Bruno Guimarães Rodrigues Moura
Bruno Guimarães – futebol masculino – Jogos Olímpicos de Tóquio 2020
Idade: 23 anos (16/11/1997)
Altura: 1,82m
Clube: Lyon/FRA
OLIMPÍADA
– Tóquio 2020
Bruno Guimarães Rodrigues Moura, mais conhecido como Bruno Guimarães, é meio-campista do Lyon, da França, conquistou a medalha de ouro com a seleção brasileira de futebol masculino nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
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Chamando a atenção desde cedo, Bruno teve Fernando Diniz como ‘mentor’
Desde que começou a aparecer para o cenário nacional do futebol brasileiro, Bruno Guimarães é visto como um jogador muito completo, de muita qualidade, que tem tudo para assumir uma cadeira cativa no time principal da seleção em um futuro próximo. Enquanto a hora não chega, ele mantém a calma e a paciência, tudo no seu tempo. De qualquer forma, não esquece de quem estendeu a mão para colocá-lo para brilhar.
Nascido e criado na Zona Norte do Rio de Janeiro, começou a carreira no Audax carioca. Posteriormente, completou as categorias de base e virou profissional no xará paulista, o de Osasco. Ali, conviveu com Fernando Diniz, hoje comandante do Santos. O treinador rapidamente viu o potencial daquele jovem meio-campo, tanto que o trouxe para a equipe principal pela primeira vez ainda em 2015.
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Apesar da campanha negativa do Audax no Paulistão de 2017, quando foi rebaixado, Bruno Guimarães se destacou em oito partidas realizadas e na sequência acertou com o Athletico Paranaense, reencontrando o ex-treinador. Com pouca idade, a maturidade chamava atenção. Encarava as dificuldades da partida e dava muito volume ao time, distribuindo bem o jogo e ajudando na recomposição, como avaliou Diniz em entrevista ao ‘ge’ no mesmo ano.
A confiança do técnico em seu futebol era grande. O volante de então 20 anos, agora, começaria uma trajetória de apenas duas temporadas, mas de feitos enormes pelo Furacão. Entre jogos e títulos, jamais esqueceu da família, a base para que ele tenha alcançado os objetivos neste início de carreira.
A coincidência do número 39 e os títulos pelo CAP
Quando chegou ao Athletico, Bruno prontamente recebeu a camisa 39. Poderia ser apenas um número qualquer, mas para a família Guimarães tinha um gostinho especial, como explicou ao ‘ge’ na mesma publicação.
39 também era o número que representava o prefixo do táxi de Dick, pai do meio-campista, utilizado muitas e muitas vezes no Rio de Janeiro para garantir o sustento da casa. A emoção tomou conta, nada poderia ser mais significativo naquele momento.
E talvez o destino tenha premiado o jogador. Foram 106 partidas disputadas com 10 gols anotados, com direito a nome marcado na história do clube após conquistas de títulos inéditos. Mesmo com a pouca idade, o jogador certamente tem um lugar especial no coração de cada torcedor athletitcano.
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Em 2018, veio a primeira dobradinha. No começo, o troféu estadual. Depois, a Copa Sul-Americana, colocando na conta a primeira taça internacional do Furacão. Na temporada seguinte, a grande fase seguiu ativa: Levain Cup (antiga Copa Suruga) e Copa do Brasil, fechando um ciclo extremamente vitorioso. O carioca estava pronto para deixar o frio do Sul e rumar ao frio da Europa, para atuar no futebol francês.
Trajetória com a camisa do Lyon
O Lyon, da França, se interessou pela qualidade de Bruno Guimarães e negociou sua contratação junto ao Athletico. O anúncio oficial aconteceu em janeiro de 2020. O valor da transferência girou em torno de 20 milhões de euros (R$ 120 milhões na cotação atual), quantia alta em uma aposta que já tinha virado realidade.
O brasileiro chegou na metade final da temporada europeia, com o mata-mata das principais competições se afunilando. E veio para ser titular absoluto, não se intimidou. Naquela edição da Liga dos Campeões (2019/20), desafiou a Juventus de Cristiano Ronaldo logo em sua segunda partida, válida pelas oitavas de final. O clube francês levou a melhor na série e ainda passou pelo Manchester City, antes de perder por 3 a 0 e ficar pelo caminho na semi diante do Bayern.
Em 2021
Um dos principais nomes desta geração, Bruno Guimarães foi convocado em junho por André Jardine. Aos 23 anos, estará em Tóquio para participar da primeira Olimpíada de sua curta carreira até aqui. A bela campanha no ano anterior não foi repetida na última temporada (2020/21). O Lyon terminou o Campeonato Francês na 4ª posição, caindo também nas quartas de final da Copa da França.
Embora a sequência do time não ter sido plenamente positiva, o camisa 39 seguiu como um dos destaques essenciais do elenco. Foram 37 jogos e três gols marcados, com 21 vitórias, 9 empates e 7 derrotas no período. No teste final antes dos Jogos Olímpicos, marcou presença entre os titulares na goleada brasileira por 5 a 2 sobre os Emirados Árabes, no dia 15 de julho. Certamente é um atleta observado de perto e que deve pintar na seleção principal do Brasil em breve.