

Jóia da ginástica artística brasileira, o jovem Diogo Soares será o caçula da seleção brasileira e deve ajudar bastante a equipe masculina nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 a fazer história novamente, assim como foi há quatro anos.

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Diogo Soares defenderá a equipe masculina e também tentará vaga nas finais em todos os aparelhos juntamente com Caio Souza, Chico Barreto e Arthur Nory. Campeão olímpico, Arthur Zanetti focará só nas argolas e fica de reserva imediato do time brasileiro.

Treinando de graça

Nascido em Piracicaba, Diogo Soares é a maior promessa brasileira para a ginástica artística. Com apenas 19 anos, o atleta pratica o esporte desde os três, quando começou a acompanhar a sua irmã nas aulas particulares.

As habilidades de Diogo surpreenderam o técnico Daniel Biscalchin, que o deixou treinar de graça na academia que mantém na cidade no interior de São Paulo. Não demorou muito para que a aposta no garoto fosse recompensada.

Participando de competições desde os sete anos, Diogo já acumula uma prateleira de conquistas de respeito com:  duas medalhas em Jogos Olímpicos da Juventude, uma em Mundial Júnior, vice-campeão Pan-Americano, campeão Sul-Americano e dez vezes campeão brasileiro.

Evolução em 2019 e 2020

Com o sonho de competir os Jogos Olímpicos entre os adultos, Diogo Soares já teve a chance de disputar entre os mais jovens. Em 2018, quando tinha apenas 16 anos, o piracicabano brilhou nos Jogos Olímpicos da Juventude, realizado em Buenos Aires, e conquistou o bronze no individual geral e prata na barra fixa na competição entre atletas de até 18 anos.

A evolução da promessa foi ainda mais surpreendente em 2019. Além da medalha de prata conquistada no Mundial Júnior nas argolas, que nem é a sua especialidade, Diogo Soares conquistou o ouro no individual geral do Campeonato Brasileiro. Na ocasião, o atleta disputava a sua primeira competição entre os adultos e já conseguiu superar atletas que disputaram Jogos Olímpicos, como o Francisco Barretto e Arthur Nory.

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Em 2020, a temporada paralisada pela pandemia do coronavírus começou novamente com o pé direito. Liberado para competir em torneios internacionais, Diogo fez a sua estreia longe do Brasil no American Cup e encerrou a sua participação na sétima colocação, resultado acima da sua expectativa que era de estar entre os oito primeiros.

Com a vaga da equipe masculina assegurada para os Jogos Olímpicos de Tóquio, Diogo teve a chance de amadurecer para tentar uma vaga na equipe para disputar a sua primeira Olimpíada logo no seu segundo ano como atleta adulto. Para isso, ele precisaria seguir brilhando e ser um dos quatro convocados para 2021.

Em 2021

E foi o que ele fez.

Em junho, Diogo Soares pode competir pela primeira vez em muito tempo. O jovem mostrou que isso pouco importou no Pan-Americano de ginástica artística, realizado no Rio de Janeiro.

No primeiro dia de competições, a disputa do individual geral valia vaga olímpica para a seleção brasileira com Diogo Soares terminou com 82.700, no terceiro lugar geral, e conquistou uma das duas vagas em disputa na competição continental. Com isso, a equipe masculina irá para Tóquio passou a ter cinco atletas.

“Não dá nem para explicar a felicidade. Não foi uma competição muito tranquila por conta de tudo que envolve. Acho que foi muito boa a minha competição, sonhei com isso ontem então é literalmente um sonho realizado”, comentou o ginasta após sua participação. Ainda faturou mais tarde uma medalha de bronze nas barras paralelas.

Já na Etapa de Doha, no Catar, da Copa do mundo de ginástica artística, Diogo teve mais um bom desempenho. No concorrido solo contra os maiores do mundo, ficou em 10º lugar, com 13.666, perto da classificação para a final entre os oito melhores.

Pouco depois, a CBG (Confederação Brasileira de Ginástica) divulgou a seleção da ginástica artística masculina convocada para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio. O principal destaque foi a ausência de Arthur Zanetti na disputa por equipes, que por sua vez, terá Arthur Nory, Chico Barreto, Diogo Soares e Caio Souza. O campeão olímpico ficará como reserva e vai focar na disputa individual das argolas.