Tábata Vitorino de Carvalho
Tábata Vitorino – atletismo – 4x400m misto – Jogos Olímpicos de Tóquio 2020
Idade: 25 anos (23/04/1996)
Altura: 1,72m
Peso: 61kg
Clube: Associação de Atletismo de Maringá/PR
Estreante no evento, Tábata Vitorino de Carvalho, mais conhecida como Tábata Vitorino, é vinculada à Associação de Atletismo de Maringá e representará o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, na prova dos 4x400m misto.
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A primeira vitória sem nunca ter competido
O acaso que talvez não tenha sido um acaso. ‘Destino’ pode ser a melhor a melhor palavra. Tábata Vitorino nasceu em Maringá, no Paraná, e não pensava no atletismo quando criança, nunca havia competido. Aos 8 anos e meio de idade, a mãe a inscreveu em uma prova na Avenida Mandacaru, com percurso de cerca de 1200m. Ela venceu a disputa mesmo assim, iniciando ali uma trajetória importante.
Depois, vivenciou outras modalidades, como basquete, natação e vôlei, mas não era a mesma coisa. Se interessou pelo atletismo na primeira prova e se encantou ainda mais ao longo do tempo. A identificação e a vivência na infância a fizeram decidir por seguir nas pistas. E como ela mesma diz, é a prova que escolhe o atleta, não o contrário. Com a capacidade de manter a velocidade e a resistência, seguiu caminho nos 400m desde os 11 anos.
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A partir dali, passou a disputar diversos torneios. Aos 14 anos, pela primeira vez viajou e saiu do Brasil para atuar internacionalmente. Agora, já são mais ou menos 12 países visitados. Para quem saiu de uma família muito humilde, ter essas oportunidades na carreira é algo marcante.
Frustração no Rio e sonho em Tóquio
A Olimpíada é o sonho e o principal objetivo de cada esportista ao redor do mundo. Tábata Vitorino batalhou e alcançou a vaga para o Rio de Janeiro, em 2016. Sempre quis ser uma atleta olímpica e conseguiu ainda aos 20 anos de idade, para defender o revezamento misto do Brasil nos 4x400m. Teve a experiência de estar na Vila, vendo e convivendo com os melhores do mundo.
No entanto, veio a maior frustração. A três dias do início das atividades na pista, ela lesionou o pé esquerdo e ficou fora da competição. Estava quase tudo certo, já estava na capital carioca participando dos Jogos. A realização depois de abdicar de tantas coisas se transformou em decepção. O período seguinte foi de muitos questionamentos, dúvidas, trabalhos psicológicos e dois meses no exterior para se distrair e esquecer o que aconteceu.
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A caminhada começou novamente, do zero. A pandemia naturalmente dificultou o desempenho, causando insegrança de como seria o retorno aos torneios. A paranaense tirou de letra, se reconectou e buscou o que a faz feliz: correr o mais rápido que puder.
Em 2021
Vinda de boas marcas no ano passado, com direito a melhor marca individual nos 400m, Tábata manteve performances interessantes nesta temporada. Na disputa do Sul-Americano de Guayaquil, no Equador, em maio, bateu o seu melhor tempo às vésperas de Tóquio 2020.
No revezamento misto dos 4x400m, prova que ela participará nos Jogos Olímpicos, garantiu o resultado de 3min36s40 e o personal best na carreira. Além do torneio continental, disputou eventos com adversários internacionais (tanto no Brasil quanto no exterior) e chega com bagagem para o maior teste destes 15 anos de atletismo até aqui.