Poliana Barbosa Medeiros

Poliana – seleção brasileira de futebol feminino – Jogos Olímpicos de Tóquio 2020

Poliana Barbosa Medeiros, mais conhecida como Poliana, é uma lateral-direita que atualmente atua no Corinthians e que defenderá a seleção brasileira de futebol feminino nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

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Dúvida cruel: qual modalidade seguir?

Natural de Ituiutaba, cidade mineira, Poliana é adepta do esporte de uma maneira geral. Algo que de certa forma a ‘atrapalhou’ no início de sua trajetória. Ao longo da infância, ela gostava de estar entre as crianças, independentemente de qual modalidade estivesse sendo praticada no momento, como contou em entrevista à CBF em 2018.

Com boas atuações no futsal dos Jogos Escolares de Minas Gerais, recebeu convites de testes em diversos clubes. No entanto, também tinha paixão pelo atletismo e preferiu seguir com os treinamentos. Ainda em dúvida, conversou com o treinador à época e solicitou a permissão para realizar os testes e avaliar as propostas.

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Inicialmente, Poliana teve de decidir entre Atlético Mineiro e Rio Preto-SP, optando pela equipe paulista em função da proximidade com sua cidade natal e da competitividade do torneio estadual. De lá, assinou contrato com o Santos em 2009, clube que proporcionou a realização de um sonho com a primeira convocação para a seleção feminina sub-20.

Mesmo em outras modalidades, a lateral sempre gostou de jogar por ali. Foi ala no basquete e caía pelos lados no handebol. Quando chegou a vez do futebol, foi fácil decidir por onde brilhar, não é mesmo?

Poliana: quase uma década de seleção feminina

Convocada para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, Poliana conhece a seleção brasileira principal de futebol feminino há muito tempo. Já é quase uma década. São nove anos, para ser mais exato. Em 2012, pelo Torneio Internacional da Cidade de São Paulo, fez sua estreia diante de Portugal, na vitória por 4 a 0, no estádio do Pacaembu. Ao final, o Brasil conquistaria o título nos pênaltis contra a Dinamarca.

Desde então, marcou presença em todas as grandes competições do futebol feminino. Foi medalha de bronze nos Jogos Sul-Americanos de 2014, no Chile, e trouxe para casa o ouro no Pan de Toronto no ano seguinte. Também foi bicampeã da Copa América nas edições de 2014 e 2018. Apesar de não alcançar o pódio com a equipe, viu seu nome aparecer nas convocações de duas Copas do Mundo (2015 e 2019) e duas Olimpíadas (2016 e 2020), os dois grandes objetivos do Brasil.

Anos históricos no São José

Mesmo sendo mineira, foi em São José dos Campos, cidade do interior de São Paulo, que a lateral-direita viveu um dos momentos mais mágicos de sua carreira, se não o maior. Após deixar o Santos, assinou com o São José em 2010, iniciando uma fase extremamente vitoriosa do clube.

Já em 2011, ano da terceira edição da Libertadores Feminina, anotou o gol do título joseense na vitória por 1 a 0 sobre o Colo-Colo, do Chile. Na temporada seguinte, o time ficou pelo caminho nas semifinais. Fim do sonho do bicampeonato? Que nada. Muita coisa ainda estaria por vir.

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O São José de Poliana bateu as colombianas do Formas Íntimas (3 a 1) e as venezuelanas do Caracas (5 a 1) para assegurar, de maneira consecutiva, outras duas taças do torneio continental entre 2013 e 2014, respectivamente. Na última delas, ela repetiu a fase artilheira em decisões e balançou as redes em duas oportunidades na goleada.

Experiências fora do Brasil

Entre novembro e dezembro de 2014, o time foi ao Japão para a disputa da Nestlé Cup, torneio internacional entre o clubes de todo o planeta, considerado como o Mundial de Clubes do futebol feminino. E o imparável São José passou pelo Urawa Red Diamonds, time local, por 1 a 0 nas semifinais. Na grande final, 2 a 0 diante do Arsenal, da Inglaterra, com gols de Rosana e Giovânia. Mais um troféu na conta de Poliana e companhia.

Além da passagem pelo São José, que ainda contou com conquistas de Copa do Brasil (2012 e 2013) e Paulistão (2012 e 2014), a atleta logo viu crescer o interesse vindo do exterior.

Após a passagem vitoriosa no estado de São Paulo, rumou aos Estados Unidos, onde defendeu o Houston Dash e o Orlando Pride. Durante o período, foi emprestada ao Stjarnan, da Islândia, marcando um gol em mais uma finalíssima, desta vez no triunfo sobre o Selfoss, por 2 a 1, garantindo o título da copa local de 2015. Retornou ao São José por uma temporada em 2019 e desde 2020 atua pelo Corinthians.

Em 2021

Poliana viveu outra fase vencedora desde que acertou sua vinda ao Corinthians, onde tem contrato até 31 de dezembro de 2021. No ano passado, temporada em que o clube perdeu apenas duas partidas, foram dois títulos: Campeonato Brasileiro e Campeonato Paulista, sem contar o vice nos pênaltis na Libertadores.

E os números individuais também são impressionantes: 35 jogos pelo Timão (27 como titular), com 28 vitórias, 4 empates e 3 derrotas. Ao todo, são três gols marcados, sendo dois em 2020 (nas vitórias por 3 a 0 sobre o Palmeiras e 16 a 0 contra o El Nacional, do Equador) e um em 2021 (em outra vitória, agora para cima do Bahia, por 2 a 0).

Os dados são do ‘Meu Timão’. Números que naturalmente chamaram a atenção de Pia Sundhage, técnica sueca da seleção feminina, que convocou a jogadora já neste ano para os amistosos preparatórios e para a Olimpíada de Tóquio 2020.

Confira o perfil de TODAS as jogadoras que representarão o Brasil em Tóquio

Goleiras: Bárbara (Avaí/Kindermann), Letícia Izidoro (Benfica-POR) e Aline Reis (Tenerife-ESP)

Defensoras: Poliana (Corinthians), Bruna Benites (Internacional), Rafaelle (Palmeiras), Erika (Corinthians), Tamires (Corinthians), Jucinara (Levante-ESP), Poliana (Corinthians) e Letícia Santos (Frankfurt-ALE)

Meio-Campistas: Marta (Orlando Pride-EUA), Formiga (São Paulo), Andressinha (Corinthians), Júlia Bianchi (Palmeiras), Duda (São Paulo), Debinha (North Carolina Courage), Angelina (Ol Reign/EUA) e Andressa Alves (Roma-ITA)

Atacantes: Ludmila (Atlético de Madrid-ESP), Bia Zaneratto (Palmeiras), Geyse (Madrid CFF) e Giovana Queiroz (Barcelona-ESP).