Arthur Zanetti – Ginástica artística masculina – argolas – Jogos Olímpicos de Tóquio 2020
Idade: 31 anos (16/04/1990)
Altura: 1,56m
Peso: 62kg
Olimpíada: 2 (Londres-2012, Rio-2016)
Pan: 2 (Guadalajara-2011, Toronto-2015, Lima-2019)
OLIMPÍADA
– Londres-2012 (argolas) Rio-2016 (argolas)
– Rio-2016 (argolas)
MUNDIAL
– Stuttgart-2019 (barra fixa)
PAN
– Lima-2019 (Equipes)
– Lima-2019 (Barra Fixa e Individual Geral), Toronto-2015 (Equipes)
Arthur Zanetti é uma atleta da ginástica artística masculina. Campeão olímpico em 2012 nas argolas e atual medalhista de prata olímpico no mesmo aparelho, o atleta chegará aos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 tentando se tornar o primeiro ginasta no mundo a conquistar três medalhas nas argolas.
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Além desse feito, se Zanetti por ventura conquistar sua terceira medalha olímpica em Tóquio, se juntará a outras seis lendas do esporte olímpico brasileiro. Apenas Robert Scheidt, Torben Grael, Gustavo Borges, Marcelo Ferreira, Emanuel e Ricardo conquistaram ao menos três medalhas olímpicas em três diferentes edições de Olimpíada em esportes individuais ou em dupla.
Além de atuar nas argolas, Zanetti será o reserva da equipe masculina, que contará com Arthur Nory, Chico Barreto, Diogo Soares e Caio Souza.
Baixinho demais para o futebol
Natural de São Caetano do Sul, na região metropolitana de São Paulo, Arthur Zanetti começou na ginástica artística aos sete anos, seguindo o conselho do professor de educação física Sérgio Oliveira dos Santos, do colégio onde estudava.
Apesar de amar futebol e querer ser jogador, por ser mais baixo que os outros alunos, mas ágil e com o tronco forte, o professor sugeriu aos pais de Arthur que o levassem para fazer um teste para ginástica artística na SERC (Sociedade Esportiva Recreativa e Cultural) Santa Maria, em São Caetano do Sul (SP).
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A indicação do professor para a Ginástica Artística deu certo e Arthur Zanetti seguiu na modalidade. No início, a rotina exaustiva de treinos desanimava o menino.
A avó, Neide, que o levava para treinar todos os dias, desempenhou um papel importante para que não desistisse do esporte. Toda vez que ele reclamava, a avó prometia uma “passadinha” na padaria depois, para comer o que quisesse. Arthur ia direto para as bombas de chocolate, ainda hoje um de seus doces preferidos.
O técnico que mudou sua vida e o ouro histórico
Um pouco depois de seu início na Ginástica Artística, Arthur Zanetti conheceu o técnico que o ajudou nas maiores conquistas da carreira. Então com nove anos, o ginasta passou a ser treinado por Marcos Goto. Com a parceria, Arthur evoluiu em todos os fundamentos da modalidade e chegou na Seleção Brasileira em 2007.
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Com o passar dos anos, o nome de Arthur Zanetti passou a ser cada vez mais frequente nas convocações da Seleção Brasileira de ginástica Artística e em 2009, no Campeonato Mundial disputado em Londres, se tornou o primeiro ginasta do país a disputar uma final, nas argolas.
A evolução seguiu e chegou ao ponto mais alto nos Jogos Olímpicos de Londres. Por conta dos resultados obtidos durante o ciclo, Arthur Zanetti era um dos cotados para o pódio. Porém, com uma apresentação praticamente perfeita em seu aparelho preferido, o brasileiro somou 15.900 pontos e ficou com o ouro.
Quatro anos depois, com o apoio dos brasileiros, Arthur Zanetti brilhou novamente e conquistou a medalha de prata nas argolas com uma grande nota: 15.766. a pontuação poderia ter lhe dado o segundo ouro caso o grego Eleftherior Petrounias não tivesse feito uma apresentação quase perfeita: 16.000
Regularidade no ciclo
Após conquistar a prata na Rio-2016, Zanetti manteve sua regularidade nas argolas. Nos três campeonatos mundiais que disputou, por exemplo, chegou a final em todos e teve notas bem parecidas. Em 2017, Arthur ficou em sétimo lugar.
No Mundial de Doha-2018, no Qatar, Zanetti fez sua melhor apresentação durante o ciclo e ficou com a prata, perdendo apenas para o grego Eleftherior Petrounias, atual campeão olímpico. Essa foi quarta medalha conquistada pelo brasileiro em Campeonatos Mundiais de ginástica.
Um ano depois, no Mundial de Stuttgart, na Alemanha, Zanetti fez outra bela apresentação nas argolas. Por um detalhe na saída, acabou fora do pódio, na quinta colocação. Apenas 0,075 pontos o separaram da medalha de bronze.
Em 2021
Arthur Zanetti iria competir depois de muito tempo (mais especificamente desde antes da pandemia explodir no mundo) no Campeonato Pan-Americano de Ginástica no início de junho. No entanto, o atleta sentiu um sentiu um problema no ombro e foi preservado, já visando os Jogos Olímpicos de Tóquio.
A prova de que o incômodo foi leve veio vinte dias depois. Na etapa da Copa do Mundo de ginástica artística em Doha, no Catar o campeão olímpico foi o representante brasileiro no pódio nas argolas com a medalha de prata.
Arthur Zanetti conseguiu uma apresentação de grande nível na competição. Conseguindo manter uma dinâmica um pouco maior do que na classificatória, com execução de 8.733 e dificuldade de 6.2, o brasileiro terminou a decisão do aparelho com 14.933, melhorando em 0,3 sua nota da qualificatória, e ficou com a medalha de prata. O pódio foi completado com o grego Eleftherios Petrounias em primeiro com um incrível 15.500 e Mahdi Ahmad Kohani, do Irã, ficou com o bronze com 14.800.
Pouco depois, a CBG (Confederação Brasileira de Ginástica) divulgou a seleção da ginástica artística masculina convocada para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio. O principal destaque foi a ausência de Arthur Zanetti na disputa por equipes, que por sua vez, terá Arthur Nory, Chico Barreto, Diogo Soares e Caio Souza. O campeão olímpico ficará como reserva e vai focar na disputa individual das argolas.