Bárbara – seleção brasileira de futebol feminino – Jogos Olímpicos de Tóquio 2020
Idade: 33 anos (04/07/1988)
Altura: 1,71m
Clube: Avaí/Kindermann-SC
Olimpíada: 3 (Pequim-2008, Londres-2012 e Rio de Janeiro-2016)
Pan: 3 (Rio de Janeiro-2007, Guadalajara-2011 e Toronto-2015)
OLIMPÍADAS
– Pequim-2008
PAN
– Rio de Janeiro-2007
– Toronto-2015
– Guadalajara-2011
Bárbara Micheline do Monte Barbosa, mais conhecida como Bárbara, é uma goleira que atualmente atua no Avaí/Kindermann e que defenderá a seleção brasileira de futebol feminino nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
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Do início na linha à quarta Olimpíada
Assim como todo jovem esportista, o sonho de disputar as grandes competições mundiais é constante. É um objetivo muitas vezes distante e talvez ignorado, sem muitas perspectivas, mas a vontade sempre está ali. Para Bárbara, tudo aconteceu muito rápido.
No início, brincava com os irmãos e o restante da garotada enquanto vivia em Recife, no Pernambuco. E jogava na linha, diferente do que acontece atualmente. Por puro acaso, em um dia com o pé machucado, atuou no gol pela primeira vez. Mesmo a contragosto, se destacou na brincadeira e passou a aprovar a nova posição ao longo do tempo, como revelou em entrevista ao canal da CBF, em 2018.
Agora debaixo das traves, Bárbara fazia parte do time de uma escola particular, que certa vez enfrentou o Sport em um amistoso. Apesar da derrota por 8 a 0, “só não foi mais por conta da goleira”, contou na mesma conversa. Logo em seguida rolou o convite para defender o Leão, abrindo porta para as categorias de base da seleção brasileira feminina, em 2005, com período de testes na Granja Comary.
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Quem diria, hein, Bárbara?! A mudança na posição, ainda que na brincadeira, revelou uma das grandes goleiras do futebol feminino do Brasil. Ela representou o país sendo reserva nas edições de 2008 e 2012 dos Jogos Olímpicos, assumindo a titularidade em casa, no Rio de Janeiro, em 2016.
Atuação histórica no Rio e sonho do ouro em Tóquio
A seleção brasileira feminina de futebol luta pelo ouro olímpico há anos. A mágica geração que surgiu no início do milênio começa a se despedir sem a sonhada conquista. No Rio de Janeiro, há exatos cinco anos, veio a esperança de alcançar o lugar mais alto do pódio jogando ao lado da torcida. E Bárbara estava lá, desta vez entre as onze titulares.
Na primeira fase, o Brasil passou por cima de China e Suécia, além de empatar com a África do Sul. Já nas quartas de final, veio a consagração. O empate sem gols diante da Austrália levou a decisão para a disputa de pênaltis. Marta, a grande craque da equipe, perdeu a cobrança. Para seguir viva nos Jogos Olímpicos, a seleção apostava em sua arqueira. Bárbara defendeu o último pênalti para fechar a série em 7 a 6, em duelo acirradíssimo, e colocou a equipe nas semifinais.
Outro 0 a 0, agora no reencontro contra a Suécia. Novamente tivemos penalidades máximas. Bárbara tentou, encostou na bola, mas não evitou a eliminação. O elenco sentiu o golpe e não conseguiu lutar pela bronze. O tempo passou, a dor da derrota diminuiu e o sonho ficou ainda mais vivo com a nova chance em Tóquio.
Na capital japonesa, ela terá a oportunidade de coroar o ciclo com a tão sonhada medalha de ouro. Aos 33 anos, pode ser a última grande competição antes do encerramento de sua carreira. A partir do dia 21 de julho, diante da China, Bárbara e o Brasil vão em busca do título. Enfim, chegou a hora.
Experiência internacional e conquistas com a seleção feminina
Com o destaque no Sport, Bárbara rapidamente chamou a atenção do futebol europeu. Defendeu as cores do Sunnana SK, da Suécia, entre 2009 e 2010, retornando ao clube em 2012. Também passou pelo BV Cloppenburg, da Alemanha, e pelo Napoli, da Itália. No Brasil, jogou por Santa Cruz, Foz Cataratas, São Caetano, Botafogo-PB e outras sete temporadas no Avaí/Kindermann.
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Pela seleção brasileira feminina, a história também é longa, com títulos marcantes no currículo. Entre Copa do Mundo, Olimpíadas e Jogos Pan-Americanos, foram quatro pódios: dois ouros (Rio de Janeiro-2007 e Toronto-2015) e uma prata (Guadalajara-2011) no Pan, juntamente com a prata olímpica em Pequim-2008.
Ao todo, marcou presença em três Jogos Pan-Americanos, quatro Copas do Mundo e, agora, quatro Jogos Olímpicos também.
Em 2021
Bárbara quase deixou o clube e chegou a anunciar sua saída, mas voltou a negociar e renovou contrato com o Avaí/Kindermann até dezembro de 2021. Na atual temporada, a equipe catarinense garantiu a última vaga na fase de classificação e avançou ao mata-mata do Brasileirão. Agora, pega o Corinthians nas quartas de final, em confronto que reunirá os dois participantes brasileiros na Libertadores.
A goleira, que jogou 10 dos 15 jogos da primeira fase, terá compromissos importantes com o Avaí/Kindermann. Com ela em campo, foram quatro vitórias, dois empates e quatro derrotas. No entanto, com a pausa do futebol feminino em função dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, as atenções no momento estão voltadas aos compromissos no país asiático.
Confira o perfil de TODAS as jogadoras que representarão o Brasil em Tóquio
Goleiras: Bárbara (Avaí/Kindermann), Letícia Izidoro (Benfica-POR) e Aline Reis (Tenerife-ESP)
Defensoras: Poliana (Corinthians), Bruna Benites (Internacional), Rafaelle (Palmeiras), Erika (Corinthians), Tamires (Corinthians), Jucinara (Levante-ESP) e Letícia Santos (Frankfurt-ALE)
Meio-Campistas: Marta (Orlando Pride-EUA), Formiga (São Paulo), Andressinha (Corinthians), Júlia Bianchi (Palmeiras), Duda (São Paulo), Debinha (North Carolina Courage), Angelina (Ol Reign-EUA) e Andressa Alves (Roma-ITA)
Atacantes: Ludmila (Atlético de Madrid-ESP), Bia Zaneratto (Palmeiras), Geyse (Madrid CFF) e Giovana Queiroz (Barcelona-ESP).