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Rafaelle Leone Carvalho Souza

Rafaelle – seleção brasileira de futebol feminino – Jogos Olímpicos de Tóquio 2020

Ficha TécnicaMedalhas
Nascimento: Cipó/BA
Idade: 30 anos (18/06/1991)
Altura: 1,76m
Clube: Palmeiras/SP
Olimpíada: 1 (Rio-2016)
Pan: 1 (Toronto-2015)

PAN

– Toronto-2015

Rafaelle Leone Carvalho Souza, mais conhecida como Rafaelle, é uma zagueira e volante que atualmente atua no Palmeiras e que defenderá a seleção brasileira de futebol feminino nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

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Estudos fora do país e início da carreira

Ainda garota, Rafaelle jogava futsal nos tempos de escola. Um início simples, sem muitas expectativas, mas que mudou drasticamente em pouco tempo. Após se destacar, recebeu o convite para atuar no São Francisco do Conde, clube tradicional no futebol feminino, onde disputou a Copa do Brasil aos 15 anos, seu primeiro campeonato nacional.

Rafaelle - seleção brasileira de futebol feminino - Jogos Olímpicos de Tóquio 2020
Rafaelle, zagueira da seleção brasileira feminina de futebol, em ação pelo Changchun Dazhong, da China. Aos 30 anos, ela estará em Tóquio. Foto: Reprodução/Instagram

Com a boa campanha da equipe, que foi semifinalista, Rafaelle começou a receber oportunidades nas seleções de base do Brasil. Logo foi chamada para a sub-17, passando para a sub-20 pouco depois. Neste processo, teve contato com outras jogadoras que já atuavam nos Estados Unidos. Enquanto cursava engenharia civil na Universidade Federal da Bahia, ela viu a oportunidade de aliar os estudos ao futebol, sem abrir mão. O caminho para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 foi aberto sem nem mesmo imaginar.

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“A engenharia apareceu na minha vida por acaso, mas o futebol está comigo desde que eu nasci“, contou Rafaelle, em entrevista para o canal oficial da CBF, em 2018, antes da disputa da Copa América.

E logo depois do Mundial Sub-20, em 2010, teve a oportunidade de deixar o Brasil para realizar seu sonho. Lá, aprendeu inglês e teve a estrutura necessária para alcançar o alto nível e o lugar cativo em convocações do grupo principal. Além do São Francisco, Rafaelle passou pelo time universitário Ole Miss Rebels, antes de atuar pelo Houston Dash. Depois de retornar ao Brasil para defender o América Mineiro, passou seis temporadas no Changchun Dazhong, da China, sendo emprestada ao Palmeiras em 2021.

A lesão, a frustração e o retorno

No final de 2018, depois de conquistar o título da Copa América, Rafaelle viveu um drama. A zagueira sofreu uma grave lesão no ligamento cruzado anterior (LCA) do joelho esquerdo, passando por um longo período de inatividade e recuperação. A dúvida sobre a participação na Copa do Mundo de 2019, na França, era constante.

A corrida contra o tempo até foi vencida. Rafa conseguiu se recuperar com a equipe que treinava para o Mundial, no entanto, ficou de fora da convocação. O desejo era superar o trauma da eliminação para Austrália nas oitavas de final da edição de 2015, quando ela foi convocada como lateral. Nova frustração.

Rafaelle - seleção brasileira de futebol feminino - Jogos Olímpicos de Tóquio 2020
Rafaelle em preparação com a seleção feminina, antes da disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Foto: Sam Robles/CBF

Mais de um ano sem vestir a camisa do Brasil, a atleta voltou à equipe apenas em outubro de 2019, para a disputa do Torneio Internacional, realizado na China, praticamente sua segunda casa. Na ocasião, o elenco ficou com o segundo lugar. Rafa recebeu a primeira oportunidade dada por Pia Sundhage, técnica sueca que mal havia chegado ao comando técnico da seleção feminina. Imagina a ansiedade…

“Eu vou falar para os meus filhos que joguei com Marta e Cristiane”, comemorou Rafaelle, em entrevista para a CBF.

O retorno ao Brasil após mais de 10 anos fora

A chegada aos Estados Unidos abriu portas para a jogadara, mas foi na China que ela viveu os melhores momentos na carreira. Foram seis temporadas com alto rendimento. Situações que a credenciaram como um dos pilares essenciais da ‘Era Pia’ na seleção brasileira feminina.

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Por conta da pandemia, a zagueira não poderia retornar ao país asitático. Foi assim que surgiu a oportunidade, em abril, de defender a camisa do Palmeiras, clube que registra alto investimento no futebol feminino nas últimas temporadas. Desta maneira, Rafaelle pôde seguir atuando em grande nível e manter o bom condicionamento físico pensando nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

Rafaelle - seleção feminina de futebol - Jogos Olímpicos de Tóquio 2020
Partida entre Palmeiras e São Paulo, válida pela décima terceira rodada do Campeonato Brasileiro Feminino, no estádio do Canindé, em São Paulo-SP. (Foto: Fabio Menotti)

Em 2021

Desde que chegou ao Palmeiras, os números são impressionantes, mesmo que o primeiro gol ainda não tenha saído. Rafaelle estreou pelo time palestrino no dia 9 de maio, em clássico contra o rival Corinthians. De lá para cá, são nove partidas disputadas, com seis vitórias e três empates. A invencibilidade ao longo de toda a competição colocou o Verdão entre os principais favoritos ao título do Brasileirão, paralisado em função da Olimpíada. Grande momento vivido pela atleta.

Classificado em segundo lugar na classificação geral, o Palmeiras terá pela frente o Grêmio como adversário, em partidas de ida e volta, ainda sem datas definidas.

Confira o perfil de TODAS as jogadoras que representarão o Brasil em Tóquio

Goleiras: Bárbara (Avaí/Kindermann), Letícia Izidoro (Benfica-POR) e Aline Reis (Tenerife-ESP)

Defensoras: Poliana (Corinthians), Bruna Benites (Internacional), Rafaelle (Palmeiras), Erika (Corinthians), Tamires (Corinthians), Jucinara (Levante-ESP) E Letícia Santos (Frankfurt-ALE)

Meio-Campistas: Marta (Orlando Pride-EUA), Formiga (São Paulo), Andressinha (Corinthians), Júlia Bianchi (Palmeiras), Duda (São Paulo), Debinha (North Carolina Courage), Angelina (Ol Reign-EUA) e Andressa Alves (Roma-ITA)

Atacantes: Ludmila (Atlético de Madrid-ESP), Bia Zaneratto (Palmeiras), Geyse (Madrid CFF) e GIovana Queiroz (Barcelona-ESP).