Isaquias Queiroz dos Santos
Isaquias Queiroz – canoagem velocidade – C1 1000m e C2 1000m – Jogos Olímpicos de Tóquio 2020
Idade: 30 anos (23/06/1991)
Altura: 1,75m
Peso: 85kg
Clube: Flamengo
Olimpíada: 2 ( Rio-2016 e Tóquio-2020)
Pan: 2 (Toronto-2015 e Lima-2019)
OLIMPÍADAS
– C1 1000m Tóquio-2020
– C1 1000m e C2-1000m Rio-2016
– C1 200m Rio-2016
MUNDIAIS
– C1-500 m Duisburg 2013 , C1-500 m Moscou 2014, C1-500 m Montemor-o-Velho 2018, C2-1000 m Milão 2015 , C2-500 m Montemor-o-Velho 2018 C1-1000 m Szeged 2019
– C1-1000m Duisburg 2013, C2 200 m Moscou 2014, C1200 m Milão 2015 , C11000 m Racice 2017, C1 000m Montemor-o-Velho 2018 , C2 1000 m e C21000m Szeged 2019
PAN
– C1 1000m Toronto 2015, C1 200m Toronto 2015 , C1 1000m Lima 2019
– C2-1000m Toronto 2015
Isaquias Queiroz fez história ao conquistar a medalha de ouro na disputa da canoagem C1 1000 nos Jogos Olímpicos de Tóquio, sendo essa a sua quarta medalha olímpica na carreira, a primeira dourada. O canoísta já havia ganho duas pratas e um bronze no Rio de Janeiro, em 2016.
+ Veja como foi a conquista da medalha de ouro por Isaquias Queiroz nos Jogos Olímpicos de Tóquio
Água fervente e ausência de rim
Baiano de Ubaitaba, Isaquias Queiroz passou por alguns percalços durante sua infância e juventude. Aos três anos, quando estava sozinho em casa com os cinco irmãos biológicos e quatro adotados, o atleta esbarrou na panela com a água fervente e as graves queimaduras deixaram-no internado em estado crítico por um mês.
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Outro incidente, dos mais graves, ocorreu quando ele tinha 10 anos. Ao ver uma cobra morta, Isaquias trepou por uma mangueira, perdeu o equilíbrio e caiu sobre uma pedra. Após uma hemorragia interna, ficou internado no hospital de uma cidade vizinha e teve de retirar um rim, facto que lhe rendeu a alcunha de “Sem-Rim”.
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Na Canoagem velocidade, Isaquias Queiroz conseguiu destaque no ciclo olímpico para os Jogos de 2016. Sob os treinamentos de Jesus Morlán, o brasileiro conquistou a medalha de ouro nos Campeonatos Mundiais de 2013, 2014 e 2015. Além desses títulos, o brasileiro conseguiu sucesso nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, saindo da competição com três medalhas, dois ouros e uma prata.
História na Lagoa Rodrigo de Freitas
Na Rio-2016, o canoísta Isaquias Queiroz entrou para a história do esporte nacional. O baiano de Ubaitaba se tornou o brasileiro com maior número de medalhas em única edição de Jogos Olímpicos ao ganhar duas pratas e um bronze durante as competições realizadas na Lagoa Rodrigo de Freitas.
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A primeira das três medalhas de Isaquias Queiroz foi obtida justamente no C1 1000 m. O brasileiro ficou com a medalha de prata ao ser superado apenas pelo alemão Sebastian Brendel, que levou o ouro. Nos dias seguintes, ele levou um bronze no C2 200m e outra prata no C2 1000m masculino, ao lado de Erlon de Souza.
Início do Ciclo Olímpico: mais pódios importantes
Após a histórica participação na Rio-2016, Isaquias Queiroz logo tratou de traçar as metas com Jesus Morlán para a Olimpíada de Tóquio e consagrar-se como o maior vencedor de medalhas olímpicas do país.
Os resultados logo vieram, principalmente no C1 1000m. Tanto em 2017 quanto em 2018, Isaquias Queiroz saiu dos campeonatos mundiais com a medalha de bronze. O pódio foi exatamente o mesmo nos dois anos. Ouro para o alemão Sebastian Brendel, que já havia o derrotado na Rio-2016 e que dá nome ao filho de Isaquias, e prata para o tcheco Martin Fuksa.
A perda do pai
Meses depois de faturar o bronze no C1 1000m e o ouro no C2 500m, chegou a notícia que abalou a vida de Isaquias Queiroz. Aos 52 anos, do treinador Jesús Morlán faleceu come um tumor no cérebro, diagnosticado dois anos antes.
O espanhol foi o homem que revolucionou a canoagem no país e que exercia, segundo Isaquias, um papel mais importante do que o de treinador: o de pai.
Mesmo tendo que lidar com o luto e não tendo os conselhos do maior técnico da história, Isaquias Queiroz mostrou porque é um dos maiores atletas brasileiros e honrou o nome de seu falecido treinador.
No Campeonato Mundial de Canoagem Velocidade de 2019, realizado na cidade de Sgezed, na Hungria, o baiano conquistou duas medalhas. Um bronze ao lado de Erlon Souza no C2 1000m e o ouro na prova do C1 1000m.
La décima
A medalha de ouro no C1 1000m assegurou Isaquias na Olimpíada de Tóquio, e desde então, o baiano já traçou seu objetivo: vencer no Japão em nome de seu eterno treinador.
” Meu objetivo agora é ganhar a décima medalha. não a minha, mas a décima medalha do Jesus Morlán [que já conquistou 8 medalhas olímpicas, três com Isaquias e cinco com o atleta espanhol David Cal]. Esse era o sonho dele e estamos treinando para isso. Aí depois eu vou pensar em ganhar minha sétima medalha olímpica individual na canoagem,” declarou o multicampeão.
Em 2021
Depois de quase dois anos sem competir por conta da pandemia, os atletas da canoagem velocidade participaram em maio da Etapa da Hungria da Copa do mundo, Isaquias Queiroz levou a prata no C2 1000m ao lado de Jacky Godmann. Erlon de Souza, no entanto, passou por um um processo de recuperação de uma lesão no quadril e foi poupado da disputa no C2 1000m.
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