Ana Sátila Vieira Vargas

Ana Sátila é uma atleta da canoagem slalom brasileira medalhista Pan-Americana nas categorias K1 feminino e C1 feminino que brigará por medalhas no caiaque e na canoa nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

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Da natação para a canoagem

Mineira de Iturama, Ana Sátila sempre foi ligada à água, mas o começo não foi no caiaque ou canoa. Treinada por seu pai, Cláudio Vargas, ex-maratonista, a atleta praticou natação quando era criança. Mas Romualdo Júnior, o técnico de canoagem slalom do município de Primavera do Leste, interior do Mato Grosso, levou a jovem para outro caminho. Ele a convidou para conhecer o esporte.

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Ana Sátila gostou da sensação de estar sobre as águas e trocou a natação pela canoagem slalom, contrariando seu pai momentaneamente. Após ver os resultados que sua filha vinha obtendo na modalidade, Cláudio Vargas passou a apoiar a canoísta.

A partir de 2011, já participando de grandes competições nacionais aos 15 anos, Ana Sátila conheceu o que chama de ‘segundo pai’, o treinador italiano Ettore Vivaldi. Com ele esteve nos Jogos Olímpicos de Londres 2012 e na Rio 2016. Na Inglaterra, inclusive, a mineira, de 16 anos na época, foi a atleta mais jovem da delegação brasileira.

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Passando por uma readequação financeira, a Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) decidiu demitir Ettore Vivaldi após os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Apegada ao treinador, Ana Sátila cogitou tirar dinheiro do próprio bolso para seguir treinando com ele na Europa e chegou até a receber um convite informal para competir pela Itália. Ela recusou e decidiu seguir no Brasil, mesmo sem o técnico.

O ciclo olímpico

O ciclo olímpico de Ana Sátila foi muito bom e jogou holofotes sobre seu desempenho. Logo após a Rio-216, já conquistou um segundo lugar no K1 da etapa de Praga da Copa do Mundo de canoagem slalom.

Sem grandes surpresas, Ana Sátila acabou também se destacando no C1 ao longo de 2017 e dividiu-se entre as modalidades ao longo do ano. No Mundial Sub-23, terminou como a segunda melhor no caiaque K1 e a quarta no C1.

Na etapa de Ivrea da Copa do Mundo, mais dois bronzes foram conquistados, no K1 e C1. Pelo Mundial adulto, Ana Sátila não passou da semifinal do K1, mas foi bronze no C1, mesmo sendo ainda Sub-23.

Em 2018, seu ano mais discreto, a brasileira conquistou bronzes no C1 na etapa polonesa e alemã da Copa do Mundo, só que não conseguiu o mesmo desempenho no K1.

Salto de qualidade

Veio 2019 e com ele um novo salto de qualidade. Um ouro na etapa polonesa da Copa do Mundo, mas no C1. A redenção no K1 aconteceu na Final da Copa do Mundo, onde Ana Sátila garantiu a prata.

Pelos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019, Ana Sátila foi a campeã no C1, não pegou pódio no K1, mas também levou o ouro no K1 Extremo. E para fechar a última competição antes da pandemia, a canoísta competiu no Evento-Teste de Tóquio-2020.

Em 2021

Após a pausa gerada pela pandemia, Ana Sátila seguiu bem. Em duas etapas realizadas após a retomada da Copa do Mundo de canoagem slalom, a atleta levou duas medalhas de ouro para Ana Sátila.

A primeira veio em outubro de 2020, quando a mineira também levou na canoa o C1 feminino da etapa de Liubliana, na Eslovênia, e marcou uma conquista inédita brasileira na Copa do Mundo de canoagem slalom. A segunda veio na canoa feminina (C1) da etapa de Pau, na França, em novembro.

O ano olímpico teve a Etapa de Praga da Copa do Mundo de canoagem slalom como a primeira grande competição para a canoísta brasileira. Depois de conseguir as suas classificações no primeiro dia, Ana não conseguiu repetir o desempenho e foi eliminada nas semifinais do K1 feminino.