Aline Villares Reis

Aline Reis – seleção brasileira de futebol feminino – Jogos Olímpicos de Tóquio 2020

Aline Villares Reis, mais conhecida como Aline Reis, é uma goleira que atualmente atua no UDG Tenerife-ESP e que foi convocada como suplente para a seleção brasileira de futebol feminino nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

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O início, a pausa e o retorno em busca da realização de um sonho

Nascida no interior de São Paulo, Aline Reis não demorou a escolher a sua profissão. E a posição também. Logo aos 10 anos de idade, começou a jogar futebol, sonhando em ser goleira. Ao chegar ao Guarani, de Campinas, em meados de 2001, já iniciou até mesmo o treinamento específico. Ela sempre quis atuar debaixo das traves, simples assim.

De lá, foi para os Estados Unidos ao longo da vida universitária, cursando Esportes e Fitness, na Universidade Central da Flórida, além de atuar pela equipe local. Finalizou os estudos em 2011. Passou cerca de uma década no exterior, com seis anos jogando profissionalmente e os outro quatro na função de treinadora. Em 2012, após o término da faculdade, ainda defendeu por uma temporada o Seinajoen Mimmiliiga, ou SeMi, clube finlandês. Durante o período, naturalmente ficou afastada do Brasil e da seleção feminina.

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Enquanto treinadora de goleiras da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, Aline acompanhou a Copa do Mundo do Canadá, em 2015, ao lado de suas atletas. Torceu pelo Brasil, claro, mas houve um sentimento estranho, de incômodo. Refletiu e percebeu que havia se aposentado muito cedo, como contou ao canal oficial da CBF.

À época, os amigos a encorajaram a viver e alcançar o sonho de defender a seleção brasileira um dia. Afinal, a então ex-goleira era uma grande fonte de inspiração para as atletas que comandava em terras norte-americanas. No ano seguinte, em 2016, retornou ao país natal e acertou com a Ferroviária, onde fez um bom Campeonato Brasileiro e foi convocada entre as destaques daquela edição da competição. Que retorno, hein?!

Desde quando goleira precisa ser alta?

No Brasil, Aline Reis sempre foi questionada em relação ao seu tamanho. Em algumas fichas, consta 1,62m de altura. Em outras, um centímetro a mais. De qualquer forma, para os padrões estipulados, ela conviveu com críticas. E também com o preconceito de que ‘futebol não é coisa para menina’. Seguiu em frente levando tudo isso como motivação (e bom humor).

“Quando eu decidi ser goleira, não sabia que eu ia ser baixinha”, brincou e riu durante a mesma entrevista à Confederação Brasileira de Futebol.

A posição de goleira, como ela mesma diz, não é simplesmente uma questão de defender as bolas que são chutadas à meta. A habilidade com os pés e a consciência em distribuir o jogo são fatores tão importantes quanto. Motivar outras garotas de que é possível alcançar os objetivos traçados é o que mais vale neste momento. Independentemente da altura.

Rio-2016, Copa América e Copa do Mundo

A boa sequência na Ferroviária convenceu Vadão, técnico da seleção feminina naquele momento, que Aline Reis poderia agregar ao time. Depois de passar tanto tempo longe de casa, a goleira batalhou e conquistou um lugar entre as convocadas para a disputa dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, como reserva de Bárbara. Sonho realizado, ao lado da torcida. Com o Brasil já classificado para a fase final, ela teve a oportunidade de entrar em campo contra a África do Sul, no último jogo da chave, em partida empatada em 0 a 0, na Arena da Amazônia, em Manaus.

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Aline viveu o sonho olímpico e não parou por aí. Representou o Brasil em outros grandes competições do futebol feminino mundial. Primeiro, em 2018, esteve com a seleção durante a Copa América, no Chile, em 2018, conquistando o título com 100% de aproveitamento em sete partidas disputadas. A goleira foi titular na goleada por 7 a 0 sobre a Bolívia.

Ao participar de todo o ciclo, certamente aguardava ansiosamente pela Copa do Mundo do ano seguinte, já que quatro anos antes parecia ser uma realidade totalmente distante. Do apelo dos amigos ao desembarque na França, em um curto período de tempo. Vadão novamente colocou o nome de Aline Reis entre as três goleiras escolhidas. Finalmente, depois de tanto batalhar, o alívio chegou.

Em 2021

Após retornar ao futebol com a camisa da Ferroviária de Araraquara, rodou por Győri ETO, da Hungria, e SC Blue Heat, dos Estados Unidos. O título na Copa América em 2018 chamou a atenção do espanhol UDG Tenerife, clube com quem fechou contrato. Já foram 83 partidas em três temporadas. Na última edição do campeonato nacional, finalizada em junho, a equipe ficou em sexto lugar, com 17 vitórias, 7 empates e 10 derrotas.

A boa sequência na Espanha deixou Aline na briga por um lugar entre as 18 convocadas para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. A treinadora Pia Sundhage colocou a jogadora na lista das quatro atletas suplentes, ao lado de Letícia Santos, Andressa Alves e Giovana. Caso haja alguma lesão ou algum corte na lista, a goleira poderá defender a seleção feminina na capital japonesa.

Confira o perfil de TODAS as jogadoras que representarão o Brasil em Tóquio

Goleiras: Bárbara (Avaí/Kindermann), Letícia Izidoro (Benfica-POR) e Aline Reis (Tenerife-ESP)

Defensoras: Poliana (Corinthians), Bruna Benites (Internacional), Rafaelle (Palmeiras), Erika (Corinthians), Tamires (Corinthians), Jucinara (Levante-ESP), Poliana (Corinthians) e Letícia Santos (Frankfurt-ALE)

Meio-Campistas: Marta (Orlando Pride-EUA), Formiga (São Paulo), Andressinha (Corinthians), Júlia Bianchi (Palmeiras), Duda (São Paulo), Debinha (North Carolina Courage), Angelina (Ol Reign/EUA) e Andressa Alves (Roma-ITA)

Atacantes: Ludmila (Atlético de Madrid-ESP), Bia Zaneratto (Palmeiras), Geyse (Madrid CFF) e Giovana Queiroz (Barcelona-ESP).