Érika Cristiano dos Santos
Érika – seleção brasileira de futebol feminino – Jogos Olímpicos de Tóquio 2020
Idade: 33 anos (04/02/1988)
Altura: 1,72m
Clube: Corinthians/SP
Olimpíada: 3 (Pequim-2008, Londres-2012 e Rio de Janeiro-2016)
Pan: 1 (Toronto-2015)
OLIMPÍADAS
– Pequim-2008
PAN
– Toronto-2015
Érika Cristiano dos Santos, mais conhecida como Érika, é uma zagueira que atualmente atua no Corinthians e que defenderá a seleção brasileira de futebol feminino nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
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Ausência sentida no Mundial, Érika busca a volta por cima em Tóquio
A Copa do Mundo da França, em 2019, não terminou da maneira que a seleção feminina gostaria, com a eliminação nas oitavas de final para as donas da casa. A derrota na prorrogação foi ainda mais sentida por Érika, que nem chegou a disputar o torneio, sendo cortada pouco antes do início da competição por conta de uma lesão na panturrilha.
Sem ela, o Brasil encontrou dificuldades na defesa, principalmente na partida diante da Austrália, na fase de grupos, quando vencia por 2 a 0 e acabou levando a virada. A zagueira, inclusive, também foi desconvocada da edição de 2015, com lesão no joelho a duas semanas do Mundial do Canadá.
Agora, aos 33 anos, Érika terá pela frente a oportunidade de representar a equipe nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Desta vez, sem lesões para atrapalhar a trajetória em grandes competições e com a oportunidade de trabalhar com a sueca Pia Sundhage, dona de três medalhas olímpicas (duas de ouro e uma de prata), que confiou em seu potencial.
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Um objetivo que começou em Pequim-2008 e que chega agora ao quarto ciclo olímpico, ainda sem conquistar a tão desejada medalha de ouro. É o sonho de Érika e do restante das jogadoras da seleção feminina, muitas delas chegando ao final de suas carreiras. É a chance de apagar as frustrações dos últimos dois Mundiais.
Santos, Corinthians, PSG e muitos títulos
Logo no início da carreira, Érika surgiu como um dos grandes destaques do Santos, campeão da Copa Mercosul em 2006. Na sequência, em time que contava com as presenças ilustres de Marta e Cristiane, conquistou a Libertadores e o bicampeoanto consecutivo da Copa do Brasil entre 2008 e 2009, somando ainda o Paulistão de 2007.
Ao deixar o clube da Vila Belmiro, teve passagens rápidas por Gold Pride, dos Estados Unidos, e Suwon, da Coreia do Sul, retornando ao Santos em 2011. Depois de quatro temporadas no Centro Olímpico (2012-2015), Érika arrumou as malas e viajou para a França depois de fechar com o Paris Saint-Germain, onde ganhou uma Copa da França. Foram praticamente três anos na Europa.
O retorno ao Brasil, em 2018, foi ainda mais especial. A exemplo do que fez com a camisa das Sereias da Vila, marcou presença em outro time histórico do futebol feminino brasileiro. Agora no rival Corinthians, que montou elencos avassaladores nos últimos anos, levantou as taças do Brasileirão (2018 e 2020), Paulistão (2019 e 2020) e Libertadores (2019).
Érika, a defensora que virou zagueira por acaso
O gosto por futebol começou em brincadeiras com o irmão. Uma garota em meio aos garotos, como tantas vezes acontece. Ainda na infância, Érika recebeu um presente dos pais: a tão sonhada matrícula na escolinha de futebol de Marcelinho Carioca, em São Paulo, o maior desejo de uma menina de 7 anos de idade àquela altura. A primeira a se matricular.
Com o início dos treinamentos, a futura medalhista olímpica não sabia em qual posição gostaria de atuar. Inicialmente era o meio, recebendo bolas diretamente da zaga e levando ao ataque com o campo aberto. Aos 15 anos, chegou a virar atacante no Juventus-SP, clube que auxiliou em sua primeira convocação para a seleção feminina de base do Brasil.
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Representando o país, depois da lesão de uma companheira, recebeu o pedido do treinador para recuar e jogar na defesa em função da necessidade. E deu certo. Érika teve bom rendimento, aprovou a mudança e encontrou espaço para brilhar como zagueira.
Mal imaginava que assim representaria a seleção brasileira feminina de futebol nos Jogos Olímpicos (Pequim-2008, Londres-2012, Rio de Janeiro-2016 e Tóquio-2020), Jogos Pan-Americanos (Toronto-2015), Copa do Mundo (Alemanha-2011) e Copa América (Chile-2018).
Em 2021
Inicialmente marcada para 2020, a Olimpíada de Tóquio sofreu alterações no cronograma em razão da pandemia da Covid-19. Érika viveu boa sequência e temporada com o Corinthians no último ano. O clube disputou 32 jogos, com 22 atuações dela.
Em 2021, a quantidade de partidas diminuiu em virtude de uma lesão. Somando as partidas da Libertadores 2020, postergadas para o calendário desta temporada, a defensora marcou presença em 8 dos 21 jogos do Timão, estando entre as onze iniciais em seis ocasiões.
De acordo com levantamento da jornalista Giovana Duarte, do ‘Meu Timão’, que também disponibilizou os dados acima, Érika é um nome de confiança da treinadora sueca Pia Sundhage na seleção feminina. Das 12 convocações da técnica até aqui, a jogadora do Corinthians só ficou de fora em uma oportunidade por conta da mesma lesão. A ausência aconteceu em janeiro, na lista chamada para a disputa do torneio She Believes.
Confira o perfil de TODAS as jogadoras que representarão o Brasil em Tóquio
Goleiras: Bárbara (Avaí/Kindermann), Letícia Izidoro (Benfica-POR) e Aline Reis (Tenerife-ESP)
Defensoras: Poliana (Corinthians), Bruna Benites (Internacional), Rafaelle (Palmeiras), Erika (Corinthians), Tamires (Corinthians), Jucinara (Levante-ESP) e Letícia Santos (Frankfurt-ALE)
Meio-Campistas: Marta (Orlando Pride-EUA), Formiga (São Paulo), Andressinha (Corinthians), Júlia Bianchi (Palmeiras), Duda (São Paulo), Debinha (North Carolina Courage), Angelina (Ol Reign-EUA) e Andressa Alves (Roma-ITA)
Atacantes: Ludmila (Atlético de Madrid-ESP), Bia Zaneratto (Palmeiras), Geyse (Madrid CFF) e Giovana Queiroz (Barcelona-ESP).