Thiago Braz

Thiago Braz – Salto com Vara masculino – Jogos Olímpicos de Tóquio 2020

Thiago Braz representará novamente o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 no salto com vara masculino. Há cinco anos, na Rio 2016, o paulista proporcionou um dos momentos mais marcantes da Olimpíada para o Brasil ao levar a medalha de ouro.

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Na Olimpíada, o atleta terá a companhia de Augusto Dutra, conterrâneo de Marília que foi medalhista de prata nos Jogos Pan-Americanos de Lima em 2019.

Rodando até chegar no salto com vara

Criado pelos avós em Marília, no interior de São Paulo, Thiago Braz passou por outros esportes antes de chegar ao atletismo. Praticou basquete e decatlo, mas foi aos 14 anos que descobriu sua paixão: o salto com vara. Começou a treinar no Clube dos Bancários de Marília e logo de cara teve resultados em campeonatos juniores e juvenis. 

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Em 2009, aos 16 anos, Thiago Braz participou de sua primeira competição internacional, o Campeonato Sul-Americano Juvenil, no qual conquistou a medalha de bronze. No ano seguinte, mudou-se para São Caetano para treinar no clube BM&F, onde recebeu apoio da campeã mundial Fabiana Murer e de seu treinador, Elson Miranda. 

Um técnico e tanto…

Lá, Thiago conheceu o ucraniano Vitaly Petrov, histórico treinador de astros como Sergei Bubka e Yelena Isinbayeva, que seria fundamental na maior glória de sua carreira. Antes disso, em 2010, foi medalha de prata nos Jogos Olímpicos da Juventude e campeão do Mundial Júnior de atletismo em 2012. Foi o primeiro título mundial júnior do Brasil desde a vitória de Clodoaldo dos Santos em Lisboa, em 1994.

Em 2014, se mudou para Formia, na Itália, e firmou a parceria com Vitaly Petrov. Os resultados do ciclo olímpico prévio à Rio 2016, no entanto, não vieram. Nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em 2015, não acertou nenhum salto, ficou em 19º no Mundial de Pequim no mesmo ano e acertou somente um salto no Mundial Indoor de 2016, cinco meses antes das Olimpíadas. 

Ouro inédito

Mas em casa, nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Thiago Braz deu a volta por cima e alcançou o maior feito da carreira até aqui. Fazendo sua estreia em Olimpíadas e com apoio da torcida, ele fez história: pela primeira vez, os 6 m foram ultrapassados em uma edição de Jogos Olímpicos. Thiago saltou 6,03m, dez centímetros a mais que sua melhor marca até então, superou o favorito da prova de salto com vara, o francês Renauld Lavillenie, e conquistou a medalha de ouro. 

Depois de campeão olímpico, no entanto, Thiago Braz não conseguiu manter os resultados expressivos e retomou a parceria com o técnico Elson Mirando no fim de 2018. Em 2019, ficou em quarto lugar nos Jogos Pan-Americanos de Lima e em quinto no Mundial de atletismo em Doha, no Catar.

Desde a medalha de ouro nos Jogos Rio-2016, Thiago Braz tem mais falhado que acertado os seus saltos. Ele não competiu no Mundial de Londres-2017 e em Doha-2019 terminou em 5º, apesar da baixa marca de 5,70m. Apesar da grande irregularidade, Braz tem salto para brigar novamente por uma medalha em Tóquio.

Em 2021

O início do ano olímpico não foi dos melhores. Em fevereiro, no Meeting indoor (pista coberta) de Liévin, na França, Braz ficou em quinto lugar, com o salto de 5,60m, longe das melhores marcas. Pouco depois, o atleta mostrou evolução, conseguiu saltar 5,80 m e ficou com a medalha de bronze em meeting disputado em Lodz, na Polônia.

Após não ir tão bem em competição na Polônia, o campeão olímpico do salto com vara fez 5,70 no meeting indoor da Sérvia e levou a medalha de prata. Foi o segundo pódio dele em quatro competições disputadas na temporada.

Quatro meses depois, Thiago Braz fez mais duas competições, uma boa e uma ruim. No Grand Prix de atletismo em Gotemburgo, na Suécia, o atleta terminou na segunda colocação, saltando para 5,65m. Dias depois, no Continental Tour série Ouro de atletismo, o atual campeão olímpico finalizou a prova com 5,62 m, o que lhe rendeu apenas o quinto lugar.